Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 16/10/2018 10:09

    Voltando ao assunto que comecei em outro comentário. É evidente que pessoas em posições de poder, quando a sua situação financeira depende da manutenção dessa posição de poder vão reagir ao que escrevo. Principalmente quando minha posição é frontalmente divergente ao discurso utilizado por meus opositores. Vou fazer uso novamente de um exemplo que já apresentei aqui, o déficit da previdencia, a maior parte da previdencia dos funcionários públicos é quase o valor de toda a soja exportada pelo Brasil. E estou falando aqui do valor bruto dessa exportação. E não estou atacando os produtores rurais, apenas chamo a atenção para essa disparidade de um setor que dizem corresponder à 40% do PIB nacional. Praticamente impossivel imaginar que as "lideranças" não tenham conhecimento de tal situação e de como o país chegou onde chegou. Não há como defender o livre mercado defendendo ao mesmo tempo o oligopólio do alcool comandado pela petrobrás, que por sua vez é comandada por politicos que tem seus próprios interesses, bem como defendem interesses partidários. O que coloco aqui são essas questões dificeis e complexas. Outro exemplo, a economia chamada de "escala" acaba beneficiando apenas projetos que são viáveis somente se financiados com dinheiro público. E as normatizações e regulamentações visam somente impedir que empresários com outro tipo de mentalidade consigam disputar os mercados. O alto custo, imposto pelos governos, de máquinas e equipamentos também reforça essa visão de que tudo tem que ser feito pelo e através do estado, com uso de dinheiro público. Isso significa que sou contra a economia de escala? De jeito nenhum, defendo que qualquer sujeito utilizando seus próprios recursos e capacidade possa escalar até os pincaros da glória. Para não ficar muito extenso esse comentário finalizo falando de um livrinho escrito por um sujeito chamado Arthur Shopenhauer, em que ele fala de uma dialética chamada erística, em que um debatedor pode vencer um debate mesmo sem ter razão, utilizando-se de vários subterfúgios que são descritos um a um no livro, o prefácio é do filósofo Olavo de Carvalho. Dito isso, afirmo que não conseguiremos vencer sem entender e estudar a fundo a situação real da agropecuária brasileira.

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