Fala Produtor - Mensagem

  • Cesar Sandri Mineiros - GO 19/11/2018 20:50

    Para alguns a ficha não caiu: estado mínimo quer dizer fim dos juros de 8.5 aa que só a agricultura paga, pq são subsidiados. O que seria do agricultor sem a securitizacao de 2000? Necessária porque o Plano Color nos afundou e o cancro da haste enterrou mais um pouco. Todos os países subsidiam suas agricultura pq é uma atividade de risco. Se ano que vem der uma seca ou chuva demais ou tantas intempéries que já passamos os verdadeiros agricultores não vão querer uma mão do estado?P arem de bater palma pra louco. esses caras vão nos quebrar

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Aqui podemos compreender claramente o uso que a esquerda faz dos subsidios na defesa da alta carga tributária incidente sobre o setor produtivo rural. O argumento do Eduardo Lima Porto, muito bom, é o de que subsidios levam à uma alta carga tributária. Esse é um assunto que deve ser dividido e discutido em termos causais e relativos um ao outro..., e, principalmente, entra no mérito do direito à propriedade.... Eu consigo entender como isso se relaciona, e entendo o uso que picaretas fazem dos termos, impostos, subsidios e direito à propriedade... Discutir os erros absurdos do comentário do professor Sandri só irá fornecer munição para que ele continue a chamar o Eduardo de louco. Esse é o método da esquerda..., Sandri não é louco, é metódico... Mas não é dificil entender a conclusão que se chega tendo como premissa o que ele escreveu,... Sem o estado os produtores não são nada. Nesse ponto o Eduardo também acerta em suas assertivas..., as invasões e ataques ao direito de propriedade são baseados nessa idéia de que tudo o que os produtores possuem devem ao estado que os subsidiou, e quem subsidia é o povo, portanto...tudo pertence ao povo... Marxismo puro, de onde podemos entender o significado da frase... A esquerda cria a classe que diz representar. E um dos motivos é o de que integrantes do governo, pessoas nomeadas são os responsáveis pelo destino da dinheirama pública, assim como o setor público é quem decide quem cresce e quem não. Lógicamente estou falando dos que resolveram pegar esse atalho, pois sei muito bem que existem muitos produtores independentes, livres desse sistema perverso e que é mantido pela esquerda porque gera aquilo que eles querem, conflito de interesses... A partir daqui o assunto começa a ficar dificil de entender e mais ainda de explicar, mas como Eduardo apontou, não nessas palavras, a mudança na estrutura da politica economica nos termos postos por ele significa o fim de uma forte bandeira politica esquerdista... Pois que, acabando com o premio à irresponsabilidade administrativa nos negócios, aqueles que apostam no socorro do governo irão quebrar, pondo fim ao regime fascista esquerdista que une politicos e empresários... E isso é uma ameaça ao meio de vida de muitos ativistas e militantes politicos com ideais e idéias esquerdistas, pois sem conflito não existe necessidade de intermediação, nem de intervenção politica.

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    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      Muito obrigado pelas suas considerações Sr. Rodrigo Pires, as quais expressam grande clareza e bem reforçam os conceitos que pretendia expor. Agradeço pelos comentários dos demais leitores.

      Respeitosamente discordo do Sr. Sandri, mas entendo o seu posicionamento.

      Me posiciono em prol do livre mercado onde não há espaço para distorções, favorecimentos setoriais e superficialidades que escondem a inconsistência daqueles que se escoram no Estado.

      A virtude do espaço fornecido pelo Noticias Agrícolas é a oportunidade para diferentes correntes de pensamento exporem suas idéias.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, acho que li em algum lugar uma definição de fascismo, onde o governo privilegia as corporações, no caso seria: classe dos agricultores, empresários, ou qualquer grupo "amigo do poder". Vemos há muito tempo, isso acontecer nos sucessivos governos. Quanto à classe "produtores rurais", essa é a mais pulverizada em termos da "luta por seus direitos", infelizmente. Lembro-me do evento do Novo Código Florestal, onde as Federações dos Estados, levaram uma multidão de pessoas para pressionar os deputados. Promoveram, inclusive, um ato simbólico. O "Abraço do Congresso Nacional", essa cena foi estampada em todos os meios de comunicação e, para isso foram dispendidos rios de dinheiro. "Dinheiro" aquele da Contribuição Compulsória aos Sindicatos Patronais. Agora fica a pergunta que não quer calar: Os produtores rurais foram ouvidos? As mudanças do novo código, atenderam as demandas do setor produtivo? ... São perguntas que se perderam ao vento...

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    • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

      Quanto ao credito subsidiado no Brasil entra aquela velha máxima, o governo te quebra as pernas para te dar as muletas e após isso sair por aí dizendo que sem o estado você não poderia andar.

      As pessoas de má fé que estão a difundir informações falsas sobre como as coisas andam em outros países deveriam ser acionados para comprovar o que dizem.

      Nos EUA o crédito agrícola não parte do governo, é juro de mercado que lá gira em torno de 3%, variando um pouco acima ou abaixo de acordo com o perfil do tomador de crédito e seus histórico.

      Aqui nós pagamos juros praticamente 3 vezes maiores, fora os "acessórios" compulsoriamente embutidos no contrato para ter acesso a esse crédito.

      São os inúmeros seguros que não asseguram nada para o produtor, taxas de liberação, custos cartoriais e tudo mais que conhecemos fazendo que o custo efetivo chegue até 26% ao ano em alguns casos.

      Isso é o subsidio que muitos estão defendendo e nos impedem de avançar como nossos concorrentes.

      Falando a grosso modo dos EUA, o governo não faz pagamento direto por saca de grão produzido, ou seja, subsidio, inclusive a definição de preço mínimo que temos aqui é desconhecida de produtores americanos, o que eles têm por lá é o seguro de renda que é feito de acordo com as características e histórico de produção de cada produtor, sendo personalizada ainda dentro da mesma propriedade lote a lote. Sendo que esse atende as produtividades medias de cada propriedade e assegurando o preço também, através da cotação vigente na bolsa de Chicago, constituindo assim o seguro de renda. Essa é garantia de preço que os Americanos têm, mas isso nada tem a ver com preço mínimo definido pelo estado. Graças a isso o seguro é funcional e consequentemente tem alta adesão.

      Neste caso do seguro é a relação entre partes, setor privado, sendo que o estado apenas subsidia parte do prêmio, que diferentemente daqui é pago corretamente de acordo com o que é combinado previamente entre todas as partes, seguradoras, resseguradoras, produtores e o USDA.

      Outro ponto em relação a subsídios, dizem respeito ao pagamento de serviços ambientais que o USDA faz aos produtores que queiram aderir voluntariamente ao programa chamado CRP, Conservation Reserve Program, sendo esse voluntario onde o produtor entra e sai quando bem entender, de acordo com que ele ache viável em relação ao que está sendo pago por hectare pelos serviços ambientais.

      Na Farmbill essas são as principais fontes de "subsídios" dos produtores de grãos, sendo que o CRP ao meu ver não se pode nem definir como subsidio, pois é um pagamento por serviços prestados a sociedade.

      A questão do subsidio parcial ao prêmio do seguro, assisti uma convenção de produtores onde o representante da entidade falou que os produtores concordam com a extinção do subsidio ao prêmio desde que alguns tributos específicos que o setor tem sejam eliminados.

      Cito isso pois são coerentes e isso acho admirável.

      No caso dos comentários quando citam que o governo pagam x dólares por saca produzida de soja ao produtor diretamente, eu nunca ouvi falar disso. Creio que seja uma distorção de informações que são divulgadas aqui, onde devem somar o total de gastos dos programas do USDA para produção de soja onde incluem o CRP e o subsidio ao prêmio do seguro dividido pelo total de sacas produzidas.

      Dessa forma não há como contestar isso que chamam de subsidio, quanto aos recursos destinados a pagamentos por serviços ambientais, isso é inquestionável para o direito de propriedade.

      O seguro agrícola subsidiado também parece ser difícil de questionar pois também praticamos, só que de forma ineficiente, graças ao estatismo que interfere em todas etapas do processo.

      Para ilustrar nos EUA mais de 90% da área tem cobertura por seguro que atende efetivamente ao contratante e de livre escolha, aqui no Brasil menos de 10% da área é segurada por um seguro compulsório, que não garante quase nada ao contratante.

      Creio também que se realmente houvesse o subsidio direto para soja como muitos dizem o Brasil já teria acionado a OMC contra essa prática.

      O nosso sistema marxista e viciado e caduco, impedindo que nos tornemos independentes e livres das amarras estatais. Nesse aspecto muitos parecem aqueles viciados em drogas, sabem que faz mal, mas não conseguem se livrar do vício.

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    • Edmeu Levorato Uberaba - MG

      Que crédito subsidiado é esse? As taxas cobradas estão em torno de 8% e a selic em 6,5%. Então não está havendo mais subsidio, isso sem contar o seguro de vida que o BB te obriga fazer, o parte do projetista, etc o que acaba para o pequeno produtor a pagar mais de 10% sobre o empréstimo. O Bolsonaro está se esquecendo muito rápido do apoio do que o produtor lhe deu.

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