Segue um parágrafo da entrevista ao jornal Zero Hora em 2017, concedida pelo escritor israelense Amós Oz, falecido ontem, vítima de um câncer.
"Certamente. E nessas obras o que me move é principalmente uma responsabilidade para com a linguagem. Eu sou um escritor, trabalho com palavras todos os dias, do mesmo modo que um carpinteiro trabalha com a madeira ou um pedreiro com tijolos. Assim, eu sinto uma responsabilidade para com a linguagem. Penso que muitos dos maiores males deste mundo começam com a corrupção da linguagem, e é meu dever gritar a cada vez que vejo alguém usando uma linguagem contaminada. Quando algumas pessoas chamam outras de "estrangeiros indesejáveis", "elementos negativos", "câncer social" ou "parasitas", sei que é sempre aí que começam a violência, a perseguição e a crueldade. Daí meu senso de dever de trabalhar como o corpo de bombeiros do idioma, ou como um detector de fumaça, eu preciso gritar "fogo" sempre que leio ou ouço essas palavras que, mais cedo ou mais tarde, vão gerar violência".
Como o povo brasileiro vai detectar a "corrupção da linguagem" se grande parte da população é analfabeto funcional?
Ou seja, somos uma "boiada cega em disparada que pode ser orientada, facilmente, a pular num precipício".
Veja o nível de maldade que praticam, quando nos negam uma educação de qualidade. Isso está ocorrendo há décadas e, atualmente o país está desprovido até de agentes capacitados da elite cultural.
Segue um parágrafo da entrevista ao jornal Zero Hora em 2017, concedida pelo escritor israelense Amós Oz, falecido ontem, vítima de um câncer.
"Certamente. E nessas obras o que me move é principalmente uma responsabilidade para com a linguagem. Eu sou um escritor, trabalho com palavras todos os dias, do mesmo modo que um carpinteiro trabalha com a madeira ou um pedreiro com tijolos. Assim, eu sinto uma responsabilidade para com a linguagem. Penso que muitos dos maiores males deste mundo começam com a corrupção da linguagem, e é meu dever gritar a cada vez que vejo alguém usando uma linguagem contaminada. Quando algumas pessoas chamam outras de "estrangeiros indesejáveis", "elementos negativos", "câncer social" ou "parasitas", sei que é sempre aí que começam a violência, a perseguição e a crueldade. Daí meu senso de dever de trabalhar como o corpo de bombeiros do idioma, ou como um detector de fumaça, eu preciso gritar "fogo" sempre que leio ou ouço essas palavras que, mais cedo ou mais tarde, vão gerar violência".
Como o povo brasileiro vai detectar a "corrupção da linguagem" se grande parte da população é analfabeto funcional?
Ou seja, somos uma "boiada cega em disparada que pode ser orientada, facilmente, a pular num precipício".
Veja o nível de maldade que praticam, quando nos negam uma educação de qualidade. Isso está ocorrendo há décadas e, atualmente o país está desprovido até de agentes capacitados da elite cultural.
Somos uma nação de EMBURRECIDOS !!!