Um dos primeiros livros que gostei de fato na Biblia Sagrada foi Sabedoria. Depois o Eclesiastes com a Vaidade das Vaidades,... tudo é vaidade... Até finalmente encontrar Santo Agostinho e pela primeira vez entender o que significa tirar os olhos da terra e mirar o céu. De onde vem a sabedoria e a verdade? É capaz o homem de "cria-las"? Santo Agostinho nos responde que não..., o homem pode apenas constata-la, coloca-la em fórmulas, em esquemas para aprende-las e ensina-las... Então não me desviando muito da finalidade desse comentário, quero escrever sobre a Doutrina Social da Igreja Católica. Não fui eu quem sistematizei, não fui o sujeito que pensou ou imaginou tais idéias, só vou mostrar a voces o que diz a doutrina sobre a economia politica.
"Iniciativa pessoal e intervenção dos poderes públicos em matéria econômica
51. Devemos armar desde já que o mundo econômico é criação da iniciativa pessoal dos cidadãos, quer desenvolvam a sua atividade individualmente, quer façam parte de alguma associação destinada a promover interesses comuns.
52. Mas nele, pelas razões já aduzidas pelos nossos predecessores, devem intervir também os poderes públicos com o fim de promoverem devidamente o acréscimo de produção para o progresso social e em beneficio de todos os cidadãos.
53. A ação desses poderes, que deve ter caráter de orientação, de estímulo, de coordenação, de suplência e de integração, há de inspirar-se no "princípio de subsidiariedade", [20] formulado por Pio XI na encíclica Quadragesimo Anno: "Deve contudo manter-se arme o princípio importantíssimo em filosofia social: do mesmo modo que não é lícito tirar aos indivíduos, a fim de o transferir para a comunidade, aquilo que eles podem realizar com as forças e a indústria que possuem, é também injusto entregar a uma sociedade maior e mais alta o que pode ser feito por comunidades menores e inferiores. Isto seria, ao mesmo tempo, grave dano e perturbação da justa ordem da sociedade; porque o objeto natural de qualquer intervenção da mesma sociedade é ajudar de maneira supletiva os membros do corpo social, e não destruí-los e absorvê-los".[21]
54. É verdade que hoje os progressos dos conhecimentos científicos e das técnicas de produção oferecem aos poderes públicos maiores possibilidades concretas de reduzir os desequilíbrios entre os diferentes fatores produtivos, entre as várias zonas no interior dos países e entre as diversas nações no plano mundial. Permitem, além disso, limitar as oscilações nas alternativas das situações econômicas e enfrentar com esperança de resultados positivos os fenômenos do desemprego das massas. Por conseguinte, os poderes públicos, responsáveis pelo bem comum, não podem deixar de sentir-se obrigados a exercer no campo econômico uma ação multiforme, mais vasta e mais orgânica; como também a adaptar-se, para este fim, às estruturas e competências, nos meios e nos métodos.
55. Mas é preciso reafirmar sempre o princípio que a presença do Estado no campo econômico, por mais ampla e penetrante que seja, não pode ter como meta reduzir cada vez mais a esfera da liberdade na iniciativa pessoal dos cidadãos; mas, deve, pelo contrário, garantir a essa esfera a maior amplidão possível, protegendo efetivamente, em favor de todos e de cada um, os direitos essenciais da pessoa humana. Entre estes há de enumerar-se o direito, que todos têm, de serem e permanecerem normalmente os primeiros responsáveis pela manutenção própria e da família; ora, isso implica que, nos sistemas econômicos, se consinta e facilite o livre exercício das atividades produtivas.
56. Aliás, até a evolução histórica põe em evidência cada vez maior o fato de se não poder conseguir uma convivência ordenada e fecunda sem a colaboração, no campo econômico, ao mesmo tempo dos cidadãos e dos poderes públicos; colaboração simultânea realizada harmonicamente, em proporções correspondentes às exigências do bem comum no meio das situações variáveis e das vicissitudes humanas.
57. De fato, a experiência ensina que, onde falta a iniciativa pessoal dos indivíduos, domina a tirania política; e há ao mesmo tempo estagnação nos setores econômicos, destinados a produzir sobretudo a gama indefinida dos bens de consumo e de serviços que se relacionam não só com as necessidades materiais mas também com as exigências do espírito: bens e serviços que exigem, de modo especial, o gênio criador dos indivíduos.
58. Onde, por outro lado, falta ou é defeituosa a necessária atuação do Estado, há desordem insanável; e os fracos são explorados pelos fortes menos escrupulosos, que medram por toda a parte e em todo o tempo, como a cizânia no meio do trigo."
Volto, sei que não é fácil compreender o que está escrito aí, é um conhecimento profundamente sintético, em que cada frase dessas pode ser meditada por dias sem se esgotarem as possibilidades. A frase inicial já evidencia que na Doutrina Social da Igreja Católica existe diferença entre a iniciativa individual e a iniciativa promovida pelos poderes públicos. Só isso dá um livro. Mas o fato para o qual quero chamar a atenção é de quanto existe de "ismos" nessas frases, quanto de socialismo, de conservadorismo, de liberalismos? Alerto aos muito inteligentes que esse não é um conhecimento vulgar e que mesmo que não haja concordancia com essa ou aquela "passagem", é preciso pensar muito antes de contestar o que o Santo Papa diz. Talvez na prática uma ou outra coisa pretendida não seja fácil de conseguir, mas isso não significa que não deva ser uma meta a ser perseguida. Outro fator que precisa ser destacado é que a Igreja Católica condena o socialismo e se algum sacerdote, bispo, ou autoridade eclesiástica prega outra coisa que não o Magistério ou a Doutrina Social da Igreja, esse tal não passa de um farsante. Então muita gente que acredita ter a solução para os problemas do país, não tem a menor noção de que apenas repete o que viu ou ouviu em estações de rádio, tv, revistas, ou qualquer outra fonte. E pior, imaginam ter descoberto essas coisas sozinhas. E como não lembrar do nosso presidente Bolsonaro, humildemente reconhecendo que apesar de Israel não ter recursos naturais, mesmo assim é uma potencia economica e militar, e o Brasil apesar de toda riqueza natural não é potencia, nem economica, nem militar. Somos a sétima ou oitava economia do mundo pelo tamanho da área territorial e da imensidão de recursos naturais, mas não somos uma nação rica e próspera como Israel é. Enfim, aí nesse pequeno texto da Doutrina Social da Igreja Católica está o que é necessário para resolver o problema da pobreza e da miséria no país, principalmente no nordeste brasileiro, e não só, todos os padres que não pregam o que está escrito ali estão errados e não devem ser obedecidos, antes devem ser denunciados publicamente como farsantes. Outrossim, precisamos trabalhar para manter o mais longe possivel de nossas riquezas ONGs e multinacionais. Precisamos olhar primeiro para nossa economia doméstica, fortalecendo dessa forma o país.
Um dos primeiros livros que gostei de fato na Biblia Sagrada foi Sabedoria. Depois o Eclesiastes com a Vaidade das Vaidades,... tudo é vaidade... Até finalmente encontrar Santo Agostinho e pela primeira vez entender o que significa tirar os olhos da terra e mirar o céu. De onde vem a sabedoria e a verdade? É capaz o homem de "cria-las"? Santo Agostinho nos responde que não..., o homem pode apenas constata-la, coloca-la em fórmulas, em esquemas para aprende-las e ensina-las... Então não me desviando muito da finalidade desse comentário, quero escrever sobre a Doutrina Social da Igreja Católica. Não fui eu quem sistematizei, não fui o sujeito que pensou ou imaginou tais idéias, só vou mostrar a voces o que diz a doutrina sobre a economia politica.
"Iniciativa pessoal e intervenção dos poderes públicos em matéria econômica
51. Devemos armar desde já que o mundo econômico é criação da iniciativa pessoal dos cidadãos, quer desenvolvam a sua atividade individualmente, quer façam parte de alguma associação destinada a promover interesses comuns.
52. Mas nele, pelas razões já aduzidas pelos nossos predecessores, devem intervir também os poderes públicos com o fim de promoverem devidamente o acréscimo de produção para o progresso social e em beneficio de todos os cidadãos.
53. A ação desses poderes, que deve ter caráter de orientação, de estímulo, de coordenação, de suplência e de integração, há de inspirar-se no "princípio de subsidiariedade", [20] formulado por Pio XI na encíclica Quadragesimo Anno: "Deve contudo manter-se arme o princípio importantíssimo em filosofia social: do mesmo modo que não é lícito tirar aos indivíduos, a fim de o transferir para a comunidade, aquilo que eles podem realizar com as forças e a indústria que possuem, é também injusto entregar a uma sociedade maior e mais alta o que pode ser feito por comunidades menores e inferiores. Isto seria, ao mesmo tempo, grave dano e perturbação da justa ordem da sociedade; porque o objeto natural de qualquer intervenção da mesma sociedade é ajudar de maneira supletiva os membros do corpo social, e não destruí-los e absorvê-los".[21]
54. É verdade que hoje os progressos dos conhecimentos científicos e das técnicas de produção oferecem aos poderes públicos maiores possibilidades concretas de reduzir os desequilíbrios entre os diferentes fatores produtivos, entre as várias zonas no interior dos países e entre as diversas nações no plano mundial. Permitem, além disso, limitar as oscilações nas alternativas das situações econômicas e enfrentar com esperança de resultados positivos os fenômenos do desemprego das massas. Por conseguinte, os poderes públicos, responsáveis pelo bem comum, não podem deixar de sentir-se obrigados a exercer no campo econômico uma ação multiforme, mais vasta e mais orgânica; como também a adaptar-se, para este fim, às estruturas e competências, nos meios e nos métodos.
55. Mas é preciso reafirmar sempre o princípio que a presença do Estado no campo econômico, por mais ampla e penetrante que seja, não pode ter como meta reduzir cada vez mais a esfera da liberdade na iniciativa pessoal dos cidadãos; mas, deve, pelo contrário, garantir a essa esfera a maior amplidão possível, protegendo efetivamente, em favor de todos e de cada um, os direitos essenciais da pessoa humana. Entre estes há de enumerar-se o direito, que todos têm, de serem e permanecerem normalmente os primeiros responsáveis pela manutenção própria e da família; ora, isso implica que, nos sistemas econômicos, se consinta e facilite o livre exercício das atividades produtivas.
56. Aliás, até a evolução histórica põe em evidência cada vez maior o fato de se não poder conseguir uma convivência ordenada e fecunda sem a colaboração, no campo econômico, ao mesmo tempo dos cidadãos e dos poderes públicos; colaboração simultânea realizada harmonicamente, em proporções correspondentes às exigências do bem comum no meio das situações variáveis e das vicissitudes humanas.
57. De fato, a experiência ensina que, onde falta a iniciativa pessoal dos indivíduos, domina a tirania política; e há ao mesmo tempo estagnação nos setores econômicos, destinados a produzir sobretudo a gama indefinida dos bens de consumo e de serviços que se relacionam não só com as necessidades materiais mas também com as exigências do espírito: bens e serviços que exigem, de modo especial, o gênio criador dos indivíduos.
58. Onde, por outro lado, falta ou é defeituosa a necessária atuação do Estado, há desordem insanável; e os fracos são explorados pelos fortes menos escrupulosos, que medram por toda a parte e em todo o tempo, como a cizânia no meio do trigo."
CARTA ENCÍCLICA
MATER ET MAGISTRA
DE SUA SANTIDADE
JOÃO XXIII
FONTE: http://w2.vatican.va/?/d?/hf_j-xxiii_enc_15051961_mater.html
De
Volto, sei que não é fácil compreender o que está escrito aí, é um conhecimento profundamente sintético, em que cada frase dessas pode ser meditada por dias sem se esgotarem as possibilidades. A frase inicial já evidencia que na Doutrina Social da Igreja Católica existe diferença entre a iniciativa individual e a iniciativa promovida pelos poderes públicos. Só isso dá um livro. Mas o fato para o qual quero chamar a atenção é de quanto existe de "ismos" nessas frases, quanto de socialismo, de conservadorismo, de liberalismos? Alerto aos muito inteligentes que esse não é um conhecimento vulgar e que mesmo que não haja concordancia com essa ou aquela "passagem", é preciso pensar muito antes de contestar o que o Santo Papa diz. Talvez na prática uma ou outra coisa pretendida não seja fácil de conseguir, mas isso não significa que não deva ser uma meta a ser perseguida. Outro fator que precisa ser destacado é que a Igreja Católica condena o socialismo e se algum sacerdote, bispo, ou autoridade eclesiástica prega outra coisa que não o Magistério ou a Doutrina Social da Igreja, esse tal não passa de um farsante. Então muita gente que acredita ter a solução para os problemas do país, não tem a menor noção de que apenas repete o que viu ou ouviu em estações de rádio, tv, revistas, ou qualquer outra fonte. E pior, imaginam ter descoberto essas coisas sozinhas. E como não lembrar do nosso presidente Bolsonaro, humildemente reconhecendo que apesar de Israel não ter recursos naturais, mesmo assim é uma potencia economica e militar, e o Brasil apesar de toda riqueza natural não é potencia, nem economica, nem militar. Somos a sétima ou oitava economia do mundo pelo tamanho da área territorial e da imensidão de recursos naturais, mas não somos uma nação rica e próspera como Israel é. Enfim, aí nesse pequeno texto da Doutrina Social da Igreja Católica está o que é necessário para resolver o problema da pobreza e da miséria no país, principalmente no nordeste brasileiro, e não só, todos os padres que não pregam o que está escrito ali estão errados e não devem ser obedecidos, antes devem ser denunciados publicamente como farsantes. Outrossim, precisamos trabalhar para manter o mais longe possivel de nossas riquezas ONGs e multinacionais. Precisamos olhar primeiro para nossa economia doméstica, fortalecendo dessa forma o país.