Fala Produtor - Mensagem

  • Paulo Teodolindo 25/04/2019 19:31

    Os carreteiros alertam, sem piso não haverá transporte.

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    • elcio sakai vianópolis - GO

      Uma vez vi uma palestra onde exalta a diferença entre os bolas murchas e os bolas cheias, em todo grupo há sempre estes dois tipos, os bolas murchas nunca fazem mais que o necessário, estão sempre reclamando, são acomodados e acham que os bolas cheias serão sempre seus adversários, gritam, esperneiam, ameaçam e sempre tentam fazer aquele bola cheia se tornar um bola murcha num futuro próximo. Já os bolas cheias por convicção são melhores profissionais, não abaixam a cabeça, traçam estratégias pra serem mais eficientes e não desistem nunca.

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    • Ricardo Menarim Castro - PR

      Sr Paulo Teodolindo, entendo que os caminhoneiros autônomos possam estar passando por dificuldades, mas, os agricultores também estão. Tivemos quebra de produtividade em nossas lavouras este ano, e os preços dos grãos estão abaixo do ano passado. Se não estiver satisfeito com o preço que podemos pagar pelo transporye de no produção sugiro que venda seu caminhão e mude de profissão, pois nós não iremos pagar frete além de nossas possibilidades. E, lhe digo mais, já os apoiamos diversas vezes, não terão nosso apoio novamente em uma possivel greve de caminhoneiros.

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    • Paulo Teodolindo

      A questão não estar ou não satisfeito, a questão aqui é que o custo é maior que a remuneração. Quem sobrevive recebendo menos do que gasta, sem incentivos, sem garantia de nada? Os autônomos vão quebrar em pouco tempo. Talvez não tenham percebido mas os pequenos e médios transportadores e que regulam para baixo o preço do transporte. Os grandes agricultores podem montar uma frota muito grande de caminhões, mas os pequenos e médios produtores podem? O que farão quando descobrirem que o custo de fazer o próprio transporte é maior que usando os pequenos? A situação está ruim pra todos, e ao invés de conversar e chegar a um acordo, o que vejo é um esperneio generalizado. Voltei ao transporte a dois anos apenas por amor, e faço atualmente transporte de produtos siderúrgicos, não sou eu quem vai parar e impedir o transporte dos produtos do agronegócio, mas sei o que está acontecendo, e vejo que com o atual rumo das coisas o futuro será ruim pra todos.

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    • Paulo Teodolindo

      Ricardo, a questão não é se há ou ou dificuldade para os autônomos. A questão é impossibilidade. A conta é muito fácil de fazer, se o valor do custo com diesel passar muito de 40% do faturamento bruto, vc terá problemas pois não só não ganhará nada, como também não parará suas contas. Temos aqui então uma uma situação perde/perde. Se os produtores não podem pagar mais, os transportadores não podem receber menos. Não venderei meus caminhões, mesmo porque não transporto produtos agrícolas, não por falta de vontade, mas apenas por oportunidade. Não sei se você é um grande produtor e tem possibilidade de comprar seus próprios caminhões, mas se o fizer, e também fizer as contas, descobrira que estará jogando dinheiro fora pois com os valores atuais de remuneração o transporte é péssimo negócio. Na questão relação produtor/transportador o que deve ser feito neste momento de crise é achar um meio termo onde os dois sobrevivam. A atual situação vai matar os pequenos transportadores, e tenha certeza, eles são os reguladores dos preços, são quem puxam os preços para baixo.

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    • Paulo Teodolindo

      Sakai, boa questão, no transporte não há mais bolas cheias nem murchas, os pequenos transportadores já perderam suas bolas para os bancos, reduziram os custos ao máximo não fazendo manutenção, não trocando os caminhões por novos, não dormindo e rodando dias a fio assim que carregam pois ficam dias parados esperando carregar, e quando o fazem, tem de sair correndo para tentar pagar a prestação antes que tenham a busca e apreensão de seu caminhão cumprida. O proximo passo é cortar os custos do diesel, só que ai só parando, que é o que já aconteceu uma vez, e está prestes a acontecer novamente.

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    • elcio sakai vianópolis - GO

      Desde a greve do ano passado, sempre expus minha opinião que o tabelamento de frete iria prejudicar todo o setor, e que a luta de toda esta classe estava equivocada. Se quiserem ajudar todos os trabalhadores, temos que começar pelaa desoneração dos impostos do governo estadual..., o ICMS, pra mim, é o grande vilão.... Se o exemplo está vindo de cima (governo federal) é obrigação dos estados e municípios fazerem o mesmo, diminuindo as despesas da maquina publica e diminuir os impostos..., sou realista e sei, portanto, que estas medidas não se fazem da noite pro dia, porém se nós já fazemos isso diariamente com nossos salários ou pró-labore com muito sacrifício é covardia qualquer governo não ter o mesmo respeito pelo dinheiro dos contribuintes. Tenho a esperança que algum governador dê o primeiro passo pra isso acontecer, e que os outros governadores não usem a desoneração como uma guerra fiscal e sim como um exemplo a ser seguido. observação: acho errado dar isenção de impostos pra algumas empresas..., a desoneração de impostos tem que ser feita no geral, sem prejudicar a classe mais carente da população. Direito de todos e não de apenas uma minoria.

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