Fala Produtor - Mensagem
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Luiz Alberto Carvalho São Paulo - SP 13/06/2019 18:08
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Sr. Luiz Alberto Carvalho, não entendo muito disso mas me falaram que o Telegran, que é russo, armazena as mensagens, ao contrário do Whatsapp..., mas, como disse, não tenho como descrever como funciona isso. Mas aproveito para falar de outro detalhe citado pelo entrevistado (o advogado Fernando Pinheiro Pedro) em que ele afirma que esse caso vai além da tentativa de desmoralizar o ministro Moro (e por tabela o governo e o presidente da república). Pois é exatamente isso que o tal Greenwald afirmou no programa da Jovem Pan, dizendo que o Lula merece um julgamento justo. Disse também que a fonte, o hacker, era secreto ou desconhecido, para logo depois afirmar que havia tomado medidas para proteger esse mesmo hacker,...????? O sujeito é um desconhecido, uma fonte secreta que ele nunca viu e mesmo assim tomou medidas para proteger o sujeito?
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Luiz Alberto Carvalho
São Paulo - SP
Na entrevista à Jovem Pan, o jornalista americano (Glenn Greenwald) não disse que a fonte era um hacker. Em todas as entrevistas, ele vem citando somente como "fonte". Quanto à plataforma Telegram, não sei se você se lembra, a empresa ofereceu US$ 1.000.000,00 para quem conseguisse quebrar o código de encriptação. Volto a dizer que temos que expurgar a conspiração do fato. Temos quatro hipóteses aí; o conteúdo é verdadeiro e a intenção é puramente política; o conteúdo é falso e a intenção é meramente política; as informações são verdadeiras e a intenção é denunciar um conluio; as informações são falsas e a intenção é denunciar um conluio. O jornalista não está preocupado com o conteúdo, somente com a intenção. Eu estou preocupado com o conteúdo. Se verdadeiro, todo o sistema judiciário brasileiro está em risco. É preciso entender que o capitalismo depende do direito à propriedade e que o direito à propriedade depende do braço jurídico do estado para sua garantia. Se passarmos a crer que juízes e advogados, sejam promotores, sejam de defesa, possam estar mancomunados, o direito de propriedade estará em risco permanente. Lembra da história da cerca caída, que sempre se levanta um pouco mais para lá? A quem se vai recorrer? Você que é aí do sul deve saber que uma das maiores guerras que o Brasil já teve foi a do Contestado, quando, para satisfazer a construção da ferrovia ligando São Paulo e Porto Alegre por Percival Farquar, o próprio estado contestou os registros de terras concedidos por mais de duzentos anos na região, expulsando milhares de pessoas de suas terras. Por que? Porque judiciário e advogados do empresário americano estavam mancomunados e o povo achava normal. Pense nisso. Em tempo para quem não se lembra, José Bonifácio, em 1823, revogou as Ordenações filipinas e conclamou a confecção de uma nova lei de terras, que só veio em 1850, com a lei imperial 601. Durante os 28 anos de interregno, vigorou o regime do padroado, quando as paróquias serviram de cartório de registro em geral, indo dos nascimentos e casamentos até o de terras. A lei imperial aceitou os registros de padroado e os incluiu nos cartórios. As terras que não se encontravam registradas, voltaram ao imperador, daí o termo "terras devolutas". O imperador as deveria demarcar e leiloar até 1875, tarefa que não se concluiu até nossos dias. Em 1916, o Código Civil de Clóvis Beviláqua instituiu o usocapião, dando à Justiça o poder para dirimir dúvidas sobre posse de terras devolutas e outras querelas fundiárias. Se existe alguém que se deveria preocupar com o conteúdo são os proprietários rurais.
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Hahahahaha, agora entendi. Esse seu comentário além de absurdo é ridículo. Greemwald deve ter pago uma fortuna a esse hacker, já que o sujeito é tão rico que não quis quebrar a criptografia do telegran. Então o seguinte, o telegran armazena mesmo, ao contrário do whatts up, e essa porcaria é dos comunistas russos. Quanto às referencias ao José Bonifácio e à guerra do Contestado, você lembrou muito bem, nasci no RS e já no meu nascimento, muito depois depois desses fatos históricos, as terras não valiam nada no RS, era tudo barba de bode de Santo Augusto à Palmeira das Missões, eu vi por que ia de bicicleta, só por farra, de Santo Augusto a Palmeira, à Campo Novo, a Tres Passos. Daí minha dificuldade em imaginar que na época do império haveria alguém querendo brigar por terra. Quanto ao conteúdo dessas mensagens, já foram divulgados e não há nada demais. O que vejo aqui me parece algo orquestrado querendo dar uma importância exagerada ao fato de Moro e Dallagnol conversarem, isso não lhes dá o poder de passar por cima das leis como vocês estão afirmando, e deixando de lado o verdadeiro crime que foi o hackeamento dos juízes e promotores. Não force a barra, não colou amigo.
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
E tem mais um erro crasso nesse seu comentário, quem descreveu o direito natural à propriedade não foi o sistema judiciário, sistema judiciário nem legisla, você esquece propositalmente disso, quem descreveu o direito à propriedade como direito natural do homem foi a Igreja Católica, isso foi matéria de doutrina religiosa e não de políticos mequetrefes.
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Luiz Alberto Carvalho
São Paulo - SP
Quando o debatedor começa uma mensagem com risotas infantis, não merece outra coisa a não ser que seja chamado de analfabeto. Talvez você não saiba que, antes da proclamação da independência, igreja e Estado se confundiam. Cada vez fica mais claro que não houve hacker algum, posto que, em várias mensagens, há a conclamação para que se apague o diálogo, com confirmação de se as terem apagado. Fique com sua paranoia e aguente as consequências. Eu é que digo que tanta ignorância não cola.
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Quem me conhece sabe que tenho uma empresa de TI voltada aos agronegócios há mais de trinta anos. Sabem também que sou árduo defensor dos agronegócios, bem como, com um doutorado em História Econômica, conheço o tamanho e a importância do Brasil no cenário mundial, coisa que, infelizmente, a imensa maioria dos brasileiros não compartilha. Gostaria de esclarecer alguns pontos e ponho-me à disposição da revista para entrar em maiores detalhes. Os sistemas de comunicação ponto a ponto, como Telegram e Whatsapp não possuem backup na nuvem como se está apregoando. Ao contrário do que muitos pensam, o espaço na nuvem é fornecido por servidores sem nada de novo. Novo é o fato de que podemos não conhecer seu nome, endereço IP ou onde se encontra e nossos dados podem estar em vários servidores a um só tempo, porém, sempre em servidores. Assim, a matéria da Globo dizendo que, enquanto os dados estão na nuvem não estão encriptados não cabe. Para que os dados desses dois produtos ali fiquem, é preciso que alguém os salve voluntariamente em plataformas como ONedrive ou Drop Box, por exemplo. Ora, como se veicularam conversas de há cinco ou mais anos, é pouquíssimo provável que se tenha obtido através de reconstrução via smartphone, posto que ninguém guarda esse tipo de informação por tanto tempo, especialmente, quando se trata de algo sigiloso. Em mesmo apago todas as minhas conversas periodicamente. Assim, a probabilidade de as informações terem vazado por obra de algum hacker é nula ou quase nula. Tenho cá para mim que quem as vazou as está colecionando há anos e o fez intencionalmente como arma a ser usada em momento de insatisfação, momento este que chegou. Independentemente de posicionamento político, temos que manter a lucidez e sermos capazes de filtrar as informações. Tudo indica que o autor da matéria está comendo prato feito e agora não é hora para isso. Por outro lado, sendo as conversas verdadeiras, ninguém está mais vulnerável que o agricultor, especialmente o proprietário de terras porque, caso tenha uma querela, tomando-se por base a licitude de o juiz mancomunar-se com uma das partes, a outra pode perder seu patrimônio. Numa disputa por terras, isso é fatal e pende sempre para o lado do criminoso. dessa forma, em vez de politizar o caso, penso que cada fazendeiro deve considerar o fato de algum desafeto ou algum simples oportunista atacá-lo e tomar-lhe as terras com auxílio de algum juiz venal. Nada justifica passar por cima das leis. Como defensor da iniciativa privada e do capitalismo, vejo-me na obrigação de alertar para os males advindos do aplauso às ações à revelia da lei, mesmo que sob o pretexto do combate à corrupção.