Excelente entrevista com o Dr. Albenir Querubini, um dos maiores especialistas em Direito Agrário do Brasil, que apesar da pouca idade acumula um conhecimento digno de nota. A nova MP reúne uma série de dispositivos que irão flexibilizar e facilitar o acesso ao crédito para os Produtores "Sérios", como a possibilidade da emissão da CPR em dólares e das colocações de dívidas privadas lastreadas nos Certificados de Recebíveis do Agronegócio no exterior. O momento econômico mundial é muito oportuno, considerando o excesso de liquidez e as taxas de juros negativas de alguns mercados. Entretanto, me parece importante deixar o registro de que se tratará de um processo lento, pois vigora no exterior uma visão muito negativa em relação a percepção de risco do setor agrícola brasileiro, a qual foi agravada recentemente pelas interpretações forçadas do Judiciário que resultaram na proliferação dos pedidos de Recuperação Judicial de grandes produtores, na qualidade de Pessoas Físicas, entre outras aberrações jurídicas que foram paridas por mentes criativas cujo único propósito está centrado na captação de honorários, independentemente dos efeitos que medidas estapafúrdias podem causar no sistema de crédito. Há anos que digo que o Crédito é o segundo insumo mais importante da Agricultura. Quanto mais esclarecimentos da qualidade do Dr. Querubini forem feitos, certamente que as nuvens da ignorância que impedem a modernidade dos processos irão se dissipar. Os pontos negativos da MP, na minha humilde opinião, são: 1) Fundo de Aval Fraterno (uma estupidez monumental que fomenta a má gestão e a irresponsabilidade na concessão de crédito); 2) As subvenções por serem absolutamente despropositadas no momento atual e manterem a pecha injusta de que o setor não tem competência para andar com as próprias pernas. O Agronegócio é pujante não por causa do Estado, mas sim pela força dos seus empreendedores. Seria um ato de enorme respeito e solidariedade, verdadeira "fraternidade", se o Governo deixasse de dar ouvidos para os eternos inviáveis e passasse a não atrapalhar com burocracia excessiva aqueles que verdadeiramente produzem riquezas, geram empregos, pagam impostos e querem prosperar pelo próprio esforço de forma honesta.
Excelente entrevista com o Dr. Albenir Querubini, um dos maiores especialistas em Direito Agrário do Brasil, que apesar da pouca idade acumula um conhecimento digno de nota. A nova MP reúne uma série de dispositivos que irão flexibilizar e facilitar o acesso ao crédito para os Produtores "Sérios", como a possibilidade da emissão da CPR em dólares e das colocações de dívidas privadas lastreadas nos Certificados de Recebíveis do Agronegócio no exterior. O momento econômico mundial é muito oportuno, considerando o excesso de liquidez e as taxas de juros negativas de alguns mercados. Entretanto, me parece importante deixar o registro de que se tratará de um processo lento, pois vigora no exterior uma visão muito negativa em relação a percepção de risco do setor agrícola brasileiro, a qual foi agravada recentemente pelas interpretações forçadas do Judiciário que resultaram na proliferação dos pedidos de Recuperação Judicial de grandes produtores, na qualidade de Pessoas Físicas, entre outras aberrações jurídicas que foram paridas por mentes criativas cujo único propósito está centrado na captação de honorários, independentemente dos efeitos que medidas estapafúrdias podem causar no sistema de crédito. Há anos que digo que o Crédito é o segundo insumo mais importante da Agricultura. Quanto mais esclarecimentos da qualidade do Dr. Querubini forem feitos, certamente que as nuvens da ignorância que impedem a modernidade dos processos irão se dissipar. Os pontos negativos da MP, na minha humilde opinião, são: 1) Fundo de Aval Fraterno (uma estupidez monumental que fomenta a má gestão e a irresponsabilidade na concessão de crédito); 2) As subvenções por serem absolutamente despropositadas no momento atual e manterem a pecha injusta de que o setor não tem competência para andar com as próprias pernas. O Agronegócio é pujante não por causa do Estado, mas sim pela força dos seus empreendedores. Seria um ato de enorme respeito e solidariedade, verdadeira "fraternidade", se o Governo deixasse de dar ouvidos para os eternos inviáveis e passasse a não atrapalhar com burocracia excessiva aqueles que verdadeiramente produzem riquezas, geram empregos, pagam impostos e querem prosperar pelo próprio esforço de forma honesta.