Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Tonet Campo Mourão - PR 17/04/2020 12:13

    Fomos enganados.

    Ontem o Ministro Mandetta foi demitido. Obviamente a troca de comando do MS causa um desconforto (até desespero para alguns) diante da grave crise que enfrentamos. Mas à revelia das discussões envolvendo os motivos da demissão acredito que a atuação do ministro, que nos primeiros momentos trouxe uma segurança muito grande para a população, exibindo uma grande habilidade comunicativa e total controle da situação. Assim, ganhou a confiança do povo de todas as vertentes ideológicas.

    O fato é: realmente ele tinha controle dessa situação?

    Quando foi anunciado o lockdown foi alardeado que duraria cerca de 2 semanas, com o objetivo de estruturar o sistema de saúde para poder receber os infectados e também (no meu enteder) ganhar tempo para criar estratégias para minimizar os contágios, o que logo foi chamado de lockdown vertical, tudo isso com o objetivo de fazer o tal achatamento da curva, e assim o sistema de saúde estar apto a atender grande parte dos infectados.

    É nessa parte que reside do problema. O tal achatamento da curva é uma fraude. Não que não possa ocorrer, mas que de fato o achatamento é incapaz de, num tempo hábil, absorver os infectados. O Brasil tem cerca de 42 mil leitos de uti, considerando que o tempo médio de internação seja 10 dias, (fala-se em 14 para os casos do vírus). Dessa forma a taxa mensal, de todo sistema de saúde do País dedicando-se exclusivamente para os casos da covid, seria de cerca de 120.000 casos atendidos. Para uma população de 200 milhões e considerando que 4% dos casos necessitam de internação em UTI temos o número de 8 milhões de doentes. Considerando um lockdown de 3 meses o sistema de saúde poderia atender cerca de 360.000 doentes no mesmo período, ou seja, 4,5% da totalidade de casos. Para atender todos os casos o sistema de saúde levaria cerca de 66 meses, o que seria notoriamente inviável considerando que o valor das ações do governo para atender a população já beiram 1 trilhão de reais (ou seja, o valor economizado em 10 anos com a reforma da previdência) e estamos com pouco mais de um mês de restrições de circulação. Ou seja, estamos investindo muito em uma solução pouco eficaz e que quanto mais tempo for prolongada maior será a catástrofe econômica.

    Partindo da tese que o sistema de saúde é incapaz de absorver os doentes, não vejo a outra maneira de minimizar as mortes senão o uso de algum medicamento, seja a combinação de hidroxicloroquina com azitromicina, ivermectina como vem sendo usado na Austrália ou o o novo medicamento anunciado pelo Ministro Marcos Pontes. Na minha opinião esse foi o maior erro do Mandetta que negligenciou e desdenhou todos esses possíveis tratamentos. Em uma daquelas manifestações públicas, o ex-ministro qualificou um desses produtos como um mero carrapaticida para rebanhos, um total descaso. Por mim, o ex-ministro, já vai tarde. Espero que o novo Ministro ande alinhado com os outros ministérios, principalmente com o Ministério da Economia visando minimizar os danos econômicos da pandemia e com o Ministério da Ciência e Tecnologia no desenvolvimento de novos medicamentos. E também não custa nada ao novo ministro olhar com carinho a experiência do Prevent Senior com a hidroxicloroquina + azitromicina.

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    • Vladimir zacharias Indaiatuba - SP

      Para corroborar relembro que o Sr Mandetta, deputado federal por dois mandatos é da família Trad, tradicional clã político do MS que hoje é representado pelo prefeito de Campo Grande, um deputado federal e um senador.

      Relembro ainda que, quando deputado em 2017, o Sr Mandetta votou a favor do fundo eleitoral de 3 bilhões, dinheiro que tanta falta faz à saúde do povo.

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