Fala Produtor - Mensagem

  • Salazar Barreiros Júnior Cascavel - PR 11/07/2020 03:28

    O DINHEIRO PÚBLICO ESCOA COM FACILIDADE PELO RALO, principalmente em tempos de PANDEMIA DO CORONAVIRUS, quando vemos gestores fazendo da propagação do medo e do sentimento de culpa, oportunidade para declarar estado de emergência, fazer "lives" diárias em ano eleitoral, realizar compras sem licitação e gastar (não investir) dinheiro em obras superfaturadas ou com desvio de finalidade.

    A onda do momento pó-pandemia será o clamor de recurso para INVESTIR NO COMBATE AO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA, outro ralo para regozijo dos gestores públicos oportunistas e muitas ONGs. Vamos deixar de lado os dados quanto ao próprio desmatamento, e perguntar qual a medida mais efetiva para combater o desmatamento no curto e médio prazo.

    Qualquer empreendedor só investe em atividade que lhe garanta resultados financeiros, não se podendo olvidar que o desmatamento é motivado pelo mesmo sentimento, é também um negócio. Só piromaníacos acendem o fósforo por prazer mórbido.

    A ação inteligente, com efetividade e resultados nesta seara, que irá fechar o ralo de verbas para combater o desmatamento é outra: garantir que o negócio do desmatamento não tenha qualquer perspectiva de lucro, mas sim de prejuízo multiplicado.

    Investir na construção de estradas, fomentar a assistência técnica em área já degradadas, com fartos recursos para investimentos, recuperação de solo, irrigação, construção de armazéns e acesso a crédito de longo prazo com custos compatíveis ao fomento, impulsiona ganhos de produtividade em grãos, carnes e madeira reflorestada, e em todos os segmentos, criando um ciclo virtuoso onde só quem produz mais, em áreas cada vez menores, irá sobreviver no agro.

    Investir em um programa de construção de estradas rurais asfaltadas, por exemplo, melhorando o acesso a áreas onde não se pode escoar a produção de grão (sequer produzir) e até mesmo o acesso dos proprietários é difícil, irá trazer para o mundo do agro tecnológico imensas áreas degradadas e que não tem outra alternativa senão o pastoreio intensivo e de baixa tecnologia. Mais produção em áreas abertas inviabiliza, sem a necessidade de intervenção direta do estado em qualquer projeto antidesmatamento, a agressão a floresta amazônica. Sem lucro as motosserras param. O fósforo não é aceso e a mata não arde.

    Em um Brasil com mais investimento no agronegócio, permitindo que mais produtores tenham acesso por estradas asfaltadas as suas propriedades, onde a assistência técnica leve a informação para que a tecnologia chegue com rapidez ao campo (neste campo o papel da EMBRAPA é fundamental), com crédito farto pra que as transformações possam ocorrer da porteira para dentro, com ganhos de produtividade e produção, capacidade de armazenagem, máquinas e tecnologia, irá garantir mais empregos e desenvolvimento para o país, afastando o especulador da floresta amazônica. É claro que esta solução não agrada as ONGs nem aos políticos que vociferam e anseiam pelos recursos para combater o desmatamento, pois seca mais um ralo onde escoa o dinheiro público.

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    • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

      Só no estado do Rio de janeiro a verba para a saúde esse ano é de 1.2 bilhões de reais. É muito dinheiro na mão de gente incompetente e sem vergonha.

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