Fala Produtor - Mensagem

  • Paulo Roberto Nicola Santiago - RS 21/07/2020 11:38

    Prezado Nilo, o proprietário de terras só arrenda por dificuldades financeiras ou por uma questão de vocação, o que é normal. A terra valoriza desde que o homem começou a se multiplicar e disputá-la como território de caça (alimentação) e assim o é até hoje. Na década de 70, o trigo (alimentação) provocou uma explosão nos preços da terra. Na época, o triticultor produzia em nossa região (e aqui tivemos o maior produtor de trigo do Brasil por período) 14 sc/há, porém sobravam de renda 7 sc/há. Nessa época compravam-se terras próprias para agricultura por 21 sc de trigo/há, ou seja, a produção de 3 ou 4 anos era suficiente para comprar a terra do proprietário. Hoje me sobram 12 sc de soja/há e a terra custa 500 sc/ha, ou seja, tenho de produzir 40 anos para comprar a terra que arrendo com minha produção. Observo que o equilíbrio no que toca ao arrendo seria meio a meio, por exemplo, me sobra ao longo dos anos 12sc/há em média e pago de arrendamento outros 12sc/há, mais que isso sugiro entregar as terras, pois se pagar 15 me sobram 8... As terras são um tremendo patrimônio que merece ser remunerada e o agricultor assume todos riscos para produzir. Considero um ponto de equilíbrio razoável.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. PAULO ROBERTO NICOLA, já faz algum tempo que fui alijado do setor mas, isso é outra estória... Os insumos são parte do chamado "custos operacionais", correto?... E esses valores, inflados, tem um desembolso maior. ... No montante auferido de entradas & saídas, qual é o peso % com relação as entradas. ... Minha pergunta prende-se ao fato de uma realidade estampada diariamente no site. No ícone cotações, especifico do soja, existe o quadro Soja- Mercado Físico, onde há variação de quase 20% na cotação. Exemplo: a cotação entre as praças de Castro e Londrina, no paraná que historicamente era de R$ 8,00/sc, hoje está em R$ 14,50/sc. Como o produtor lida com essas flutuações improvaveis de mercado? ... Se o custo dos insumos tem essas diferença de até 25%, acredito que o peso no faturamento não deve ser da mesma ordem do que essa diferença nas cotações do preço do produto final. ... Enfim, o que é mais grave? Um preço do seu produto irreal na "lousa" ou o insumo inflado?

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    • Paulo Roberto Nicola Santiago - RS

      Caro sr. Paulo, considero (conforme planilha disponível), Operacional como custos de Mão de Obra, encargos e administrativo... e sendo o insumos todo o necessário para desenvolvimento da planta..., mas é muito claro tua pergunta: As cotações entre diferentes praças tem sua origem em relação à distância dos portos, o que parece não ser a causa nesse caso, pois, afinal, não são praças tão distantes assim. Os 25% que comentei de majoração nos insumos são juros ocultos, e não afetam o faturamento na mesma proporção, ok? É lógico também que quanto mais próximo do porto se encontra o produtor menor o frete e maior o ganho por saco. Espero ter respondido a contento. Abçs.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Já ouvi que o chamado "preço base", onde as variáveis "frete" e outros itens de infra-estrutura, pesam nos tempos de safra. O "carregamento" tipo, seguro, armazenamento, custo financeiro do capital e "otras coisitas à más" devem ser idênticas entre Castro e Londrina. ... Então, como se livrar dessa incongruência?

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Desculpe-me... Acho que estou sendo muito inquisidor nos meus questionamentos...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Quanto ao "preço base", segundo consta, você tem que trabalhas estatisticamente um período de 3 a 5 anos os preços diários ou semanais de sua região, e não encontrar desvios estatísticos (que não me lembro agora)... Se encontrá-los, você não pode pensar em fazer qualquer tipo de contrato futuro em bolsa pois, os seus dados são inconsistentes...

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    • Paulo Roberto Nicola Santiago - RS

      Prezado sr. Rensi, tem algum imposto entre as cidades que impeça o produtor de entregar a soja onde melhor lhe convir, além do custo do frete? Isso resolveria a incongruência. Quanto ao "preço de referência" que eu utilizo, conhecido como índice PAB, dê uma olhada no meu site (economiarural.com.br) pois ali está todo o embasamento lógico e matemático resumido em dois capítulos e de maneira bem didática, OK? Certamente à frente, discorreremos sobre essa ferramenta de grande utilidade ao produtor.

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