Fala Produtor - Mensagem
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Marcelo Costa Paracatu - MG 19/11/2025 14:38
Comentário referente a notícia: FUJA DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA: alguns riscos que você precisa saber antes de dar suas propriedades nesse tipo de garantia-
CARLO MELONI
sao paulo - SP
O Banco do Brasil está numa situação calamitosa, difícil não atingir o produtor
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CARLO MELONI
sao paulo - SP
Achei o seu comentário muito bom e oportuno, entretanto gostaria de fazer uma ressalva, sobre o comparativo de 5 funcionários do agricultor com 50 funcionários da loja comercial...A loja comercial atende milhares de produtores então o comparativo seria salvar 50000 funcionários na agricultura contra salvar 50 funcionários no comercio---
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CARLO MELONI
sao paulo - SP
A alienação fiduciária de imóvel para concessão de crédito novo ou rolagem de dívida está sendo exigida por questão de segurança por parte do credor. Será uma nova realidade. Ninguém mais tem coragem de conceder crédito com garantia inferior. É pegar ou largar! Não fosse essa enxurrada de recuperações judiciais, muitas delas sem futuro, os bancos ainda estariam exigindo a clássica hipoteca e as revendas ainda venderiam na duplicata. Agora é CPR com avalista. Antes de mais nada trata-se de crise de confiança, além do crédito propriamente. Tem dono de revenda leiloando a mãe pra não sair do mercado. A justiça tenta salvar um produtor com cinco empregados por meio de uma RJ e deixa uma revenda com cinquenta funcionários quebrar e mais meio mundo no comércio da cidade. Todos pagam o pato. Claramente o instituto da RJ foi desvirtuado e logo ali não cola mais. E a justiça não está protegendo mais nem o credor com bens móveis sob alienação fiduciária. Maquinário e pivôs não quitados, que ainda são de propriedade do credor estão sendo considerados essenciais para efeito de recuperação – e são – não podendo ser retomados pelos credores. A posse para fins de RJ em detrimento da propriedade. Até essa garantia o revendedor perdeu. Na prática todo mundo entra no bolo e se estrepa. Em algum momento isso será revisto. É como se eu abrisse uma locadora de veículo com dez carros financiados com alienação fiduciária e não pagasse nenhum. A justiça declararia os carros essenciais – porque são – e a concessionária ficaria chupando o dedo porque não poderia retomar os veículos. É justo? É claro que há casos e casos, mas o exemplo é pra ilustrar o esculacho que lá vai virando. Então não há como culpar um credor por querer se proteger com uma garantia mais robusta. A despeito do frenesi e euforia de quem gastou demais e deu um passo maior que a perna, que quebrem. É a vida! As terras serão plantadas. Sempre foi assim. E não se enganem, à medida que o crédito sai da alçada do governo e caminha, como tem caminhado, para o setor privado é certo que muita gente vai perder roça. Muita roça. Faria Lima não perdoa. Tem fundo de investimento (FDIC) comprando crédito de banco adoidado e entrando como credor nas RJ’s. Comprando, inclusive, créditos quirografários, que são pagos se sobrar chão das garantias reais. Alguém sonha que esse tipo de investidor entra pra perder? São gigantes numa assembleia de credores e têm todo o tempo do mundo. É investimento de quem tem grana sobrando. Todo mundo rezando pra não entrar numa RJ e esse fundos doidos pra pular pra dentro. Produtor que devia ao banco e chamava o gerente pelo nome agora tem que negociar com fundos, securitizadoras e todo tipo de abstração inventada pelo mercado. Do frenesi da soja de R$200 pra cá tudo conspirou e se organizou para o produtor levar no lombo. E vai levar! É claro que ele ajudou um pouco. Bancos também se empolgaram e facilitaram demais ao permitirem hipotecas de centésimo grau numa mesma matrícula. Mas banco é banco! A situação está posta e não há o que fazer. Pagador bom pagará pelos ruins. E vida que segue!