Fala Produtor - Mensagem

  • José Roberto de Menezes Londrina - PR 29/02/2012 00:00

    Para a agricultura brasileira, pior que o PT só o PSDB. O Brasil precisa de um Código Ambiental para proteger os recursos naturais, porém, o mesmo deve ser pautado em bons princípios sociais, tecnológicos, econômicos e políticos. Infelizmente, o oportunismo político, a omissão das entidades de classes e os cartórios ambientalistas estão tomando de assalto, os quinhentos anos de história da sociedade brasileira, caracterizada pela tradição democrática, produtiva e ecológica. As aberrações ultrapassam os limites da ignorância e incorporam as maldades da expropriação de bens, da criminalização do trabalho e da manutenção da pobreza. Enfim, o nome define o desastre. Acredite, em pleno século XXI, o Congresso Nacional Brasileiro está criando um Código Florestal para regulamentar o agronegócio brasileiro. Ou o nome é apenas mais uma mentira de políticos ou o agronegócio brasileiro está prestes a entrar na era criminal, com a destruição da agricultura familiar em benefício das grandes empresas multinacionais. A cada palavra um absurdo, veja alguns deles.

    a) CÓDIGO FLORESTAL. O título define a parcialidade do projeto e indica o grau de dificuldades a ser enfrentado pelos setores produtivos.

    b) IRRIGAÇÃO. O Brasil é um país tropical com 365 dias de luz e temperaturas favoráveis ao desenvolvimento de plantas e 180 dias de chuvas, com períodos de veranicos. Portanto, a irrigação é um insumo básico que maximiza a produtividade, aumenta o período de cultivo e reduz os riscos. Enfim, possibilita aos agricultores, renda média 8 vezes maior, que as lavouras de sequeiro, na maior parte do Brasil. Mas, o novo Código Florestal Brasileiro não regulamenta a construção de represas e por conseqüência impede o agricultor de melhorar o uso da água de chuva. Grande parte, vindas dos oceanos e não das florestas.

    c) HISTÓRICO. O Hemisfério Sul possui 25 bilhões de hectare, dos quais 20 bilhões são imersos ou cobertos por água (Oceanos) e 5 bilhões de hectares são emersos. Desses mais de 70% são cobertos por biomas naturais, ou seja, menos de 6% ou 1,5 bilhões de hectares são utilizados para agricultura, cidades, rodovias, etc.. Portanto, o Hemisfério Sul precisa de um código Ambiental para proteger os 23,5 bilhões de hectares de biomas naturais e não de um falso Código Florestal para monopolizar o uso de recursos naturais, expropriarem terras produtivas e criminalizar o agronegócio brasileiro.

    d) CONGRESSO NACIONAL. Errar é humano manter o erro é burrice ou oportunismo. Acho que no Congresso Nacional não analfabeto. Nobres Deputados avaliem os adjetivos para a Rio + 20, mas não esqueçam do Brasil e dos brasileiros. As mudanças devem começar pelo nome, não seria melhor Código Ambiental com direitos e deveres para o agronegócio, a indústria e os ecos ambientes. A aprovação desse famigerado Código Florestal em benefícios de poucos: cria o maior cartório ambientalista do planeta; privatiza a água insumo básico da vida; expropriam terras produtivas sem as devidas justificativas técnicas; criminaliza o agronegócio e; não oferece a devida proteção e melhoria ao meio ambiente. Um crime contra o Brasil e os brasileiros. Em um horizonte de 25 bilhões de hectares, qual a importância ambiental e as justificativas socioeconômicas para a expropriação de 30 milhões de hectares de terras produtivas, para a implantação de mais áreas de reserva legal? Para o meio ambiente do Hemisfério Sul, 30 milhões de hectares representam apenas 0,01%. Todavia para os agricultores brasileiros representa a sobrevivência e a esperança de milhares de famílias. Nobres deputados os poucos beneficiários do cartório ambientalista brasileiro com alguns dias de oportunismo necessita de limites, enquanto, os agricultores brasileiros com séculos de dedicação, trabalho e preservação ambiental merecem mais respeito e consideração. O Paraná é o Estado com o maior número de agricultores prejudicados pelo novo Código Florestal Brasileiro. Onde estão nossas autoridades e representantes de classes. Na próxima eleição lembre-se dos omissos e expropriadores de terras produtivas.

    Comentário referente a notícia: [b]Código Florestal: Bancadas negociam revisão em cinco anos[/b]

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