Fala Produtor - Mensagem

  • Waldir Sversutti Maringá - PR 07/02/2008 23:00

    Endividamento rural.

    Conta a história que Pedro Malazarte chorava cada vez que trocavam o Rei. Quando os amigos lhe diziam que o rei que saia tinha sido um péssimo governante, um déspota, um tirano, ele respondia: Mas o que vem será ainda pior, por isso eu choro.

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    Assim tem sido ao longo dos tempos aqui no Brasil, em relação ao campo e à agricultura. Cada presidente que entra, encontra o seu meio de retirar da agricultura a sua renda, deixando o produtor escravizado com a falta de alternativas. Tem diante de si a seguinte situação: Estão aí os três maiores fatores de produção, a terra, que lhe custa muitos sacrifícios manter, tem o sol e a chuva como dádiva de Deus e de graça durante o ano todo, ao contrário dos US e Europa que tem têm clima de 6 meses impróprios para a agricultura, tem ainda o perigo eminente de desapropriação de sua propriedade se baixar os índices de produtividade e ainda, se não fazer que ela cumpra a função social que lhe foi atribuída por alguns sábios, isso tudo independentemente de sua situação financeira.

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    Então o que lhe resta ??? Resta plantar novamente, as vezes plantar simplesmente, acumulando dívidas ao longo dos anos e anos, apesar dos artifícios sorrateiros e constantes de gente engravatada dos gabinetes do poder e das cidades, que ficam a maquinar o tempo todo como confiscar-lhe a renda, sim, a renda do campo, com leis arteiras, para fazer o bem bom das cidades, compras e viagens baratas no exterior.

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    Conforme preceitua a Lei Agrícola a renda do campo deveria ser compatível com a renda de quaisquer outras atividades, mas não vem sendo assim, o que está acontecendo desde o governo Collor, FHC e Lula, são o crescimento exacerbado de dívidas já excessivamente oneradas, sejam com juros incompatíveis com a atividade, sejam com garfadas como foi os índices ilegais debitados em suas contas de financiamento em março e abril de 1.990, em nome do plano Collor, reconhecidamente julgadas ilegais pelo STJ , última instancia e ainda não retiradas pelo BB, permanecendo ate hoje nas contas da Securitização e do Plano Pesa de muita gente, seja ainda também pela manipulação do cambio nos tempos de Gustavo Franco/Malan/FHC e agora, com mais prejuízos ainda, pelo governo Lula/Meirelles.

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    Se a inflação do Plano Real, a mínima pelo IPCA, foi de 218%, o dólar não teria que estar no mínimo a R$ 3,18, para repor na sua cotação os aumentos de custos medidos pela inflação ? Como disse Maria da Conceição Tavares : “”Essa gangorra JUROS X CAMBIO está desequilibrada há muito tempo “” Se o presidente viu e ouviu, não teve coragem para mexer nesse vespeiro ....que é o imexível BC/Copom.

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    Essa manipulação foi conseguida com as altas taxas de juros reais pagas pelo governo Lula em continuação da política de juros escorchantes. de FHC, como ele mesmo classificou, provavelmente recomendada pelo FMI e os sábios do mercado financeiro, esse mesmo que tem Lei para protegê-lo dos ”” crimes contra o sistema financeiro “” mas não tem leis para puni-lo em seus abusos contra o sistema produtivo, seja agropecuário ou industrial, com os altos spredes cobrados nos empréstimos e mais abusivamente ainda, nas tarifas bancárias cobradas hoje.

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    Com relação as tarifas é incompreensível que o BC tenha feito essa intervenção somente no final do ano passado, fixando algumas regras para a sua cobrança, que entrarão em vigor,....”apenas”...em 30-04-08. ou seja, até lá podem os bancos continuarem a esfolarem o povo, abusando do direito implicitamente concedido pelo BC até aqui, ao compactuar com esses abusos praticados pelos bancos .

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    Waldir Sversutti

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