As terras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste foram as que mais se valorizaram no último ano, influenciadas pela perspectiva de melhoria da infraestrutura, que deve tornar viável, a médio prazo, a exportação de grãos pela região Norte do país.
Pesquisa sobre o mercado de terras da consultoria Informa Economics/FNP, obtida com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostra que o preço do hectare subiu quase 25% no Norte entre janeiro e dezembro de 2013. Nas terras do Centro-Oeste, a alta beirou 18%. Em ambas as regiões os aumentos superaram a valorização média das terras no Brasil, de 15% no período.
“O Centro-Oeste e o Norte estão se estruturando para abandonar a tragédia logística que é colocar a safra para rodar em caminhão por mais de 2 mil quilômetros e embarcar os grãos pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR)”, diz o diretor da consultoria e responsável pela pesquisa, José Vicente Ferraz.
Ele explica que essa perspectiva de melhoria na logística é que está puxando para cima os preços das terras cortadas pela BR-163 A rodovia liga o Sul, o Centro-Oeste e o Norte do país, e vai até Santarém, no Pará. As terras agrícolas de Santarém, por exemplo, registraram valorização de 51% no ano passado, uma das maiores altas entre os 133 regiões pesquisadas. Lá o preço do hectare saltou de R$ 2.576 em janeiro para R$ 3.900 em dezembro de 2013.
“As terras de Santarém são aptas à agricultura, mas não estavam sendo exploradas pela falta de infraestrutura”, afirma Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró-Logística, que reúne dez associações do estado do Mato Grosso e é capitaneado pela Aprosoja, que congrega produtores.
Do Mato Grosso, o maior estado produtor de soja, até o distrito de Miritituba, no Pará, há 182 quilômetros de rodovia sem pavimentação. As obras de pavimentação devem ser concluídas até o ano que vem, prevê Ferreira.
Em Miritituba, conta ele, não existia nada. Agora há terminais de transbordo, que permitem embarcar a carga em barcaças pelo Rio Tapajós até o Porto de Santarém. De lá os grãos seguem pelo Rio Amazonas até o Porto de Vila do Conde e são transportados em navios para o exterior, via Canal do Panamá. Nas contas de Ferreira, o escoamento da safra pelo Norte do país pode reduzir em 34% o custo de transporte, comparado com o trajeto rodoviário feito até Santos ou Paranaguá.
Novo eixo exportador valoriza terras --
As terras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste foram as que mais se valorizaram no último ano, influenciadas pela perspectiva de melhoria da infraestrutura, que deve tornar viável, a médio prazo, a exportação de grãos pela região Norte do país.
Pesquisa sobre o mercado de terras da consultoria Informa Economics/FNP, obtida com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostra que o preço do hectare subiu quase 25% no Norte entre janeiro e dezembro de 2013. Nas terras do Centro-Oeste, a alta beirou 18%. Em ambas as regiões os aumentos superaram a valorização média das terras no Brasil, de 15% no período.
“O Centro-Oeste e o Norte estão se estruturando para abandonar a tragédia logística que é colocar a safra para rodar em caminhão por mais de 2 mil quilômetros e embarcar os grãos pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR)”, diz o diretor da consultoria e responsável pela pesquisa, José Vicente Ferraz.
Ele explica que essa perspectiva de melhoria na logística é que está puxando para cima os preços das terras cortadas pela BR-163 A rodovia liga o Sul, o Centro-Oeste e o Norte do país, e vai até Santarém, no Pará. As terras agrícolas de Santarém, por exemplo, registraram valorização de 51% no ano passado, uma das maiores altas entre os 133 regiões pesquisadas. Lá o preço do hectare saltou de R$ 2.576 em janeiro para R$ 3.900 em dezembro de 2013.
“As terras de Santarém são aptas à agricultura, mas não estavam sendo exploradas pela falta de infraestrutura”, afirma Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró-Logística, que reúne dez associações do estado do Mato Grosso e é capitaneado pela Aprosoja, que congrega produtores.
Do Mato Grosso, o maior estado produtor de soja, até o distrito de Miritituba, no Pará, há 182 quilômetros de rodovia sem pavimentação. As obras de pavimentação devem ser concluídas até o ano que vem, prevê Ferreira.
Em Miritituba, conta ele, não existia nada. Agora há terminais de transbordo, que permitem embarcar a carga em barcaças pelo Rio Tapajós até o Porto de Santarém. De lá os grãos seguem pelo Rio Amazonas até o Porto de Vila do Conde e são transportados em navios para o exterior, via Canal do Panamá. Nas contas de Ferreira, o escoamento da safra pelo Norte do país pode reduzir em 34% o custo de transporte, comparado com o trajeto rodoviário feito até Santos ou Paranaguá.
http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1452896&tit=Ganho-com-terra-perde-so-para-dolar