Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 26/02/2015 00:00

    Lula, portanto – aquele mesmo Lula que jactou-se de que iria “ensinar” a Fernando Henrique Cardoso como deveria se comportar um ex-presidente –, quer “paz e democracia” ameaçando colocar nas ruas um “exército” de baderneiros com apreço ZERO pela democracia.

    Mas o discurso foi também burro, de uma burrice pétrea, siderúrgica, de ferro.

    O discurso foi burro até a última vogal quando o Grande Embusteiro, batendo de novo na imprensa — desta vez pela forma como vem cobrindo a Operação Lava Jato –, referiu-se a uma suposta “criminalização da ascensão de uma classe social neste país” e sentenciou:

    – As pessoas subiram um degrau e isso incomoda a elite.

    Não incomoda, não, Grande Embusteiro! Pode incomodar meia dúzia de “mulheres ricas” em reality shows de TV, mas a elite — os industriais, o grande comércio, os banqueiros — ficou FELIZ com a “subida de um degrau” das “pessoas”.

    Por uma razão óbvia, gritante, escancarada, conhecida de todos: “subindo um degrau”, as pessoas passaram a consumir mais, a comprar mais, a desfrutar de mais lazer, a movimentar mais dinheiro, chegando até — graças a Deus — a poupar. Isso tudo sob os aplausos mais calorosos dos potentados da elite, que passam a ganhar mais dinheiro.

    A “elite” representada, digamos, por donos de grandes supermercados, ficou “incomodada” porque passou a vender muito mais?

    A “elite” personificada pelas grandes cadeias de roupas e calçados a preços acessíveis ficou “incomodada” porque seu movimento aumentou consideravelmente?

    A “elite” com as vestimentas dos fabricantes de carros populares ou da rede de revendedores de veículos usados ficou “incomodada” porque viu incorporada aos consumidores uma nova classe social?

    A “elite” travestida de indústria farmacêutica revelou-se “incomodada” porque milhões de pessoas mais passaram a ter acesso a medicamentos, sobretudo genéricos, como nunca antes?

    CLARO QUE NÃO!

    Essa “elite” só está furiosa e bufando agora, passado um mandato da presidente Dilma e iniciado o segundo, quando a incompetência, a roubalheira — veja-se o petrolão, vejam-se as obras superfaturadas –, a gastança descontrolada e o desgoverno levaram a inflação a recobrar fòlego, a economia parar de crescer e o fantasma do desemprego tornar a assombrar os brasileiros.

    A “elite” está “incomodada” por ter um governo pífio, incompetente, mequetrefe, onde só se salva a equipe econômica, que só Deus sabe quanto tempo se aguentará em pé — uma vez que, passados 56 dias de gestão Dilma, não se viu uma só vez a presidente dizer em alto e bom som que a política de austeridade iniciada pelo ministro da Fazenda dispõe de seu total apoio.

    Ao proferir a torrente de asneiras sobre como as “elites” não suportam a ascensão social de brasileiros, Lula desvaloriza seu próprio trabalho, do qual, em outras circunstâncias, tanto se vangloria — ao dizer que não sei quantos milhões de brasileiros saíram supostamente da pobreza, que não sei quantos milhões de brasileiros chegaram “à classe média”.

    Ricardo Setti, - http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/petrolao-discurso-de-lula-o-grande-impostor-em-ato-em-defesa-da-petrobras-nao-foi-apenas-incendiario-e-irresponsavel-foi-tambem-burro/ -.

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