Fala Produtor - Mensagem
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Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR 13/06/2015 09:23
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Dalzir Vitoria
Uberlândia - MG
Caro Carlos..esta condição de 3 safras na mesma área vai de encontro a qualquer empresa EFICAZ..ou seja os custos fixos se diluem nas 3 safras...falo da terra...das máquinas...na correção do solo...armazém..e até a mão de obra de operador de máquinas se dilue nas 3 safras..este é o futuro da agropecuária em qualquer lugar do mundo....com o caixa recebendo a ano todo e fazendo pagamentos o ano todo....por isto que o norte e oeste e parte do sudoeste do Paraná continua a crescer e desemvolver...otimização e o caminho...para reduzir custos e ter lucro na atividade...já imaginou soja e milho com altos preços e descartelização e feudalismo do trigo...qual seria a situação do produtor do Paraná!!!!!
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Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
Caro Dalzir, o "problema" é quando a necessidade de se fazer duas ou três safras se torna uma obrigação para se manter nos negócios em meio a custos fixos exorbitantes como ocorre no Brasil (custo trabalhista, custo de funcionamento, burocracia, impostos). Muito produtor hoje se ve obrigado a trabalhar com 200% da capacidade instalada para sobreviver aos custos fixos, e isso gera distorções no mercado, pois o produtor não tem muita opção de "fechar a torneira" em um segunda safra de milho em caso de desequilíbrio nas leis de oferta e demanda. Ele vai ter que produzir de qualquer jeito para manter a empresa rodando, mesmo que isso gere algum prejuízo... O mercado de milho é o principal exemplo disso, pessoal planta a "qualquer custo" e sem sequer uma cultura alternativa economicamente viável que poderia ser o trigo, que foi destruído pelo feudalismo brasileiro.
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Dalzir Vitoria
Uberlândia - MG
Guilherme...suas colocações foram perfeitas...mas um dos caminhos seria o uso de milho e soja em uma terceira ou quarta atividade na propriedade como por exemplo..aves..suinos..bovinos..onde agregaria valor que hoje a industria agrega aos cereais...ou seja em vez de vender ao mercado milho a 25 e soja a 60..venderia na atividade pecuária milho a 40 e soja a 100 o saco...além disto venderia menos ao mercado que el algum momento provocaria alta no preço..
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Dalzir Vitoria
Uberlândia - MG
Parabéns Sr. França Junior pelo seu texto. Enche-nos de orgulho a pujança do agronegócio, apesar dos problemas citados. Sou agricultor e funcionário de cooperativa em Ubiratã, região centro ocidental do Paraná e sou testemunha da evolução do agronegócio nos últimos anos, apesar de toda a ineficiência da porteira para fora. Após uma safra de soja muito boa, estamos colhendo a melhor safrinha de milho da história, com produtividades superando os 7.500 kg/ha e ainda estamos plantando trigo como opção de uma terceira safra.
Cada hectare de terra no município produziu em 2014, somadas as três safras, algo em torno de 10.000 kg de grãos, cerca de 2,7 vezes a média nacional. Esse número certamente vai ser superado esse ano. As cooperativas estão investindo em estruturas de secagem, limpeza e armazenamento para atender a essa demanda e também estão construindo e ampliando os sistemas avícolas, desde fábricas de rações até abatedouros e câmaras frias, como forma de agregar valor aos grãos produzidos na região. Tudo isso está gerando milhares de empregos e alavancando a economia da região, que depois de décadas de estagnação está voltando a crescer e com isso atraindo pessoas e investimentos. Tenho plena convicção de que isto não está acontecendo só por aqui. Por todo o interior do Brasil o agronegócio está puxando o desenvolvimento e o progresso, mesmo que carregando nas costas o peso da ineficiência do Estado.