Fala Produtor - Mensagem

  • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS 24/09/2015 14:03

    Muito boa matéria. No intervalo entre 2006 e 2015 os preços da soja em Chicago oscilaram entre USD 5,70 a USD 16,90 por Bushel. Durante esse período o Governo Argentino já vinha cobrando 35% sobre a Receita Bruta dos Produtores de Soja, tendo em 2008 estabelecido uma banda móvel entre 20% e 42% de acordo com o patamar de preços que o grão atingisse.

    A produção saiu de 40 milhões de toneladas para algo em torno de 56 milhões de tons apurados nessa Safra. De lá para cá, a desvalorização do Peso em relação ao Dólar foi intensa. Há que se mencionar que é cobrado IVA (imposto semelhante ao ICMS) sobre as compras de insumos e serviços, além de Imposto sobre "Ganancias" (IR) e outros tributos menores. O valor venal das terras sofreu um reajuste muito forte há uns 2-3 anos, aproximando para efeito de cobrança do ITR deles com os preços anunciados de venda. Quem duvida que o Governo Brasileiro não sabe desse modelo e que não irá recorrer a medidas semelhantes, vive em Marte!

    O alinhamento ideológico é absoluto. Os "Movimentos Sociais" de lá vociferam as mesmas baboseiras dos daqui. Lá tem Via Campesina, Indígenas, Sem Teto, Sem Comida, Mães da Praça de Maio (movimento de velhas corruptas), Direitos Humanos para Bandidos, um Grau de Corrupção até maior do que o nosso e total desestruturação da Sociedade que produz. Cabe lembrar que a Argentina foi um País muito melhor do que o Brasil em várias coisas durante muito tempo e se tornou isso. Morei lá entre 1995 e 1999, na época vigorava a paridade cambial entre o Peso e o Dólar (1:1), gerada através do Plano de "Convertibilidad" de Domingo Cavallo. Os juros eram bem menores dos que os praticados aqui e havia um sentimento de pujança impulsionado por um ambiente de "Segurança Jurídica". Vários fatores contribuíram para a deterioração econômica na Argentina, um deles foi a quebra do acordo que havia entre os Ministros de Economia do Mercosul que determinava ajustes conjuntos de forma a não desequilibrar as contas dos integrantes do bloco. Alguns dias após haver declarado que não iria desvalorizar o Real, o então Governo de Fernando Henrique Cardoso promoveu uma depreciação forte da noite para o dia. De lá para cá, a fragilidade do contexto internacional e a desorganização das contas internas, permitiram o surgimento do Populismo Ultra-Corrupto do Casal Kirchner e o resultado está aí. As semelhanças de contexto com o Brasil atual não são meras coincidências e possuem agravantes no nosso caso.

    0
    • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

      Sr. Eduardo Lima Porto, todos os seus comentários tem conteúdo e alto índice de utilidade.Neste não é diferente,e falar das lambanças do FHC,sem ser linchado pelos hipócritas de plantão, neste espaço quase democrático é comum este linchamento. Parabéns,comentários isentos e esclarecedores é tudo que precisamos neste site!

      0
    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      Muito obrigado pela consideração Senhor Arlindo.

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Arlindo, tem só um ponto a considerar: O Sr. Eduardo não defende este governo e fala mal do governo FHC. Não se esqueça que em outra mensagem o Sr. Eduardo cita que morou na Argentina durante um bom tempo, ou seja, ele cita o seu entendimento que vivenciou como habitante no país vizinho. Quanto ao seu comportamento é tipico da classe "lumpemproletáriado" do regime autoritário vigente na Alemanha nos anos 30 e 40 do século passado. Chamar o "inimigo" do adjetivo que lhe cabe. MUDA ESSE DISCO "CUMPANHERO" !!!

      0
    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      Sr. Paulo, não entendi os seus comentários e me parece que o Senhor tenha mal interpretado o que escrevi. Em primeiro lugar, sou absolutamente ANTI-PETISTA e totalmente ANTI-COMUNISTA. Sou Economista por formação e me enquadro filosificamente no que preconiza o Grupo Liberal denominado como Escola de Viena. Não fiz um ataque ao Governo de FHC em meu comentário, foi uma constatação muito tranquila. Vivi na Argentina, gosto muito do País e me revolta brutalmente ver no que transformou-se. Na época, eu dirigia um Projeto que envolvia centenas de milhões de dólares e por isso as questões econômicas que afetassem o Câmbio eram muito sensíveis. Posso afirmar muito tranquilamente que a desvalorização cambial promovida pelo Brasil da forma como foi conduzida na época foi uma deslealdade com a Argentina e de lá para cá, somado a outros fatores internos e de conjuntura internacional, o País nunca mais foi o mesmo e abriu espaço para o Populismo Bolivariano dos Kirchner. Acho que o Senhor não me conhece e foi extremamente infeliz e desrespeitoso ao me catalagar como parte do "lumpemproletariado", prefiro pensar que o Senhor não saiba sequer o significado disso. Sou uma Pessoa intelectualmente aberta, veiculo minhas idéias gratuitamente como Articulista nesse site, por me identificar com as pessoas que produzem o conteúdo disponibilizado aqui e com o público que segue esse trabalho. Aceito muito bem as críticas sobre o conteúdo de qualquer questão ou idéia que venha a manifestar por aqui, afinal esse é um espaço aberto e supostamente de alto nível, mas não tolero ofensas.

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Eduardo , desculpe-me se não fui claro o suficiente, mas quando cito: "Quanto ao seu comportamento é tipico da classe "lumpemproletáriado" do regime autoritário vigente na Alemanha nos anos 30 e 40 do século passado. Chamar o "inimigo" do adjetivo que lhe cabe. MUDA ESSE DISCO "CUMPANHERO" !!!. Cito a pessoa do Sr. Arlindo. Mais uma vez desculpe-me o mau entendido. Veja que na mensagem do Sr Arlindo ele cita: "...sem ser linchado pelos hipócritas de plantão". Respondi à altura !!!

      0
    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      Sr. Paulo, aceito as desculpas e reconheço que posso ter me equivocado também. Sem querer reascender polêmicas, considero que Fernando Henrique Cardoso fez coisas muito boas para o Brasil, mas também cometeu vários erros, alguns literalmente condenáveis. O que vale é o Balanço das coisas e no geral, me parece que o resultado dele foi bastante positivo. Filosoficamente, o posicionamento do PSDB não me agrada em muitas coisas e vejo semelhanças com determinados comportamentos PTistas. Vamos em frente.

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Fico feliz que o Sr. tenha exposto seus sentimentos e, que eu possa ter tido a oportunidade de esclarecer o conteúdo do meu texto. OBRIGADO POR TER ACEITO MINHAS DESCULPAS !!!

      0
    • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

      Fico pensando o que seria do produtor de grãos o Brasil se tivéssemos o dólar cotado a R$ 2,50, da época da última eleição. Estaríamos vendendo a soja a R$45,00/sc e milho a R$16,00/sc, amargando um prejuízo pior do que a dos Argentinos. Nós, por enquanto, não sofremos as retenciones e talvez o peso dos impostos aqui e lá não seja muito diferente, mas temos como desvantagem uma logística inadequada e caríssima para o escoamento da produção, principalmente do milho, o que acaba reduzindo drasticamente a nossa margem. Os "ganhos" do produtor com a alta do dólar tendem a ser equilibrados ou eliminados pelos aumentos no custo de produção para as próximas safras e uma eventual cobrança de impostos sobre a exportação nos colocaria numa situação complicada, pior que a dos hermanos.

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Carlos essa colocação do Sr., só reforça a tese de que a classe produtora tem que se preocupar mais em participar da política, pois os erros da administração pública "sempre" é a população que sofre as consequências. Essa democracia representativa que é o atual sistema de governo, tem provado que deve ser mudado, pois "criamos" uma aristocracia política. Veja o número de descendentes de políticos que se perpetuam no poder. Acho que para que alcancemos uma democracia de fato, seria primordial tornar o "VOTO FACULTATIVO", pois o cidadão teria a "LIBERDADE" de optar se vota ou não e, não ser obrigado.

      0
    • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

      Sr. Paulo Roberto Rensi, agradeço por ter vestido a carapuça,sei que o Sr.Eduardo Lima Porto, não defende este governo e também não falou mal do FHC,só falou uma das verdades do dito cujo!

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Arlindo não se precipite. Carapuça? Patrão, veja neste site se uso o ataque em meus argumentos? Sinceramente desconheço este objeto, mas acho que ele é de grande serventia aos integrantes do exército petista.

      0