Fala Produtor - Mensagem
-
Paulo Sergio Betelli Catalão - GO 25/09/2015 14:27
-
Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Sr. Paulo o BB e TODAS as cooperativas usam os documentos que os produtores rurais assinam são negociados no mercado de derivativos, mas essa informação não é passada para o produtor em sua maioria. No Brasil eles só deixam o produtor fazer o mercado de balcão, a famosa troca com prazo safra. Ocorre que todos aqueles papéis que o produtor assina vão ser negociados no mercado futuro. Quando na época da colheita que o produtor vai entregar o seu soja, cujo contrato foi feito à R$ 53,00/sc e o preço do dia está a R$ 59,50/sc, quem fica com o lucro? Se ocorrer o contrário a cooperativa usa seus contratos futuros para "zerar" a operação, ou seja, o agricultor acha que saiu ganhando, mas numa hipótese a cooperativa ganha e na outra empata. Onde ele ganhou?
-
Paulo Sergio Betelli
Catalão - GO
Paulo Roberto Renzi boa tarde, talves você não entendeu a materia publicada, mais vamos lá, o Banco do Brasil é uma instituição financeira direta ao produtor, as operações de Hedge no Brasil é feita pelas esmagadoras de soja direto com Chicago onde se vende os contratos de farelo soja e oleo o produtor brasileiro infelismente ainda não tem esta opção como é feito nos Estados Unidos onde o produtor vende sua produção direta usando seu broker para comercializar seu produto.
-
Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
É exatamente isso, só que o BB e todas as outra instituições financeiras que financiam diretamente o produtor, negociam os contratos ou qualquer coisa que o valhe no mercado de derivativos e, todos esses custos já são embutidos na conta do produtor da assinatura do contrato, pois os agentes financeiros sabem "muito bem" fazerem as contas.
-
Mario Sperotto
Porto Alegre - RS
Tem alguns problemas para viabilizar esse tipo de operação aqui no BR, primeiro que não existe um contrato na BMF de soja com liquidação física (que pela arbitragem futuro/físico seguiria mais fielmente os preços físicos) com a cotação em R$. Da maneira atual quem quer fazer hedge teria que fazer além do hedge no dólar e na soja, que além de dobrar o custo ficaria e não se garantiria efetivamente um preço mínimo em reais..... outra coisa é que diferente do EUA e até mesmo da Argentina, no Brasil o diferencial entre as praças é muito expressivo, e além disso esse diferencial oscila bastante (logistica ineficiente com foco no transporte rodoviario que tem um custo alto e que depende de diversos outros fatores)...isso inclusive inviabiliza os hedges com contratos futuros de milho, cuja praça é campinas e que pode-se dizer que somente pessoal do interior de sp e talvez do pr consigam fazer um hedge relativamente eficiente.... não acho que deva ser papel do estado financiar o prêmio pois derivativos, contratos futuros, opções e bolsas existem justamente para livre transferência de risco entre agentes, para se resolver via mercado, de livre escolhas, colocar estado no meio disso só iria bagunçar e tornar os mercados "menos eficientes".....
-
Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Não existe o mercado de opções? Segundo consta o mercado de opções é uma forma de liberar o investidor de não precisar de manter um fluxo de caixa. Nos contratos de mercado futuro quando há baixa ou alta no valor da commodity, ocorre débitos ou créditos na conta corrente do investidor, é mais ou menos isso aí, só termina no vencimento do contrato. No mercado de opções não há esses desencaixes e, você pode vender sua opção, se estiver comprado, ou o contrário se estiver vendido, e pode ser feito antes da data de vencimento do contrato.
-
Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Ah! O que o Sr. Mario diz é o preço base da commodity, ou seja a soja de Nova Mutum no MT tem um preço base, que é o preço CBOT menos (frete, impostos, taxas, armazenamento, enfim todos os custos para que esse grão chegue ao destino). Para o produtor ver se tem viabilidade fazer o contrato deve contratar corretoras da BM&f que eles farão o estudo.
-
Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
João Batista, infelizmente o Brasil nunca teve (e dificilmente terá) uma politica agrícola para poder planejar de forma ampla o resultado do esforço dos produtores... é só ver hoje quem está no Ministerio da Agricultura, a sra. Katia Abreu não tem o perfil para este cargo, pois seu interesse é só político (pessoal)... precisamos de ter pessoas no Ministerio da Agricultura que sejam tecnicos no assunto e não políticos que só se interessam pelos seus projetos de poder... e só ver de perto a situação do setor Agropecuario..., seria uma boa ideia esta sua se o Banco do Brasil tivesse pessoas do mercado com vasto conhecimento em commodities para dar ao produtor a opção de Hedge, como acontece com os americanos -- pois lá o mercado funciona.