Fala Produtor - Mensagem

  • R L Guerrero Maringá - PR 01/10/2015 19:35

    Questionando o vazio sanitário no Paraná:

    1. Não houve ainda um levantamento de quantos hospedeiros naturais existem nas matas do Estado para o fungo da ferrugem. Conhecendo, porém, a diversidade de leguminosas presentes nas matas ciliares do Paraná e o comportamento típico dos fungos, é mais do que provável que hajam várias espécies que permitem a multiplicação do fungo o ano todo. Somente se a pesquisa comprovar que esta hipótese não procede o vazio sanitário começará a fazer qualquer sentido técnico.

    2. A taxa da exponencial de multiplicação do fungo é tão grande, que basta uma única planta desenvolver uma única colônia até a plena multiplicação de esporos que todo esforço de vazio sanitário se torna inútil na área circundante. Isso vale para os pés de soja que cresçam dentro ou fora do tempo de proibição. Lavouras de soja safrinha bem controladas representam ameaça menor do que uma lavoura de ciclo normal que sofra descuido e manifeste a doença.

    3. Em nossa observação de campo não temos visto soja voluntária desenvolvendo ferrugem, mas oídio sim. Friso que outros colegas podem ter observações diferentes.

    4. A resistência do fungo aos fungicidas presentes no mercado é parcial e tem sido controlada. E como as pesquisas ocorrem em segredo e em vários países, usar a afirmação da ANDEF é ato de desinformação deliberada.

    5. É bom lembrar que a ADAPAR é um flagelo para a agricultura paranaense, nos proibindo, limitando, onerando e perseguindo de formas que não acontecem em nenhum outro Estado da Federação. Seu cerne ideológico é a única explicação para esta atitude, logo, tudo que venha desta agência merece ponderações profundas antes de ser aceito. A ADAPAR já passou da hora de sofrer uma CPI que esclareça quem são seus integrantes, qual ideologia professam e quais suas reais intenções. Apoiar o progresso da agricultura paranaense, com certeza, não é mesmo!

    6. Quando o Sr. Norberto Ortigara (alguém já tinha ouvido dele falar antes??) afirma que: "Nossos esforços são para que os agricultores adotem as boas práticas de cultivo e elas recomendam a necessidade de reduzir a aplicação de agrotóxicos", ele valida a tese anterior: a ADAPAR e a SEAB jogam no time adversário. Dois conceitos saltam aos olhos em sua frase: não importa o desenvolvimento da agricultura, mas a limitação do uso de agroquímicos; e este cavalheiro é dos que chamam agroquímicos de agrotóxicos.

    Ora, a quimiofobia é apenas outra fobia, tanto quanto a agorafobia, o medo de baratas ou o pavor de aviões. A diferença é que enquanto os portadores de outras fobias são indicados para tratamento de sua saúde mental, os que tem pavor de produtos da indústria química estão organizados politicamente e tem ampla presença na mídia e na academia. Nestes lugares já causam danos suficientes para a sociedade. Agora, permitir que quimiófobos venham ter controle sobre a agricultura do Paraná, é no mínimo temerário.

    7. Por fim, normas, restrições e proibições que pareçam ser muito bem-intencionadas, mas que na verdade não passam de atos de leve sabotagem, são táticas típicas do marxismo roedor. E o vazio sanitário foi adotado pelo Requião, o pai da aftosa paranaense e o bloqueador do Porto de Paranaguá para os transgênicos. Logo, vai ser preciso mais do que argumentos superficiais e lógica de boteco para me convencer de sua efetividade e benefício econômico.

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    • Gilberto Griss São Domingos - SC

      Concordo plenamente com o Sr. Guerrero, pois eu acho que um bom controle da ferrugem no momento, é bem mais eficaz que qquer.outra medida. Acho também que por traz desta medida de proibição da safrinha existem outras coisas camufladas.

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    • Rubenson Antônio Assinck Santa Bárbara do Sul - RS

      Também concordo com o Sr. Guerrero, e me faço uma pergunta. Quem é que vai arrancar a soja guacho na beira das estradas?

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Há alguns anos atras assisti uma palestrante da ADAPAR, discorrer sobre a atuação do órgão, achei que os técnicos que estão à campo, estão completamente despreparados, agem como se fossem "puliças", aquela força imbecil, praticando imbecilidades... SALVE-SE QUEM PUDER !!!

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      Participei de umas das reuniões sobre a ferrugem, em Cascavel. A questão do vazio sanitário quase não foi falada. Alega-se que o uso indiscriminado e repetitivo de fungicidas poderá causar o aparecimento de uma colônia de fungos resistentes. Afirmam que a eficiência dos fungicidas está caindo drasticamente. Não é o que vemos no campo. Se isso fosse verdade, a média de produtividade no Brasil e no Paraná estaria caindo e os agricultores estariam reclamando deste não controle. Foi dito que somente 3 fungicidas tem controle satisfatório. Agora dizem que são 5 . Disseram que não havia fungicidas novos para serem registrados. Indaguei porque nos ensaios do consórcio anti ferrugem dois novos produtos inéditos estavam sendo testados, com bons resultados , e se estes não seriam colocados no mercado. Pelo visto já estão colocando estes dois na lista dos que funcionam. Perguntei por que não cassavam o registro dos produtos , exceto 3 segundo eles, que tinham controle abaixo de 40%."Muito burocrático" disseram. Cassar nosso direito não é burocrático, afirmei. Se o problema é aplicações repetitivas de fungicidas, perguntei se iriam limitar as aplicações . Disseram que não. A prova cabal de que a normativa é encomenda [e o fato de produtores de feijão e milho verão não poderem plantar soja safrinha. Para eles, se plantará soja uma única vez no ano. Paraguai vai continuar a plantar safrinha e Santa Catarina e RGDS não terão vazio.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Marcelo..não deixem ENGESSAR..voce coloca bem...a produtividade dobrou de 75 até hoje...a área plantada aumentou violentamente...é CLARO que os problemas aumentam..para isto não precisa ser Dr...qualquer um sabe..mas os sábios de plantão misturado com arrogância de poder e turbinado a vitaminas eles falam..decidem..mas esquecem de olhar a ponta do nariz...e acabam engessando o produtor...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      e falo mais sou técnico também e sei olhar tecnicamente...na dácada de 70 trabalhei na Emater e SC com pêssego..ameixa..nectarina..uva..maçã..e a maioria dos fungicidas da época existem até hoje...ora a ladainha já existia...ou uso intensivo vai acabar gerando resistência..mas se ainda existem de duas uma...ou os técnicos que autorizam estão recebendo vitamina ou ainda faz efeito...logo passado todo este tempo a BALELA continua..

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      balela técnica não gera renda..não paga conta...agora tecnologia séria e sem demagogia gera resultado e não besteirol continuado...

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