Fala Produtor - Mensagem

  • Manoel Albino Coelho de Miranda Campinas - SP 09/10/2015 08:31

    Há uma pressão muito grande para se achar um agente patológico para a ocorrência da anomalia denominada "Soja Louca 2". Na vez anterior foi o ácaro preto, agora o MAPA reconheceu este distúrbio como uma nova doença. Os descritores desta pseudo-patologia espelharam-se no trabalho: Aphelenchoides besseyi Christie (Nematoda: Aphelenchoididae), agente causal del amachamiento del frijol común de Chaves et al. (2013) que mostra a mesma sintomatologia vista em soja só que no feijão.

    Na minha opinião, trata-se de distúrbio fisiológico decorrente de condições climática e nutricionais, que limitam momentaneamente a absorção do B (boro). A deficiência de B interfere no controle hormonal principalmente das auxinas como é caso dos nematoides de vida livre. Na literatura fica evidente que a presença do nematóide esta relacionada com o aumento de auxina nos tecidos. O boro protege o sistema IAA-oxidase, por formar complexos com os inibidores do sistema IAA-oxidase. Assim, o acúmulo de auxinas e de compostos fenólicos deve ser a causa primária da presença de Aphelencóides. Szczygie e Giebel (1970), em morango, verificaram níveis mais elevados de compostos fenólicos nos folhas-botões de variedade suscetível do que na de uma variedade resistente. Extratos de folha-broto de ambas as variedades inibiu a degradação do ácido indol-3-acético (IAA), mas a inibição foi maior com extratos da variedade suscetível. Sugeriram que compostos fenólicos inibem a degradação do IAA e dessa foram habilitam o nematódeo a utilizar melhor esta auxina em sua reprodução. O Aphelenchoides besseyi é um parasita que muitas vezes provoca sintomas de ponta-branca em plantas de arroz. O ecto-nematóide exibe comportamento que combina taxa de infecção, com desenvolvimento das plantas de arroz. Poucos estudos têm analisado de como a sua migração é influenciada por estímulos químicos do hospedeiro. Os autores Feng et al. enfocam os efeitos das auxinas sobre migração e propagação do nematóide. A exposição de A. besseyi a um gradiente de auxina, criado por um gel Pluronic F-127 resultou na agregação de nematóides na maior concentração de auxina testada, 100 ?m. Inoculação no cultivar suscetível Ningjing1 resultou maior número de nematóides do que sobre o cultivar resistente Tetep, estando estes dados correlacionados com os níveis de auxina endógena. Panículas jovens tratadas com ácido 1-naftalenoacético produziram mais grãos e mais nematoides, entretanto considerando plantas tratadas com o inibidor do transporte de auxina, ácido 2,3,5-triiodobenzoic, levou a menos nematóides nas sementes. Além disso, A. besseyi raramente migra e se multiplica nas plantas macho-estéreis cv. Zhenshan97A, que tinha nível de auxina insuficiente no pólen e, portanto, não foi possível gerar qualquer grão na maioria das panículas. No entanto, um grande número de nematóides foi observado em sementes de CV Zhenshan97A que tinha recebido pólen do mantenedor CV Zhenshan97B. Os resultados indicam que a auxina pode desempenhar um papel fundamental na migração e propagação de A. besseyi.

    Manoel Miranda

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      He! He! (risos). Não vai ser difícil alguma "bayer da vida" apresentar o resultado de experimentos, assinados por "pesquisadores" que a pulverização com GARDENAL resolve o problema !!!

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Jabaculê faz milagres. Aparece cada resultado de pesquisa...

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