Fala Produtor - Mensagem
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 04/01/2016 12:50
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Amigos, esse comentário foi uma resposta ao Danilo Julio Antonowiski, ao copiar e colar acho que foi cortado, mas ele está lá inteiro em resposta ao Julio. Aproveito para explicar melhor, a China está tendo problemas com deflação e não inflação, por isso está fazendo as desvalorizações, ora, desvalorizações tornam as importações mais caras, e isso é o que os Chineses estão tentando fazer, aumentar a inflação. O temor dos agentes de mercado é o de que a China fique obrigada à uma maxi desvalorização cambial, o que poderia levar à um descontrole inflacionário. Se amanha ou depois a China anunciar mais um pacote de medidas tentando conter a crise, provavelmente esse pacote será inflacionário, pois certamente colocarão mais dinheiro em circulação. Se isso acontecer, não haverá aumento de preços em dólar dos grãos. Quanto ao argumento de que os Chineses compraram a 16, é preciso lembrar que nessa época o câmbio era fixo, agora está desvalorizando. Com o cambio a 4 no Brasil, o preço seria de 140 reais a saca de soja, por mais que alguém possa vibrar com isso, usando três palavras bastante utilizadas no Estado de SP, não tem base.
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claudio dos santos mattos
São Miguel do Iguaçu - PR
Meu amigo rodrigo talves nao tenha um conhecimento de mercado tao apurado qto eu mas te pergunto se houver uma quebra na produçao da america e depois na produçao americana sera que os preços continuarao nesses patamares .
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claudio dos santos mattos
São Miguel do Iguaçu - PR
em vez de eu é seu referente a america do sul
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Claudio, essa é uma pergunta dificil de ser respondida, o Aleksander Horta fez uma entrevista com um profissional da Agrinvest que tem uma opinião mais ou menos parecida com a minha. Acho interessante ouvir várias opiniões, para depois formar uma própria, pois custos variam de produtor para produtor, e neste momento o melhor é vender de acordo com os custos, estipular uma margem e se for atingida não ficar esperando que o preço suba mais. Agora voltando mais à pergunta, à alguns dias comentei aqui que era possivel que o preço fosse à 12,5, pois achava que os EUA não aumentariam os juros, e nesse ponto quanto mais forte o dólar, menor o valor das commodities, bem o FED aumentou os juros e o preço caiu, depois voltou a esboçar uma tendência de alta, que é quando o preço sobe e depois cai ou pouco, volta a subir, cai um pouco... e assim sucessivamente. Até que noticias ruins começaram a chegar da China, falando da economia Chinesa, noticias péssimas, como a queda espetacular da bolsa logo no inicio do ano, soja para baixo de novo. É isso, não dá para especular com oferta e demanda, pois os fatores que estão determinando preços são outros e variados. Para um exemplo, vamos pegar o real, as especulações são de que não cai abaixo de 4, com mercado futuro indicando dólar à 4,2 em julho e 4,40 em dezembro, então se esse cenário se concretizar o preço em Chicago pode até cair um pouco que o preço em reais vai ser compensado pela desvalorização. O problema com essa visão é que ninguém sabe o que vai acontecer com a politica, já passou de vergonhoso o que o PT e Dilma estão fazendo, junto com parte do legislativo, com parte do judiciário, para manter privilégios, salários e principalmente o poder, e minha opinião é a de que os produtores não podem pensar no curto prazo. Então se ela ficar, o cenário do dólar é esse que falei acima, com o dólar podendo subir até a lua. Se sair, ninguém sabe quem entra e aí que está a dificuldade, pode ser alguém que queira trazer a economia para os trilhos de maneira gradual, valorizando o real aos poucos, como pode ser alguém que queira "dar uma paulada" e trazer de imediato o dólar para 3 reais ou menos. Além disso, outra indefinição é a Argentina, pois não sabemos ao certo onde irá parar o câmbio deles, e o que farão com os estoques, se venderão logo ou parceladamente. Tudo isso pesa. No mais faço análises de preço somente no curtissimo prazo, e minhas opiniões não servem como base para avaliar venda ou não. O que tenho para dizer enfim, e que já disse acima, é que é um ano dificil para se especular, sendo que o ambiente é tal que, é muito mais fácil perder na especulação que ganhar. Por isso digo, avalie o preço no médio prazo, estabeleça uma margem de lucro e se ela for atingida, não durma de toca. Espero ter ajudado, no momento é o que tenho a dizer.
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Com o aumento dos juros nos EUA e com a desvalorização cambial (que tem efeito já conhecido dos produtores rurais brasileiros que tem suas mercadorias cotadas em dólar), a China também será forçada a desvalorizar sua moeda. E com a desvalorização cambial chinesa as importações de soja ficam mais caras... Em situação de forte crescimento essa desvalorização não teria tanta importância, mas como a China está em crise, os repasses de preços ficam mais dificeis. Então, aquilo que é chamado "mercado", já precificou uma possivel queda no consumo dos grãos para o próximo ano..., vejam bem, não são os analistas, são os governos ou aquele que manipulam o mercado através de taxas de juros, déficits fiscais, etc, que provocam essas mudanças. Portanto, o que estas pessoas estão enxergando lá na frente é uma desvalorização ainda mais forte da moeda chinesa e, devido a isso, vêem também uma diminuição no consumo de commodities. Não esqueçam que desvalorizações cambiais provocam inflação... e inflação provoca queda de consumo.