Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 07/01/2016 08:20

    É claro que existe a incerteza..., ninguém sabe se os EUA vão aguentar a "guerra cambial" mundial. Todos os paises do mundo estão desvalorizando suas moedas e os EUA são os únicos com valorização. O fato é que se o dólar continuar valorizando, o cenário mais provável é de maiores quedas para o preço do milho, principalmente se o preço do petróleo continuar caindo. E essa é uma situação interessante, pois quanto mais cai o milho em dólares, melhor para a indústria de etanol no curto prazo, pois o custo da matéria prima fica mais baixo. O problema é que o preço do petróleo não para de cair, e ninguém aqui, além do Sr. Rensi, lembra que o pré-sal, a salvação do País, foi literalmente para as cucuias. A petrobrás que foi vendida como uma Ferrari testarossa, hoje não passa de uma carroça sem freio, morro abaixo. E por falar nisso, Barbosa o ministro, está deixando bem claro que vai continuar a politica desenvolvimentista que ele próprio ajudou a implementar, ainda no governo Lula. Então, para os produtores brasileiros, pelo menos no curto prazo a situação é tranquila, pois o dólar vai à 5. Nos EUA, como afirmou o Molinari, a situação é critica, pois se o petróleo continuar nesses preços, ninguém sabe até onde as indústrias de etanol conseguirão manter a produção, o fechamento de unidades produtivas sempre ocorre de forma lenta, pois os empresários possuem expectativas de melhora e demoram para começar a demitir e reduzir a produção. Já pensaram nesse cenário? Vai sobrar milho nos EUA, e o preço pode cair ainda mais, acontecendo lá o que aconteceu aqui, quando FHC assumiu o ministério da fazenda e depois a presidencia e valorizou o real muito acima do razoável, tanto que depois de 4 anos teve que desvalorizar a moeda. Quem não lembra? Soja à 5,5 dólares a saca e dívidas às pencas.

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      Se o uso de milho para etanol cair, o DDG exportado para a China para ração animal não será mais usado. A China terá que aumentar a importação de milho e também a de soja, pois o DDG substitui um pouco o uso de farelo.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Marcelo, talvez por culpa minha, de não saber expressar direito o que quero dizer, fique uma certa confusão. Esse cenário que descrevi provavelmente já está acontecendo lá nos EUA, então dependendo da quantidade de empresas fechadas, a quantidade de milho que ficará no mercado pode ser significativa. Com o dólar valorizado do jeito que está, os preços vão ser fortemente pressionados para baixo. Também não estou dizendo que a China vai parar de comprar soja, na verdade não falei nem que iria diminuir as compras, falei sobre preço. E é fato consolidado, irrefutável, que em dólares a China pagou muito menos pela soja brasileira. O fumo de 100 bilhões do BC, vai parar no governo, que vai cobrar essa conta dos brasileiros. Mas fazer o que? Se a maioria acha que isso não é relevante, que não tem problema desde que em reais os preços estejam na lua. De outra forma, só há duas maneiras de subir o preço dos grãos, mais desvalorização cambial ou aumento em Chicago, e o que estou dizendo é que Chicago está reagindo de maneira negativa aos problemas Chineses, menos mal que de ontem para hoje, apesar do desastre Chines, os preços estabilizaram em torno de 8.60 com as médias mais curtas apontando para cima, o que indica mas não garante, que pode sim subir em dólares. No entanto, entre os dois cenários, aposto mais no aumento de preços via desvalorizações cambiais. Infelizmente.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      "SENHORES" !!! O foco não é o "BUSINESS" e sim o "MARKET". Segundo a lei : OFERTA & PROCURA é que faz com que o "BUSINESS e o MARKET" se mantenham. Para se manter no mercado há só uma palavra que resume toda a atividade "EFICIÊNCIA" e, é que nós não temos, pois "da porteira pra fora é um descalabro". Quem não se lembra das filas de caminhões nas margens da BR-277, do Porto de Paranaguá que quase chegavam na cidade de Curitiba. Só um exemplo, pois as lembranças são muitas.

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