Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 21/01/2016 08:16

    INFLAÇÃO x MILHO: Existe um truque, muito baixo por sinal que funciona bem (e que, infelizmente, já ouvi dizer que Reinaldo Azevedo, sabe-se lá por que, começou utilizar). Trata-se da inversão das causas e efeitos..., aquilo que é causa é apresentado como efeito e o que é efeito apresentado como causa. Esse é um dos truques mais utilizados por esquerdistas. Reinaldo Azevedo diz que a inflação é provocada pela desvalorização do câmbio, causa, e tudo bem, pelos preços administrados mas que foram artificialmente represados, propositalmente para mascarar a inflação e continuar a gastar como se não houvesse amanhã. Pois bem, ele diz que não há inflação de consumo, não há demanda, mas esse é um argumento desonesto, pois que a desvalorização foi feita para que houvesse inflação, para justamente diminuir o consumo. A causa então foi o consumo e o efeito a inflação. Vamos pegar o caso do milho, a desvalorização foi a causa e a diminuição do consumo interno vai ser o efeito, é lógico que com efeitos adicionais, como o aumento da exportação, de outra forma a desvalorização é causa e o aumento do consumo externo, pelos importadores, é efeito. O governo foi obrigado a desvalorizar a moeda para conter o consumo interno que estava causando inflação, só que são tão burros que não consideraram esse grande aumento do consumo externo pelo barateamento dos produtos brasileiros, principalmente os alimentos que são cotados em dólar, que traz inflação do mesmo jeito. De uma maneira bem simples, o Brasil exporta deflação e importa inflação. Acredito que um jegue sozinho tem mais inteligencia que toda a equipe do planejamento do governo.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      pô Rodrigo ganhou 32 elogios ...Parabens!--Eu nao acredito que sejam burros sao

      na realidade pessoas vendidas ao sistema financeiro---Ate' hoje so' conseguimos descobrir que um presidente do Banco Central estava maqncumunado com o

      sr Caccila do Banco Marka.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      mancomunado com o sr Cacciola

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    • Domingos Balsanulfo Bueno Uberlândia - MG

      CÂMBIO E MILHO : O meu questionamento é o seguinte: o cambio no Brasil não é livre?

      Acho que esta questão é um pouco mais complexa, me corrijam se eu estiver errado, mas o governo não tem o poder de valorizar ou desvalorizar a moeda de maneira simples. Vemos nas notícias que o Banco Central oferta e vende dólar com o intuito de tentar evitar altas exageradas.

      Quanto ao milho: o Brasil produz e tem oferta de milho em duas colheitas: safra verão, colhendo de fevereiro a abril e na safrinha, colhendo de julho a setembro. O maior produtor que é os Estados Unidos, produz e tem oferta em setembro e outubro.

      A qualidade do produto brasileiro é boa e tem esta vantagem da época de oferta para exportação.

      O câmbio com o real fraco favorece a exportação e favorece o produtor de um lado, MAS prejudica de outro, pois aumenta o custo, porque: a cultura requer mais adubo do que soja. E quantos por cento de nosso fertilizante é importado? Se não me engano, o último dado que vi, estava na casa dos 70%.

      Domingos B. Bueno - Eng. Agrônomo - Consultor

      Uberlândia - MG

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Domingos o senhor foi direto ao "ponto nevrálgico" quando cita a questão "adubo", pois embora o país seja visto como o celeiro do mundo é dependente "ad eternum" de aplicações maciças de fertilizantes.

      As condições climáticas da agricultura tropical promove essa dependência, em função da lixiviação dos nutrientes e, a fertilidade dos solos brasileiros, onde se produz as commodities de exportação, em sua maioria não são considerados de alta fertilidade.

      Agora vem a parte interessante: O "adubo", para os leigos também é chamado de NPK, ou seja, são três macronutrientes N de Nitrogênio, P de fósforo e K de potássio. Mas vamos falar do consumo dos fertilizantes que trazem esses nutrientes em sua constituição.

      Em 2014, 32.9 milhões de ton. De fertilizantes foram consumidas no país, sendo que somente 9,3 milhões foram produzidas no país, 23,6 milhões, ou 72% do consumo foram importadas. Quando se analisa por nutriente a coisa fica mais complicada, pois aqueles que são mais lixiviados, a nossa dependência é maior.

      O N (nitrogênio) que ocorre até 70% de perdas na aplicação no solo, só 29% foram produzidos no país, o restante é abastecido por matéria-prima importada.

      O K (potássio) cuja lixiviação também é alta, seu abastecimento é mais drástico, MAIS DE 95% da matéria-prima é importada.

      Com relação ao P (fósforo) a situação fica um pouco mais confortável, pois importamos 27% do consumo.

      Em solos de baixa fertilidade, o item "adubo" tem um custo relevante nos "custos variáveis" e, quando a sua moeda sofre uma desvalorização cambial de 50% em um curto espaço de tempo, deve-se perguntar:

      CONTINUO A PEDALAR A BICICLETA OU ENCOSTO NO BARRANCO ???

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Ah! Essa máxima de "encostar no barranco" é a doutrina de todo socialista. A sua única vontade é: QUE O MUNDO ACABE EM BARRANCO... PARA MORRER ENCOSTADO !!!

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Pois bem Domingos, como não tem? Quem é que controla a emissão de moeda no País? Não é o governo? Não é unica e exclusivamente do governo o monopólio na emissão e controle de moeda em circulação? É simples, o governo dizia que tinha metas de inflação, e a politica monetária feita pelo BC é um instrumento dessa politica, mais especificamente as taxas de juros, e ontem, por ordem de Dilma essa politica foi abandonada, não estamos mais em um regime de metas de inflação, o governo mais que controlar o valor da moeda impôs o regime de meta de crescimento economico. Isso significa que Dilma escolheu pagar a divida com inflação, empobrecendo ainda mais os brasileiros. Só para constar, os especuladores lavaram a égua ontem, comprados em dólar.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Meloni, o Tombini está sendo chamado de Copombini, ele conversou com a Dilma e resolveram que inflação não é problema. O Lula chegou a afirmar que com inflação de 8% dá para guardar dinheiro embaixo do colchão. Já pensou se o FED continua com a elevação dos juros nos EUA, coisa que não acredito que faça, mas se fizer, a quanto vai o dólar? Outro dia falei que não tinha base soja a 120 reais, depois de ontem não duvido que vá a 200.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Domingos é o seguinte, Armínio Fraga, estabeleceu no Brasil um negócio que se convencionou chamar "tripé econõmico", que são três variáveis: Metas de inflação; Câmbio flutuante; Banco Central independente. São três 'politicas". Pois bem o PT, Lula e Dilma terminaram de acabar com o tripé economico, no Brasil não temos mais BC independente, metas de inflação, nem câmbio flutuante. Sugiro que faça a análise desses três fatores em conjunto, sabendo de antemão que substituindo o câmbio flutuante por um câmbio fixo, ou alterando qualquer um dos outros dois fatores, se tem a "trindade impossivel". Ou seja, essas três "politicas" só funcionam juntas, se qualquer uma delas for alterada não irão funcionar. Até agora o governo fazia de conta que tinha metas de inflação, ou seja o BC poderia elevar os juros para trazer a inflação para a meta e isso faria com que o real subisse, mas não, ela resolveu interferir e deixar desvalorizar. Ou seja o câmbio não flutua, ele é controlado diretamente pela presidente da república.

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    • Domingos Balsanulfo Bueno Uberlândia - MG

      Obrigado Rodrigo pelos esclarecimento. Eu gostaria de saber qual o peso dos fatores externo no valor do dólar aqui no Brasil.

      Por exemplo: Investidores externos, com desconfiança em nosso país e no governo do PT, deixam de investir aqui e investem em países mais atrativos, principalmente em ocasiões em que os Estados Unidos mostram sinais de melhoria na sua economia. Isto reduz a oferta do dólar e faz seu valor subir.

      VOLTANDO AO ASSUNTO DO MILHO: Na minha opinião, seria interessante o governo formar um bom estoque regulador, mas usar de maneira equilibrada => comprando e vendendo nos momentos certos para não penalizar nem o consumidor final e nem o produtor.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      De nada Domingos, vou responder rapidamente. O peso da politica de juros do FED é imenso, basta uma fala de um membro do FOMC afirmando que é possivel o aumento de juros nos EUA, os reflexos no Brasil são imediatos, principalmente por se tornar mais vantajoso fazer aplicações seguras do que, por exemplo, vamos supor ações da petro a 5, com 1000 dólares ou 4000 reais, o americano compra 800 ações, com o dólar a 4 o comprador tem 4000 reais, agora pense que o dólar no Brasil se desvaloriza e vai a 8 reais. Nesse ponto acho que você já entendeu, pois se a ação da petrobrás permanecer nos 5 reais, ele vai ter 500 dólares. Isso é só um exemplo para que você saiba como se calcula, pois você pode fazer o cálculo com a ação à vários preços, sendo que se subisse e atingisse 100% de ganho e fosse a dez, ainda assim a operação sairia empatada, ou seja não haveria lucro algum, essa é uma das incertezas que faz com que o investidor procure os titulo do tesouro americano, é mais seguro. Outra coisa, a mesma, os juros da União Européia e sua politica monetária também afetam as moedas globais, menos que os EUA mas afetam, depois vem a China que é uma coisa impossivel de se prever, pois ninguém sabe ao certo qual a verdadeira situação daquele País, só sei que se continuarem desvalorizando a moeda vão quebrar o Brasil e a agropecuária nacional será seriamente prejudicada. O produtor brasileiro está sob forte risco, o que não significa que todo mundo vai quebrar, o que também não é novidade, mas a situação tem se agravado mais e mais. Minha opinião é que o real vai continuar se desvalorizando, mas seguro morreu de velho, então a melhor opção ao produtor de milho, em minha opinião, é arriscar um pouco e fazer fazer opções, vendendo put com trava de alta para não sofrer muito caso o preço do milho continue subindo, se subir deixa o premio virar pó, se cair exerce a opção. Quanto a estoques reguladores, são acionados somente depois do estrago feito, portanto penso que o mercado se regula sozinho, se faltar o preço sobe e os produtores plantam e ofertam mais, se sobrar o preço cai e os produtores reduzem o plantio e ofertam menos. É isso, o mercado é capaz de se auto regular. Contra o governo tenho o argumento de que o Brasil pode ter que importar milho, é só não chover na safrinha, o que quero dizer é que com toda a interferencia na economia, na moeda, enfim...o setor granjeiro já está desestruturado e essa desestruturação foi ocasionada pela ação do governo. Finalizando, isso só dá palanque para demagogas como a ministra Kátia Abreu.

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