Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 07/04/2016 08:20

    Lastimo a quebra dos produtores de carne brasileiros, e lembro que Kátia Abreu (a nossa "competenta" ministra) é responsável pela Conab, e se aproveitando dessa posição colocou um filho seu lá... Mas da Kátia Abreu não espero nada, nem acredito em "estoques reguladores", pois se o governo garante o preço, a produção só aumenta, de forma que nenhum governo ou burocrata é capaz de "regular" o mercado de grãos. Essa falácia escrita ai em cima não fala que a exportação recorde dos grãos é efeito da desvalorização cambial, provocada pelo déficit do governo. Quando desvalorizações acontecem, toda a indústria sofre, em parte pelo aumento do custo de matérias primas importadas, em parte pela inflação como um aumento geral no nivel dos preços. E um aviso aos defensores do governo, e mesmo do Lula que quer aplicar de novo as 10 medidas do consenso de Washignton, para garantir o pagamento da divida: continuem defendendo os socialistas e suas politicas, e ainda veremos filas para comprar comida no Brasil, exatamente como está ocorrendo na Venezuela.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, quebram os "integrados", mas os integradores vão muito bem... Obrigado !! Toda essa engenharia cambial, de alguma forma privilegia os intermediários entre o produtor e consumidor da proteína animal, pois essa é a lógica do mercado. A proteína animal, como o mercado de grãos é um oligopólio e, muitos desses grupos têm unidades em vários países de muitos continentes, imagine as informações que têm sobre as tendencias nas diversas regiões do mundo e, as possibilidades de tomarem as medidas para aumentar seus lucros. Essa é a realidade.

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    • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

      A ganância desmesurada das grandes empresas frigoríficas do Brasil (leia-se BRF) é que levaram a esta situação do mercado de milho. Nós produtores de milho de Santa Catarina sempre nos beneficiamos da concorrência regional Perdigão/Sadia/Seara na compra do milho da safra de verão, sendo que os compradores dessas empresas buscavam o produto nas lavouras, disputando os primeiros lotes que entravam em fins de janeiro e meados de fevereiro de cada ano. Mas nos últimos 4/5 anos a chamada "safrinha" do CO foi se tornando uma pressão sobre a safra de verão do Sul, com cada aumento de plantio no CO e essas empresas dizendo : "vamos ter milho sobrando", "o milho do CO é mais barato", "o governo subsidia o frete", "o milho daqui pouco nos interessa". Tanto que vendemos milho no balcão entre 2012 e 2014 na média de R$ 25,00 a saca de 60 quilos. Associado a isso temos a concentração nas mãos da tal BRF, com a quebra da Sadia, história até hoje bem mal contada (a Perdigão era uma bodega de interior perto da gigante Sadia), e que manda no preço do milho no oeste /sudoeste do Paraná e Santa Catarina. Resumindo, com a safrinha se tornando safrona, praticamente suplantando a safra de verão do Centro-Sul, e com as oportunidades de exportação do milho , o estoque interno minguou, sem falar no menor plantio das últimas décadas na região Sul, e a famosa lei da oferta e procura do Adão Smith levando ao choramingo das coitadinhas BRFs e Marfrigs da vida. Mas como sempre vai sobrar pro elo mais fraco, o produtor de frango e suínos, é do lombo desses que vai sair o milho a R$40,00, enquanto as grandes players se socorrerão nas tetas estatais (quase secas pelas bocas petebas) em subsídios ou isenção de impostos (pra preservar os empregos eles dizem) no famoso capitalismo de compadres do Brasil, mantendo uma ótima lucratividade pois exportam em dólares. Como já dizia um economista: O lucro fica pra nós e o prejuízo socializamos, e viva o Brasil!!!!

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