Fala Produtor - Mensagem
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 15/07/2016 09:34
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Roberto Viel
Lacerdópolis - SC
Rodrigo, alguma coisa está florescendo agora nos EUA, e já fazem o que querem com o mercado , hoje que manda é o clima, aí eu coloco o seguinte, vamos ter lá Ninha. Os estoques baixos, não seria nós que tinha que dar as cartas, afinal somos os maiores exportadores de soja in natura.
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Roberto Viel
Lacerdópolis - SC
Afinal que prostituição é essa?
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wellington almeida rodrigues
Sucupira - TO
Demanda forte de papéis, essa é a prostituta, simples assim em 2008 existia no arquipélago de Malta apenas 4 fundos de participação no mercado de commodities, hoje atualmente são 600 fundos , olha como eles arrasam com o mercado , e outro detalhe muito bem munido de informações até na tampa, muito bem amparado, tá acabando com nosso mercado de oferta e procura.
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Roberto Viel
Lacerdópolis - SC
Mas é isso, lei da oferta e procura, que seria a ordem normal das coisas isso acabou. Isso é uma verginha
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Roberto, são dados da Abiove, entidade que representa os compradores brasileiros de soja, afinal o mercado não é somente China, temos um mercado interno muito forte. Sendo comprador já fico com uma pulga atrás da orelha, eles querem baixar o preço. É só ver as estimativas de produção deles, é sempre maior que as outras. Por exemplo, se as indústrias de SP querem moer soja do MT paga imposto, se for para mandar para a China moer não paga. Outra coisa, toda hora lemos que os americanos estão tomando prejuizo com a soja, que as margens das indústrias chinesas são excelentes, etc.. e tal, sugiro que faça um apanhado das coisas que lê na midia e escreva em um papel, organizadas elas te darão outra visão, mas só se você comparar sempre com o que acontece com o preço, e é aí que dá dor de barriga em muitos, pois os cálculos são dificeis, e a maioria quer tudo mastigado. O produtor que segue preço, deve saber por exemplo que variações nos preços internos das soja, milho, algodão, estão ligadas ao cambio. Por exemplo, se o real se desvaloriza 30%, e a soja permanece em 10 dólares o buschel, isso significa que o preço interno vai subir 30% independente de demanda, oferta, clima, fundos ou o que for. Nessa hora é que aparece o analista picareta e diz, viram? A soja subiu... e pode alegar o que quiser. Acontece o que então? A indústria nacional diminui o consumo pois passa a pagar mais caro pela soja do que a China, que tem o câmbio controlado pelo governo, que consequentemente passa a comprar mais, pois está mais barato. Entendeu? A cadeia de carnes, os granjeiros e as indústrias quebram para beneficiar os chineses. Por isso tem tanta gente furiosa comigo aqui no site, eles não querem que vocês saibam disso, uma coisa é o que o MAPA discute em público, outra é o que discutem internamente, reservadamente.
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Sr. Wellington, vou fazer um comentário aqui de uma coisa que acho muito interessante, e talvez lhe interesse também. Vamos supor que o milho esteja 18 reais, e o ministro da fazenda, do planejamento, do BC, o presidente da república comece a dar declarações públicas de que vai desvalorizar o câmbio. Desvaloriza 4%, pois bem, isso não passa imediatamente para o mercado fisico, pois o primeiro impacto é no preço futuro, na bolsa. O comprador vem lá de fora e compra 5 milhões de toneladas de milho em contratos a 20 reais, então o preço pode ir à 100 reais no Brasil, o preço que o sujeito comprou é de 20 reais e fim de papo. Ele precisa desembolsar o valor total dos contratos? Não precisa, somente a margem. O sujeito segura os dólares, liquida os contratos a 50, põe 30 reais de lucro por saca no bolso. Troca os dólares por reais recebendo 30% a mais e leva o milho. Por isso o milho em Campinas está mais de 6 dólares o buschel e em Chicago 3,5. É claro que na prática não é tão simples assim, mas existem pessoas que conseguem fazer.
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Roberto Viel
Lacerdópolis - SC
De vez em quando sempre olho as tabelas da Abiove, em termos de preços são as melhores. Para demanda e oferta, a Conab. E o que as tabelas da Abiove dizem é que houve redução do preço médio da soja em todos os meses do ano de 2016 em relação á 2015 até junho do corrente ano. -7% em janeiro, -11% em fevereiro, -12% março, -10% abril, -9% maio, -7% junho, em dólares por tonelada.