Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 01/12/2016 18:34

    Tenho três assuntos que quero comentar:

    Um é o Ministério do meio ambiente e sua agenda atrelada aos organismos internacionais; outro, as estimativas do USDA em relação ao consolidado das exportações brasileiras, e finalmente a canalhice de alguns jornalistas em relação ao Ministério Público e aos ativistas que eles gostam de chamar de fascistas, radicais, extremistas e toda sorte de vocabulário usado pela esquerda quando não tem o que argumentar.

    Do meio ambiente vou deixar prá amanhã pois é mais complexo e acho que o momento é oportuno para pensar o que há por trás da aderência irrestrita do governo brasileiro à toda sorte de intervenção estrangeira, o que ganham e por que agem assim nossos politicos, autoridades e funcionários públicos?!

    Espero que o assunto não morra, nem desanimem os que já entenderam os objetivos de tanta regulação em cima de um setor que tem sofrido por tanto tempo e tanto a agressividade, a calúnia e difamação. É hora de romper a espiral do silêncio. Não liguem para as curtidas meus amigos, vamos à luta sem medo.

    Embora os politicos gostem de usar dados da FAO quando querem justificar as politicas que defendem e de desancar o USDA, o terrível organismo agropecuário do imperialismo ianque, hoje tive a grata surpresa de ver confirmado o que venho dizendo a algum tempo aqui nesse espaço, não sem receber enxurradas de dedinhos vermelhos e para baixo, o que para mim não tem importância, pois mais me agrada saber que as pessoas lêem meus comentários, ainda que não gostem e não concordem.

    Pois bem, os dados de exportações brasileiras divulgados pelo USDA estão 3 milhões de toneladas acima do que realmente vai ser embarcado. É exatamente o inverso do que muitas pessoas gostam de afirmar, e os dados do USDA são mais altistas que os da nossa Conab, embora seja preciso reconhecer que são valores já ajustados. É isso, o Brasil vai exportar 51 mi de ton e o USDA divulgou 54 mi de toneladas. Se há caroço nesse angu, certamente não é de nossos amigos americanos, nem da nossa Conab. Parem de acreditar em conversa mole e vamos acreditar em nossas instituições, entidades, organizações que funcionam, cobrando sempre melhorias, pois não faz sentido ter consciência de conspirações, - a maior parte inexistente - e não ter consciência que somos nós que pagamos, Conab, IBGE, Secex... etc...

    Agora vamos aos jornalistas, principalmente o Reinaldo Azevedo, que poderá servir de exemplo para que os leitores entendam o que fazem os outros jornalistas, no fim é tudo a mesma porcaria. Pois bem, esses jornalistas tem defendido as instituições e seus representantes, são os pregadores do diálogo, do respeito às leis e exigem da população um respeito servil aos seus representantes criminosos.

    Primeiro quero dizer que a maior parte das pessoas que subiram à tribuna e também fora dela são mulheres, parabéns às mulheres brasileiras, elas tem mais coragem que os homens, por isso me debulho de amores por essas guerreiras incansáveis, que cuidam dos filhos, da casa, dos maridos e ainda lutam pela pátria. Como não amá-las? Mas os defensores do "estado de direito" não as vêem assim. Eles enxergam nelas terriveis inquisidoras, que querem atear fogo á camara e ao congresso, fazendo arder em uma fogueira os deputados e senadores do Brasil.

    Reinaldo Azevedo gosta de nos chamar de Savaranolas, em alusão à pregarmos o fim do mundo pela interferencia de politicos corruptos na lava jato, nos chamou também de revolucionários fazendo alusão à revolução francesa, insinuando que desejamos degolar deputados, senadores e funcionários públicos! Quanta covardia, quanta desonestidade de um sujeito que já foi um grande escritor e que agora não passa de um vendido. Alguém de vocês viu nossa militância pregando qualquer coisa parecida com aquilo de que ele nos acusa?

    E o que dizer dos intervencionistas? Eles pregam um golpe militar e uma volta à ditadura como dizem? Covardes, não respeitam o povo brasileiro que quer apenas ver os bandidos que acabaram com o país na cadeia. Reinaldo Azevedo e sua gang querem negar o direito até de senhoras expressarem sua indignação, dizendo com todas as letras que não aceitam que bandidos legislem, enquanto ele acha muito democrático e natural que legislem e legislem em causa própria.

    2
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, lendo seus escritos. Você citou que Reinaldo Azevedo chamou, àqueles contrários as suas ideias, de "Savonarolas". Esse Reinaldo é um brincalhão, pois Girolamo Savonarola foi um clérigo que viveu na idade média e, pregava contra o luxo, a depravação dos poderosos e da corrupção da Igreja Católica. Nas suas pregações ele organizava as famosas fogueiras da vaidade, onde os poderosos eram convidados a jogarem seus bens de luxo para serem queimados. ... Ocorre que a vaidade é um sentimento inerente ao ser humano, poucos conseguem domá-lo. ...

      Agora quanto a nossa triste realidade. Vivemos desde o Império sob um regime de patrimonialismo de Estado, onde aqueles que estão no poder vivem distante da realidade da população. ... O cientista político e escritor, Raymundo Faoro, cita no seu livro "Os Donos do Poder" que o establishment é como Maquiavel descreveu: uma máquina estável que mantém seus desafiadores acuados e que sempre procura fazer o sistema funcionar em benefício de si próprio. ...Em suas analises o Estado continuava sendo controlado pelos dirigentes como um negócio privado que visava atender a determinados interesses e não aos interesses da nação. O Governo, o Congresso, o Judiciário, a Administração Pública estavam, em muitos momentos pós-promulgação da Carta Constitucional de 1988, atrelados a uma lógica negadora do Estado de direito democrático. ... Veja que fomos lapidados para termos um Estado onipresente em nossas vidas e, com o establishment controlando a estabilidade do "sistema". Entenda como establishment os grandes bancos, empresários, grandes sindicatos, funcionalismo público, classe política, agentes da academia, classe de intelectuais formadores de opinião. ... A nova mentalidade deve quebrar esses espelhos, pois são essas imagens que nos têm mostrados como corretas. Esses espelhos nos apresentam uma falsa realidade.

      2