Fala Produtor - Mensagem

  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR 12/02/2017 09:58

    Sr. Vilson Ambrosi, já tem semente de milho que custa R$ 850,00 por 16 kilos. A reportagem mostra a realidade da agricultura nos EUA. Recentemente li outra reportagem que dizia que nos ano de 2016, 45% dos agricultores não conseguiram honrar seus pagamentos de insumos e máquinas e que em 2017 este número subiria para 55%. Na reportagem do Wall Street, diz que a renda do agricultor vai cair 9% em 2017. Este tipo de reportagem , além de rara, é importante para nos informarmos do que vem por aí. Na minha opinião, a agricultura brasileira, assim como a do resto do mundo são muito interligadas. O que acontece nos EUA, com alguma diferença de tempo, irá acontecer aqui. Muitos não sabem, mas quando as excursões brasileiras visitam agricultores americanos, estes são meticulosamente escolhidos e instruídos a falar o que interessa as associações de lá, como o Farm Bureau, um tipo de CNA. A realidade é bem diferente. A imensa maioria dos agricultores tem que ter um segundo emprego para sobreviver, assim como suas esposas. Uma das razões para terem máquinas grandes é que plantam depois dos horário de trabalho na cidade. Conheci alguns agricultores que plantavam mais de 1.000 ha , o que é bastante por lá, somente com a ajuda da esposa. O marido plantava milho depois das 5 da tarde. Na colheita, a mulher operava a colheitadeira e o marido dirigia o caminhão. Os filhos? Não quiseram ficar na fazendo por falta de renda. Outro dia recebi de um amigo o resultado de leilão de máquinas usadas, considerado um termometro da saúde financeira do agricultor. Colheitadeiras John Deere, S670, ano 2014, com menos de 1.000 horas sendo vendidas por 250 mil dólares. E assim por diante . Na reportagem que li, os agricultores estão tendo que se desfazer de economias de uma vida toda e de outros bens para pagar as dívidas. Os custos com insumos são crescentes e também com financiamentos de máquinas. Se você acha que a semente está cara aqui, por lá o custo é quase o dobro. E este é o caminho daqui também. O primeiro passo foi dado, com a proibição de soja safrinha. É importante o agricultor saber que com exceção da Embrapa, nenhuma outra empresa de sementes está desenvolvendo materiais que não sejam intacta. É o que ouvi de uma pessoa importante do ramo. Por que fazer semente de R$2,00 o kilo se podem vender outra por R$8,00 com os mesmos custos? Eis um comentário entre os agricultores de lá: \" Os agricultores são como as árvores de uma floresta, que está sendo derrubada. A corrida é para ser o último a ser cortado. As árvores grandes acreditam que ficarão em pé, pois são fortes. Mas mesmo as grandes serão derrubadas. É questão de tempo\". Quando andarem pelas estradas vicinais , pensem quantas pequenas propriedades existiam, e o que aconteceu com elas. Este processo está em curso nos dias atuais.

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    • geraldo emanuel prizon Coromandel - MG

      Muito bom sr. Marcelo. E, diria ainda, que nossa lei de cultivares está com os dias contados, o dispositivo que permite ao produtor salvar sua semente certamente será revogado, ou reduzido a uma pequena parcela da propriedade. Será o monopólio institucionalizado e protegido por lei.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      bzzz

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Senhores...voces aceitam tudo quietos...exemplo..os vazios EXACERBADOS...ENGESSAMENTO PLANTIOS...etc..etc.etc...olhem as aberraçoes...vazio sanitario de soja em Palmas ...Garapuava..e boa parte do sudoeste do Paraná...nesta região da muitas geadas...vazio pra que!!!!!enquanto engolirem falas balelas..decisões unilateral movidas a propina...tecnicos estaduais e federais legislando..engessando..e criando situações e complicando a vida do produtor...ou seja numa fabrica na cidade se produz sem interferencia de quanto.como e onde produzir...no campo estamos sujeitos aos guerra da vida...so no rabo dos produtores..que pelo visto gostam ...pois nada fazem para se ter leis equilibradas entre grau de risco ..custo e RENDA..

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      E' isso ai Dalzir ,no meio da bagunça geral, o pessoal das repartições publicas aproveitam para descolar uma grana, e ninguém avalia ou se preocupa com o prejuízo gerado a nação---

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    • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

      Existe um órgão chamado Faep, que se mantém com os recursos compulsoriamente cobrados dos produtores agrícolas anualmente via "Contribuição Social Sindical", que de regra é a mesma contribuição sindical que mantém os sindicatos ligados a CUT. Essa instituição tem uma diretoria, que de tão competente na defesa dos interesses do agricultor, se perpetua à décadas (igualzinho aos sindicatos pelegos da CUT que tanto criticam) e que tem como "missão":

      Defender os interesses dos Sindicatos filiados e dos produtores rurais, em tudo quanto possa concorrer para a prosperidade da categoria que representa;

      Estudar e propor soluções alternativas para as questões relativas às atividades agropecuárias, com vistas à melhoria da qualidade de vida e geração de emprego e renda para o setor;

      Promover a adoção de regras, normas e treinamentos que visem elevar os índices de produtividade da atividade agropecuária, mediante o aperfeiçoamento dos métodos de trabalho e dos processos de comercialização, com vistas a elevar o bem-estar sócio-cultural dos produtores rurais.

      Onde estava a Faep quando foi emitida a Portaria 109/2015 da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), e que inviabilizou o plantio da segunda safra de soja no Paraná? Por quê a Faep não seguiu sua "missão" de defender o PRODUTOR RURAL, que é quem sustenta o sistema sindical rural? Por quê não se uniram todos os sindicador rurais do Paraná e não tentaram via judicial a derrubada dessa portaria, ou pressionando os legisladores estaduais, nossos produtivos deputados? Ou mais adiante ainda, que mantivessem o plantio num ato de desobediência a uma ação da burocracia estatal baseada em "achismos" de alguns "entendidos" que não conseguem provar nada embasado em pesquisas sérias. Colegas agricultores, estamos "frito em pouca banha" se dependermos de nossos representantes, sejam os políticos ou os sindicatos, só interessados em aparecer igual pavão de zoológico nas grandes feiras como a da Coopavel!!!

      - See more at: http://www.sistemafaep.org.br/faep/institucional/missao#sthash.FGKpZPkD.dpuf

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      FAEP deve ser Federação da Agricultura do estado do Paraná...deve ser o órgão que a nivel de estado coordena os sindicatos...ou seja deve ter diretoria eleita pelos sindicatos...logo!!!!ma e os deputados estaduais...federais..senadores..aprosoja..etc etc etc..estavam onde!!!! plantando batata em Rio Negro...tiranod leite em Castro...tratando os porco em Francisco Beltrão..colehndo erva mate em Garapuava..cortando pinheiro em Palmas..ou FICARAM COMENDO MOSCAS...quem elegeu esta tigrada toda...o agricultor não foi..então..

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Luiz Alfredo, foi a FAEP, junto com cooperativas e Embrapa que coordenou a discussão sobre o vazio ampliado , e deu total apoio a sua implantação. Estamos bem representados.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      O PESSOAL DA FAEP NAO DEVE TER FEITO POR MALDADE----EU ACHO QUE NESSA TAL DE FAEP NAO DEVE TER AGRICULTOR, ACREDITO QUE SO' TENHA GENTE INTERESSADA EM GANHAR UM BOM ORDENADO SEM TER A MINIMA COMPETENCIA----

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Carlo ... O INFERNO ESTÁ CHEIO DE BOAS INTENÇÕES !!! ... Não são tão inocentes assim.

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