Fala Produtor - Mensagem

  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 31/08/2017 08:38

    A maior discussão entre os agricultores dos Estados Unidos é sobre a soja resistente ao herbicida Dicamba. Aprovada pelo Obama, no dia seguinte da eleição de Donald Trump, vem causando sérios problemas para as lavouras de soja. Alguns estados já proibiram seu uso, e muitos outros baixaram regras rígidas para usar. Uma delas é que somente pessoas com certificado de treinamento podem aplicar. Estima-se que de 4 a 10% das lavouras de soja não resistentes foram afetadas. As empresas detentoras da tecnologia desenvolveram uma formulação do Dicamba que seria menos volátil e não teria deriva. Mas isso não aconteceu. Pelo que parece, não foram feitos testes suficientes por causa da pressa para aprovar esta tecnologia, por pressão das indústrias e também de associações de agricultores, que estavam sem opção para controlar algumas plantas daninhas. O resultado é catastrófico... Um agricultor foi morto pelo seu vizinho, quando foi reclamar dos danos da deriva. Alguns testes foram feitos e dizem que a volatilização do Dicamba dura em média 72 horas. Adicione a isso dias quentes e algum vento. Aqui no Brasil temos que ficar alertas, pois certamente já estão tentando registrar esta tecnologia. Uma vez aprovada, vai obrigar todos a usá-la, pois quem não usar vai ter sérios problemas com fitotoxicidade. Da mesma forma que aconteceu com a soja RR. Prestem atenção agora: o Dicamba é de 75 a 400 vezes mais prejudicial as plantas não resistentes do que o glifosato. Será impossível plantar soja não resistente ao Dicamba. Fico imaginando se isso não é o verdadeiro objetivo.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      S. Carlos, admiro-o pela sua sabedoria... A Agricultura é uma atividade que, ao longo dos tempos, mostra-se a que veio. Seus praticantes ousam domar a natureza, mas como? ... Se eles próprios são parte dessa natureza? ...

      A Academia separa seus conhecimentos e ações em três áreas: Ciências Biológicas, Exatas e Humanas.

      Os cursos superiores se encaixam em uma dessas três áreas, mas a Engenharia Agronômica se encaixa em qual?

      Veja que o nome composto traz no primeiro tremo a palavra "Engenharia", como o próprio nome diz, os estudos se relacionam com a área das exatas, pois são vários cálculos matemáticos para "adivinhar" se o próximo plantio vai ser rentável, ou não.

      O segundo termo, está umbilicalmente ligado à área Biológica e, como tal o "técnico" tem que estar apto em "enxergar" o contexto, ou seja, sentir o ambiente onde se vai desenvolver a atividade.

      Às vezes, faço uma comparação do meu "tempo" vivido nessa atividade, como se tivesse sentado a beira de um rio, são tantas as cores que a água desse rio se apresentou, que essas telas OLED dos mais desenvolvidos smartphones atuais, teria dificuldade em apresenta-las. Ou seja, há cada momento é uma realidade e, qual é a prioridade que vamos dar, no cálculo ou no dogma biológico?

      Li, algumas "coisas" aí da sua terra. É de conhecimento que a COAMO é uma das únicas cooperativas do Brasil que não se perdeu e, manteve os princípios que regem o cooperativismo.

      Li, também, uma matéria que a Embrapa e a Coamo, fizeram uma parceria para as áreas cultivadas próximas das nascentes de água que abastecem a sede do município, o controle de pragas seria realizado com técnicas de controle biológico. No caso da lagarta do soja o controle seria com o Baculovirus anticarsia e, os percevejos, seriam controlados com a liberação do micro himenóptero Trisolgus basalis. Isso já faz algum tempo, espero que a iniciativa tenha dado bons resultados.

      A noticia de maior importância foi do ex-prefeito que ganhou um Fusca da população, tamanha foi sua "HONESTIDADE" em lidar com a coisa pública.

      Após a sua morte, seus filhos mandaram reformar o "Fusca" e enviaram para a prefeitura de Campo Mourão, para que ele seja um exemplo a ser seguido.

      Ah! Não posso de deixar de citar o nome dessa ilustre pessoa: ... MILTON LUIZ PEREIRA ... O Fusca azul foi o único veículo que Pereira teve em toda sua vida. Ele recebeu o carro de presente quando renunciou ao cargo de prefeito em 1967 para assumir a função de juiz federal. Como não tinha automóvel, a população arrecadou dinheiro para a compra.

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