Fala Produtor - Mensagem

  • Roberto Cadore Cruz Alta - RS 29/09/2017 16:36

    Parabéns ao Sr. Valdir Fries... Esses estudos são de grande valia e nos levam a pensar e repensar sobre a viabilidade do conjunto das atividades que desenvolvemos em nossas propriedades, em busca de melhores resultados. Avaliar econômica e tecnicamente a propriedade, isoladamente ou em combinação de atividades agregadas é muito interessante. O ganho técnico do manejo adotado foi inegável. Agora, cabe a cada agricultor adaptar a sua realidade. Na minha região, em áreas que não tem plantio irrigado, o plantio é de milho na primeira safra e talvez soja na segunda e talvez trigo, aveias ou pastagens em terceira safra. Mas, vejamos algumas consequências disso: soja em segunda safra no RS corre um risco enorme com a ferrugem asiática além de ter baixa produtividade, e para viabilizar o plantio ainda em janeiro, precisaríamos de uma cultivar de milho, no mínimo superprecoce, o que por si só já aumenta os riscos de produtividade do milho não irrigado. Talvez pudéssemos inverter isso plantando milho na segunda safra, mas aí teríamos o risco acentuado de queda na produtividade do milho pelas características de chuvas no RS, e pelas geadas e frio precoce, etc. Depois, no inverno gaúcho, teríamos o trigo ou outros cereais de inverno para fechar o ciclo. Agora, respeitando as demais opiniões, pois cada propriedade tem sua realidade e manejo mais adequado, para o meu caso específico, ou seja, sem irrigação, preferi plantar apenas soja no verão, e no inverno apenas adubação verde, sem nenhum pé de trigo para me preocupar. Fiz consorciação de aveia preta e nabo forrageiro e em outras áreas, pastagens de aveia/nabo em consórcio com azevém para alimentação de bovinos. Foi o que melhor se adequou a este ano. O Sr. Valdir Fries , demonstrou claramente que o pousio de áreas agricultáveis não é o caminho que nos levará a viabilizar técnica e economicamente a propriedade. Mas, seria ideal se tivéssemos os dados econômico/financeiros das diversas alternativas de produção, para termos condições de fazer um bom manejo técnico e continuarmos na atividade ano após ano, sendo também a propriedade, economicamente sustentável.

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