Fala Produtor - Mensagem

  • Dirceu A. S. Rubin Cruz Alta - RS 30/05/2007 00:00

    Caro Jo&atilde;o Batista! No &uacute;ltimo 25/05/2007, sexta-feita, houve uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica, na C&acirc;mara de Vereadores de minha cidade, Cruz Alta, RS, para tratar do endividamento agr&iacute;cola. Estavam presentes; agricultores, vereadores, o Presidente do Sindicato Rural, o Presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais, outros representantes de sindicados da regi&atilde;o, o deputado estadual desta cidade, Dr. Pedro Westphalen, o deputado federal Luis Carlos Henze, nossso l&eacute;gitimo representante na C&acirc;mara Federal, o deputado federal eleito pela regi&atilde;o Dr. Em&iacute;dio Perondi e outros. Ap&oacute;s mais de 3 horas de debates e exposi&ccedil;&otilde;es de dados concretos foi elaborado um documento para encaminhamento aos org&atilde;os competentes. Dentre os it&eacute;ns debatidos, destaco alguns, a seguir: <br />1) A agricultura brasileira continua abondonada, sem nenhum apoio dos org&atilde;os governamentais. N&atilde;o h&aacute; nenhuma pol&iacute;tica agr&iacute;cola definida ou em fase de implementa&ccedil;&atilde;o, para os pr&oacute;ximos anos. <br />2) Nos &uacute;ltimos vinte anos, de 1987 &agrave; 2007, o setor passou por 5 situa&ccedil;&otilde;es de endividamento, por diversos fatores, sem que nada tenha sido feito em termos de pol&iacute;tica agr&iacute;cola. A &uacute;nica pr&aacute;tica largamente utilizada foi o barriga&ccedil;o. <br />3) Os juros oficiais atuais, de 8,75% a.a., representam hoje, 167,8% da proje&ccedil;&atilde;o da infla&ccedil;&atilde;o, completamene impratic&aacute;veis. <br />4) Os saldos devedores dos investimentos e prorroga&ccedil;&otilde;es realizados nos &uacute;ltimos anos, especialmente a partir de 2003/2004, vem crescento em m&eacute;dia a 15% ao ano, enquanto as atividades desenvolvidas n&atilde;o mais apresentam rentabilidade. <br />5) Enquanto a agricultura em todo o mundo e tratada como uma quest&atilde;o de seguran&ccedil;a nacional, com mecanismos de prote&ccedil;&otilde;es e/ou subsidios, aqu&iacute; &eacute; menosprezada e deixada a merc&ecirc; e juros livres, abusivos e extorsivos, que chegaram a at&eacute; 27% a. a. nos &uacute;ltimos tempos. <br />6) Por fim, n&atilde;o h&aacute; vontade pol&iacute;tica para resolver a atual e mais grave crise por que passa o setor, o que faz pensar que h&aacute; algo orquestrado e planejado para evitar o crescimento do agroneg&oacute;cio e de outras atividades produtivas do pa&iacute;s. Est&aacute; se priorisando o setor especulativo em detrimento do produtivo. Agrade&ccedil;o a oportunidade. Um abra&ccedil;o.

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