Mercado do café dispara em NY e alcança níveis de 2 anos, acima de US$ 1,70/lp. No físico, preços se aproximam dos R$600,00/sc
A sexta-feira (4) marca um dia positivo para o café na Bolsa de Nova York, com altas de até 570 pontos nos principais vencimentos, com dezembro chegando a US$171,35 por libra peso e julho a US$178,35 por libra peso. O movimento acompanha uma tendência de alta que já vem ocorrendo há algumas semanas.
De acordo com Anilton Machado, da Origem Corretora, os lados fundamentais e especulativos do café, juntos, apontam a tendência desse movimento.
Do lado fundamental, há uma disponibilidade curta de café no mercado, além da incerteza em relação à safra 2017. "Não existe muito café disponível no mercado para vender", lembra o corretor. Após problemas no café conilon no Espírito Santo e também problemas no café arábica, esite uma disponibilidade curta de produtos para a negociação. Os produtores que possuem produto disponível são os únicos que vendem nas oportunidades de mercado, "mas nada que exerça pressão nos preços, pelo contrário", diz.
Já pelo lado especulativo, os fundos aproveitam para comprar e, neste momento, há uma posição comprada grande, de 60 mil contratos. Em algum momento pode haver uma realização, mas, neste ponto, deve haver um fato fundamental de grande importância para que haja essa realização.
As eleições americanas podem ser este fato caso haja a eleição de Donald Trump na próxima terça-feira (8), o que deve trazer desvalorização cambial maior no Brasil e levar essa maior pressão para Nova York. Caso Hilary Clinton seja a eleita, essa possibilidade é descartada, pois o fato viria ao encontro dos anseios dos mercados financeiro e global.
Na região de Patos de Minas (MG), o café de boa qualidade está sendo negociado até a R$590. Os cafés com qualidade menor estão por volta de R$520 a R$530, segundo o corretor, "patamares que não estavam no mercado há tempos", aponta. Este fato ocorre porque o arábica de qualidade inferior está entrando nos blends no lugar do café robusta.
O corretor aponta também que, neste momento, "não dá para ficar só assistindo". "Aqueles que tem produto no físico devem realizar algumas coisas. Os mercados estão dando oportunidades de realizar negócios das próximas safras. O momento é de aproveitar essas alçadas do mercado", aconselha.
O café para 2017 está em uma média de R$650 no mercado. Para 2018, os valores já chegam a R$700.
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