Café: Fundamentos voltam a pesar e Bolsa de Nova York recua cerca de 200 pts nesta tarde de 3ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram ao território negativo nesta tarde de terça-feira (20) e passaram a perder parte dos ganhos registrados nas últimas sessões. Ainda assim, os principais vencimentos no mercado seguem próximos do patamar de US$ 1,45 por libra-peso. Após ajustes técnicos nos últimos dias e iniciar o dia com leve avanço, o otimismo dos operadores com a próxima safra do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, voltou a tomar conta dos negócios.
Por volta das 12h34, horário de Brasília, o contrato março/17 anotava queda de 185 pontos, cotado a 142,40 cents/lb, o maio/17 caía 180 pontos e operava a 144,75 cents/lb. Já o vencimento julho/17 registrava 146,95 cents/lb com 185 pontos de desvalorização, enquanto o setembro/17, mais distante, anotava baixa de 185 pontos, cotado a 148,80 cents/lb.
O analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, já havia informado em relatório ontem (19) que o mercado subia em ajustes. "Os futuros subiram recentemente com compras sendo realizadas devido as oscilações do câmbio. No entanto, as ideias são de que a produção de arábica na América Latina será forte", explicou. Com melhores condições climáticas no Brasil, as ideias de desabastecimento em 2016 diminuíram.
Institutos meteorológicos, no entanto, apontavam na semana passada que o clima ficaria mais quente e menos chuvoso nas principais áreas produtoras do grão. Nos últimos dias, algumas regiões receberam acumulados de até 70 milímetros.
A OIC (Organização Internacional do Café) reportou em relatório mensal (novembro), divulgado na última sexta-feira (16), que após dois anos seguidos de déficit, a safra 2016/17 de café deve apresentar recuperação, principalmente por conta da variedade arábica. "As perspectivas para o arábica são mais positivas", disse. Já o robusta deve apresentar queda na maioria dos países produtores do grão.
"Atualmente a disponibilidade de café permanece suficiente, com as exportações totais de 112,4 milhões de sacas de 60 kg nos últimos 12 meses", informou a OIC em relatório. No entanto, essa oferta maior do grão no mercado contribuiu para uma pressão nos preços da commodity, tanto arábica como robusta.
No mercado físico, os negócios com café seguem lentos. Nesta semana, com a proximidade das festas de final de ano, as transações devem diminuir ainda mais. Por volta das 09h38, o tipo 6 duro era negociado a R$ 520,00 pela saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis em R$ 507,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) a R$ 520,00.
Na segunda-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 499,42 com alta de 1,31%.
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