Açúcar saiu da semana em NY perdendo até 2,84% e o outubro está a caminho de entrar nos 11 c/lp

As duas pequenas correções técnicas para cima do açúcar na quarta e quinta, que seguraram uma barrigada maior na Bolsa de Nova York (ICE Futures), foram devolvidas nesta sexta (20), e a semana que inaugurou a casa dos 11 c/lp fechou mais magra ainda. Agora é só uma questão de dias para o contrato de outubro fazer companhia ao maio e julho no mesmo degrau.
O maio, que já não é mais o driver, perdeu 11 pontos, e vai para a segunda-feira valendo 11.64 c/lp. A tela mais importante, julho, fechou em 11.87, com recuo de 8 pontos, e a de outubro perdeu quase a mesma coisa, a saiu em 12.13.
Na semana (16 a 20), maio perdeu 2,84%, julho 2,47% e outubro 2,33%, pelo levantamento de André Lopes, economista do Notícias Agrícolas.

Fonte: Notícias Agrícolas com dados da ICE Futures
Apesar de que os excedentes asiáticos não mexem mais com os preços, a onda de notícias que chegam da Tailândia e Índia ao menos tiram qualquer indício de estabilidade nas cotações. Do primeiro país, segundo maior exportador mundial, o USDA trouxe sua estimativa de 13/14 milhões de toneladas de produção de açúcar, recorde que garante excedente exportável, mais ainda com os novos impostos locais sobre bebidas que levam o adoçante.
Em relação à índia, com suas quase 30 milhões de toneladas já conhecidas, perto de 10 milhões a mais que no ciclo anterior, a pressão sobre os preços internacionais vão para a próxima safra, uma vez que as monções vieram normais este ano e garantem boa safra nova. E deverá botar mais peso baixista nos contratos de Nova York a partir do de outubro.
Os dois países juntam devem garantir superávit de açúcar este ano de 6 a ao redor de 7 milhões de toneladas, numa média tirada entre análises de várias consultorias.
A JOB Economia e Planejamento deu que o Brasil vai retirar de 6,5 milhões do adoçante do mercado mundial – totalizando exportações de 21,3 mi/t -, mas certamente Nova York nem prestou atenção nesse dado que apenas confirmaram as estatísticas médias para o Brasil. E também já havia sido precificado pelos operadores, sem influência em ao menos segurar as baixas seguidas.
Interno
No porto de Santos, os prêmios para o VHP estão entre 15 e 16% sobre os dois próximos vencimentos, com leve subida, porque se confirma que o etanol é a preferência das usinas e olham, portanto, uma falta do produto brasileiro.
Baseado até nos lineups de embarques. Neste semana, o País mandou para fora entre 400 a 500 mil toneladas, contra de 1,3 mi/t de 2017 – segundo dados levantados por Maurício Muruci, da Safras & Mercado -, até pela roubada de competitividade que o dólar vem dando.
A comercialização interna estão sem ágio, na faixa de R$ 54/55,00 Cepea/Esalq, pela demanda das indústrias e atacadistas que agora estão no momento de formar algum estoque em início de safra.
O etanol segue com prêmio médio de 23%, com a usina vendendo a 20% menor, mas a bomba repassando apenas 1%.
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