Café: Cotações encerram com baixas nos principais contratos; câmbio e Coronavírus justificam quedas

O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta terça-feira (18) com baixas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Apesar da sessão encerrar com baixas, gráficos apontam que o cenário ainda tende a ser positivo como as sessões de quinta e sexta-feira passada.
Março/20 registrou queda de 255 pontos, valendo 106,55 cents/lbp, maio/20 teve desvalorização de 250 pontos, cotado a 108,85 cents/lbp, julho/20 teve queda de 235 pontos, por 111,05 cents/lbp e setembro/20 encerrou com desvalorização de 250 pontos, cotado a 112,95 cents/lbp.
Segundo o analista de mercado João Santaella, as baixas desta terça-feira foram motivadas por diversos fatores, entre eles a queda do petróleo motivado ainda pelo surto do Coronavírus na China. "Os fundos de investimentos trabalham realmente juntos e o petróleo acabou caindo e acho que o café acompanhou em função disso", afirma o analista.
Apesar do mercado acreditar que o consumo na China não deve impactar de maneira expressiva o nível mundial de consumo de café, o analista acredita que o mercado tende a acompanhar as outras commodities, diante da aversão ao risco que sonda o mercado desde que os casos da doença começaram a ser divulgados. "Geralmente quando o mercado cai assim em um dia, o fundo aproveita para vender", destaca.
De acordo com o analista, o mercado tende a continuar com movimentações positivas, não devendo retomar aos patamares abaixo de 100 cents/lbp a curto prazo. "Por enquanto a tendência é mais de realização de lucros. Se ele continuar subindo o mercado pode voltar aos patamares que vimos no ano passado", afirma.
O site internacional Barchart destacou em sua análise diária as questões cambiais para justificar as altas desta terça-feira. "Os preços do café caíram na terça-feira, com o café arábica caindo de uma alta de três semanas devido à fraqueza do real. O real caiu -0,70% na terça-feira em relação ao dólar e está um pouco acima da mínima recorde da última quinta-feira, de 4,3817 reais / USD", afirmou.
Veja a entrevista completa aqui:
- Apesar das baixas, cenário ainda é positivo para o mercado do café e preços devem voltar a subir nos próximos dias
No Brasil, o mercado interno acompanhou o exterior e também encerrou com variações nas principais praças do país
O tipo 6 duro registrou desvalorização de 1,75% em Guaxupé/MG, cotado por R$ 506,00. Poços de Caldas/MG teve baixa de 1%, valendo R$ 495,00 em Patrocínio/MG também foi registrada desvalorização de 1%, valendo R$ 495,00 e Araguarí/MG foi registrada a baixa mais expressiva, de 3,85% e preços estabelecidos por R$ 500,00. Já em Espírito Santo do Pinhal/SP teve alta de 10,42%, valendo R$ 530,00 e Franca/SP encerrou as negociações com valorização de 2,02%, cotado a R$ 505,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,92% em Guaxupé/MG, cotado por R$ 550,00. Já em Poços de Caldas/MG foi registrada baixa de 0,88%, valendo R$ 565,00, os mesmos valores foram registrados em Patrocínio/MG.
O tipo 4/5 registrou queda de 0,98% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 505,00. Em Franca/SP foi registrada alta de 1,98%, valendo R$ 515,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 515,00.
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