SP: movimentos pró-democracia remarcam atos para o Largo do Batata

Publicado em 06/06/2020 12:09

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Após a decisão da Justiça estadual de proibir protesto antagônicos na Avenida Paulista no próximo domingo, 7 grupos pró-democracia remarcaram seus atos para o Largo do Batata, no bairro de Pinheiros. Em comunicados sobre a mudança de local, os movimentos afirmaram que vão cumprir a determinação judicial, mas criticaram a "violação do direito à manifestação".

"Nós, torcedores articulados no Movimento Somos Democracia, ativistas do movimento negro e da Frente Povo Sem Medo entendemos que essa decisão atenta à liberdade de manifestação. Apesar disso, para garantia da integridade física dos manifestantes, comunicamos a decisão de mudança do local do ato em São Paulo para o Largo da Batata às 14h", diz uma nota conjunta dos movimentos Somos Democracia, Frente Povo Sem Medo e Ato Urgente SP - Vidas Negras Importam.

A nota ainda afirma que o grupo reforçou as medidas sanitárias para a realização do protesto, com a criação de uma brigada de saúde, para orientação dos manifestantes e ações como a distribuição de máscaras e álcool em gel. As entidades também garantem que vão respeitar um distanciamento social de pelo menos 1,5 m durante a manifestação.

"Não vamos aceitar censura nem intimidação! Estaremos nas ruas em defesa da democracia, contra o fascismo e o racismo", conclui a nota.

Na sexta-feira, 5, a Justiça de São Paulo proibiu que grupos de apoiadores do presidente e opositores do governo se reúnam no mesmo horário em manifestações na Avenida Paulista. A decisão atende ao pedido do Governo do Estado, que pediu o cancelamento dos atos para evitar confrontos.

No último domingo, 31, protestos que começaram pacíficos terminaram em tumulto, quando manifestantes favoráveis e contrários ao governo entraram em confronto. A Polícia Militar de São Paulo precisou intervir, mas integrantes de movimentos pró-democracia criticaram o uso desigual da força contra cada lado. O governador João Doria (PSDB) chegou a ir a público para dizer que os órgãos de Segurança Pública do Estado agiram para preservar a integridade física dos dois grupos e que não têm preferência política.

Juiz proíbe protestos de ‘grupos antagônicos’ na Paulista no próximo domingo

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A Justiça de São Paulo decidiu nesta sexta-feira, 5, proibir que grupos de apoiadores do presidente e opositores do governo se reúnam no mesmo horário em manifestações na Avenida Paulista no próximo domingo, 7.

 

Atendendo a pedido do governo do estado, o juiz Rodrigo Galvão Medina determinou, no plantão judiciário desta noite, que atos convocados por ‘grupos manifestantes manifestamente antagônicos entre si’ sejam cancelados.

Na decisão, o magistrado cita nominalmente os grupos ‘Atos Antifascismo’, ‘Democracia’, ‘Pedalada Antifascista’, ‘Mais Democracia’, ‘Ato Antifascista’, ‘Torcida Organizada’, ‘Mancha Verde’, ‘Torcida Independente’, ‘Torcida Jovem’, ‘Gaviões da Fiel’, ‘Secundaristas em Luta’, ‘Canal Secundaristas’, ‘Democracia, fascismo, racismo e Homofobia, LBTQA’, ‘Vidas Pretas Importam’, ‘BRASIL CONTRA O COMUNISMO’, ‘Movimento Juntos Pela Pátria’, ‘Damas de Aço’ e ‘Guerreiras do Sudoeste’.

No último domingo, 31, um ato contra o governo, autointitulado pró-democracia e antifascista e organizado por grupos ligados a torcidas de futebol na Avenida Paulista, terminou em confronto entre manifestantes e apoiadores do presidente e também com a Polícia Militar – que interveio e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o início de uma briga em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A confusão, que durou ao menos uma hora, tomou conta da avenida e deixou um rastro de destruição: vidros quebrados, caçambas de lixo e entulho revirados e fogo ateado em objetos no meio da via. Seis pessoas foram detidas, segundo a PM.

Hoje mais cedo, uma reunião entre Polícia Militar, Ministério Público Estadual e ativistas pró e contra o governo terminou sem acordo e três manifestações de rua estavam mantidas para o domingo.

Os atos a favor do presidente Jair Bolsonaro e contra as políticas de isolamento social determinadas pelo governador João Doria (PSDB) já se arrastam há semanas. Diante da escalada da ofensiva bolsonarista, manifestantes insatisfeitos com o governo saíram às ruas no último final de semana, pela primeira vez desde o início da quarentena, para protestar contra o presidente e a favor da democracia.

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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