Café arábica avança 2,87% com redução dos estoques e preocupação com oferta global
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O mercado futuro do café tipo arábica encerrou a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Março/22 teve queda de 205 pontos, negociado por 241,85 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 205 pontos, valendo 242,45 cents/lbp, julho/22 registrou queda de 215 pontos, valendo 241,45 cents/lbp e setembro/22 registrou baixa de 220 pontos, cotado por 240,15 cents/lbp.
Apesar do recuo neste pregão, no acumulado semanal o contrato referência (março/22) teve alta de 2,87%. A semana foi marcada por queda nos estoques certificados da ICE, o que aumentou a preocupação com a oferta do grão já que o gargalo logístico ainda persiste e os Estados Unidos está com demanda mais aquecida com o pico do inverno no Hemisfério Norte.
"As quedas seguidas dos estoques de café certificado na ICE em NY, trazem ainda mais insegurança ao mercado. Ontem recuaram 16.101 sacas e anteontem 53 502 sacas. Fecharam ontem totalizando 1.133.898 sacas. Há um ano eram de 1.621.180 sacas, caindo neste período 487.282 sacas", destacou a última análise do Escritório Carvalhaes.
No Brasil, as lavouras apresentam boa recuperação após grande estresse climáticos, mas é importante lembrar que as chuvas não devolvem o potencial produtivo da safra já em desenvolvimento, mas ajudam e muito para 2023. Ainda assim, sem saber o real impacto na safra 22, o produtor segue cauteloso e quase não participa do mercado, mesmo com os preços mantidos na casa dos R$ 1.500,00 nas principais praças de comercialização do país.
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Em Londres, o dia foi marcado por ajustes técnicos. Maio/22 teve queda de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 2213, julho/22 teve baixa de US$ 10 por tonelada, negociado por US$ 2197, setembro/22 teve baixa de US$ 11 por tonelada, cotado por US$ 2191 e novembro/22 teve queda de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 2185. No acumulado semanal o avanço foi de 1,75%.
O Brasil pode observar uma nova baixa nos embarques de café conilon nos próximos meses, segundo o analista de mercado Fernando Maximiliano, da StoneX Brasil, o diferencial do preço do café conilon no mercado internou voltou ao patamar positivo, fazendo com que seja mais vantajoso para indústria fazer as negociações no mercado interno. Em contrapartida, o país deve observar uma redução nos embarques, já que o Vietnã - maior produtor de café tipo conilon do mundo também vem mostrando certa recuperação e com isso o Brasil acaba perdendo competitividade no mercado externo.
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No Brasil, o mercado interno encerrou o dia com estabilidade nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida manteve a estabilidade por R$ 1.490,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,68%, cotado por R$ 1.460,00, Patrocínio/MG manteve o valor por R$ 1.490,00, Araguarí/MG manteve a negociação por R$ 1.490,00, Varginha/MG manteve o valor por R$ 1.490,00 e Franca/SP teve queda de 0,65%, negociado por R$ 1.470,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,65% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 1.540,00. Guaxupé/MG manteve a negociação por R$ 1.580,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.535,00, Varginha/MG por R$ 1.570,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 1.572,00
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