Dólar limita perdas, mas milho ainda fecha 3ªfeira recuando na B3
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A terça-feira (26) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,74 e R$ 65,64.
O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 57,74 com desvalorização de 0,53%, o janeiro/24 valeu R$ 61,70 com perda de 0,48%, o março/24 foi negociado por R$ 65,50 com queda de 0,46% e o maio/24 teve valor de R$ 65,64 com baixa de 0,38%.
Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, com a colheita da segunda safra praticamente encerrada e o milho a céu aberto desaparecendo, é o milho nas negociações que comanda o mercado.
“O balcão gaúcho, do Sul e do Sudeste segue praticamente estável nos últimos dias. O mercado de porto é muito comprador e isso vai dando folego positivo para manter o balcão sem novidades. Devemos passar de 9 milhões de toneladas embarcadas para exportação nesse mês de setembro”, diz Brandalizze.
A Agrinvest destaca que “a alta do dólar antes ao real está limitando a queda dos futuros do milho negociados na B3, que tentam se descolar da Bolsa de Chicago, que recua neste momento. As exportações de milho brasileiro continuam fortes, mas o mercado já começa a ficar mais cauteloso diante da colheita da safra de milho americana”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um segundo dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Machado/MG e Porto de Santos/SP. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve mais uma terça-feira com lentidão nos negócios. “A mesma conduta das últimas semanas deve permanecer, com os agentes retraídos na comercialização doméstica. Fatores como preços dos futuros, paridade de exportação, variação cambial e logística devem seguir sendo avaliados para a progressão nos negócios”
Mercado Externo
As movimentações levemente negativas também estiveram presentes na Bolsa de Chicago (CBOT) para os preços internacionais do milho futuro que recuaram neste pregão.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,79 com desvalorização de 1,50 pontos, o março/24 valeu US$ 4,94 com queda de 1,25 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,02 com perda de 1,50 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,07 com baixa de 1,25 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (25), de 0,42% para o dezembro/23, de 0,20% para o março/24, de 0,40% para o maio/24 e de 0,20% para o julho/24.
“Com a oferta aquecida, mas um ritmo de comercialização ainda lento, os futuros do milho em Chicago registraram mais uma sessão de perdas moderadas na CBOT”, avaliou a consultoria Agrinvest.
O site internacional Farm Futures relata um pequeno revés técnico nesta terça-feira, depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) notou classificações de qualidade melhores do que o esperado na tarde de segunda-feira.
Os analistas da Agrinvest acrescentaram ainda que, o último final de semana foi de algumas chuvas ocorrendo na região Oeste do Cinturão do Milho dos Estados Unidos. “Isso trouxe algum atraso para a colheita que está em andamento, mas foi favorável para a melhora das condições de lavouras do milho americano, com o USDA reportando que agora, 53% das áreas estão entre boas e excelentes condições, contra 51% da semana passada”.
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