Milho tem 4ª feira negativa nas bolsas e perde mais de 1% em Chicago
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A quarta-feira (25) foi bastante negativa para o mercado de grãos na Bolsa de Chicago e o milho vai concluindo a sessão com perdas de mais de 1% entre os principais vencimentos - ou de 5,75 a 7 pontos - com o julho valendo US$ 4,10 e o dezembro, US$ 4,22 por bushel. Os futuros do cereal acompanharam baixas agressivas que se deram sobre os preços do trigo e da também da soja, com a oleaginosa liderando as perdas nesta sessão.
Apesar da pressão de mais de 2% da queda da soja, como explica a Agrinvest Commodities, "o que vem causando pressão aos cereais é a colheita da safra de inverno nos EUA. O avanço da colheita no Black Sea e agressividade do trigo russo na exportação também está no radar".
Além disso, o mercado do milho na CBOT sente também os impactos do bom desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos. As condições climáticas são bastante favoráveis no Corn Belt, não há ameaças agressivas no radar e, ao mesmo tempo, os traders acompanham também a colheita da boa safra no Brasil.
A chegada da safrinha brasileira, inclusive, deixa o cereal norte-americano menos competitivo e age como mais um fator de pressão sobre as cotações. Ainda nesta quarta-feira, a alta do dólar frente ao real acentuou este movimento.
QUEDAS TAMBÉM NA B3
Na B3, os futuros do milho também fecharam o dia no vermelho. As perdas ficaram entre 0,4% e 1,2%, com o julho valendo R$ 64,40 e o novembro, R$ 67,40 por saca.
"Após dois dias tentando se manter firme, o milho recua na B3. A pressão vem pelo cenário externo, diante da forte desvalorização da soja e milho na CBOT. Por aqui, os preços do milho estão mais firmes em algumas praças no spot, dado o atraso da colheita da safrinha, que alcançou pouco mais de 11 milhões de toneladas até agora, contra um volume de mais de 25 milhões do mesmo período do ano passado", informa a Agrinvest Commodities.
Assim, as preocupações com possíveis atrasos nos embarques e aperto nos estoques das fábricas que estavam descobertas estão no radar do mercado, e dão certo suporte às cotações no mercado brasileiro.
O clima no Brasil é mais um fator de sustentação. A massa de ar frio que passa pelo país pode ocasionar mais geadas em regiões importantes de produção e penalizar alguns campos de milho. Ainda assim, a produção brasileira - considerando primeira e segunda safras - deverá ser recorde, com a Agroconsult estimando algo como 123 milhões de toneladas.
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