No curto prazo, mercado cafeeiro não terá problemas com abastecimento, diz analista
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Os preços do café encerram a sessão desta terça-feira (29) com baixas nas bolsas internacionais. Segundo o Barchart, os preços recuaram hoje com a aceleração da colheita de café no Brasil, aumentando a oferta disponível.
A Cooxupé anunciou que a colheita entre seus associados estava 67% concluída em 25 de julho. E a consultoria Safras & Mercado informou na última sexta-feira (25) que a colheita total do Brasil para a safra 2025/26 estava 84% concluída em 23 de julho.
Para o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, o rendimento da safra do robusta está dentro do esperado, e até um pouco melhor em algumas regiões do Brasil, porém, para o arábica a situação ainda é uma incógnita, e alguns produtores relatam quebra de 10%, 15%, 20%, já outros estão tendo rendimento acima do esperado.Com a entrada da nova safra, no curto prazo o mercado cafeeiro não terá problema de desabastecimento de agora até dezembro.
Ainda de acordo com o analista, mercado também segue preocupado sobre como ficará a taxação de 50% ao Brasil, imposta por Donald Trump (que entrará em vigor na próxima sexta-feira (01)). Na visão de Moreira, os Estados Unidos vão continuar comprando café brasileiro, mas a questão agora e sobre qual a variedade o país irá importar.
Em NY, o arábica encerra o dia com baixa de 520 pontos no valor 296,50 cents/lbp no vencimento de setembro/25, uma perda de 490 pontos negociado por 289,75 cents/lbp no de dezembro/25, e uma queda de 470 pontos no valor de 283,35 cents/lbp no de março/26.
Já o robsuta registra o recuo de US$ 13 no valor de US$ 3,345/tonelada no contrato de setembro/25, uma baixa de US$ 18 cotado por US$ 3,290/tonelada no de novembro/25, e uma desvalorização de US$ 26 no valor de US$ 3,251/tonelada de março/26.
O INPE e o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) emitiram um alerta de geada para a madrugada do dia 30 de julho, nas regiões cafeeiras de Sul de MG, São Paulo e Paraná.
Mercado Interno
Moreira comenta que no mercado físico brasileiro, o produtor que está acreditando que realmente a safra quebrou demais, que acredita que a safra ficará em 50 milhões de sacas, está segurando o café, e aquela que está estimando uma safra de 60, 65 milhões está vendendo. O analista orienta que no cenário atual de muitas incertezas, o melhor a fazer é criar ferramentas de hedge.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 fecha o pragão com baixa de 1,59% em Campos Gerais/MG e Franca/SP no valor de R$ 1.890,00/saca e R$ 1.860,00/saca, e uma queda de 1,61% em Guaxupé/MG negociado por R$ 1.831,00/saca. O Cereja Descascado registra o recuo de 1,52% em Varginha/MG no valor de R$ 1.940,00/saca, e um recuo de 0,44% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.240,00/saca.
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