Formação de pastagem sem o uso de máquinas reduz gastos e preserva o solo

Publicado em 26/04/2012 07:20
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está incentivando a formação de pastagem sem o uso de máquinas pesadas, no município de Chácara, na Zona da Mata. No ano passado, foi implantada uma Unidade Demonstrativa na cidade, e os resultados conquistados foram satisfatórios, como a redução de custos e uma pastagem de boa qualidade.

A unidade tem dois hectares. O preparo do solo e o plantio ocorreram em novembro de 2011. Em fevereiro de 2012, a pastagem já estava totalmente formada. O extensionista da Emater–MG, Luiz Antônio Valente, explica que a técnica é simples. Segundo ele, as sementes de braquiária e o adubo são lançados na área sem a necessidade de revolver o solo. De acordo com Valente, a vegetação do local tem que ser dessecada para não concorrer por água, nutrientes e luminosidade com a pastagem a ser implantada.

“A vegetação recém-dessecada proporciona um ambiente altamente favorável à germinação das sementes. Ela se decompõe e transforma-se em matéria orgânica, colaborando na nutrição da cultura implantada. O processo não exige nenhuma prática pós-semeio, e, em função da vegetação anterior, as sementes não são arrastadas pela chuva”, diz o extensionista da Emater–MG.

De acordo ainda com Luiz Valente, a formação de pastagem sem o uso de máquinas custa em torno de 40% da técnica convencional e evita erosões no solo. “Além disso, a produção de massa verde é maior do que no plantio convencional”, afirma Valente.

A Unidade Demonstrativa foi implantada na propriedade do pecuarista José Aroldo Martins. No local, foram feitas análises de solo, aplicação de calcário como corretivo e, após sessenta dias, aplicação de herbicida. Cinco dias depois da dessecagem da vegetação, as sementes de braquiária misturadas com adubo foram lançadas na área. “Eu nunca tive uma pastagem dessa. Fiz meio que sem acreditar, mas hoje estou vendo o resultado que é muito bom”, disse José Aroldo Martins.

Segundo o extensionista da Emater–MG, a proposta é incentivar cada vez mais a utilização da técnica entre os produtores. “Essa técnica consiste em preservar o meio ambiente, ou seja, fazer um plantio da braquiária sem degradar o solo. E isso é algo muito positivo para a região”, diz Luiz Valente.
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Fonte:
Agência Minas

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