Assentamento do Itamarati em MS é símbolo de reforma agrária fracassada, sem assistência técnica
Publicado em 07/05/2013 11:00
O ex-militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ilmo Ivo Braun, um catarinense de 64 anos, mal consegue caminhar. O pé inchado não o deixa andar pela lavoura de milho, plantada em seu pequeno lote de seis hectares, recebido a título de reforma agrária. Ele mora sozinho, sem filhos, na casinha sem reboco, construída com os R$ 15 mil recebidos do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), há 11 anos. Esse foi o único subsídio recebido desde que ele obteve a terra, depois de passar um ano acampado numa barraca de lona à espera do tão sonhado quinhão de terras. Sem apoio para plantar, Ilmo arrenda o lote para grandes fazendeiros da região. Dinheiro que complementa os R$ 678 que ganha de aposentadoria.
O arrendamento é ilegal. Mas foi a alternativa que encontrou para não cometer o mesmo crime de vizinhos, que aceitaram a tentadora oferta de R$ 150 mil para vender a propriedade.
— Lutei para ter este lote. Não vendo por nada. Seria pior se estivesse na cidade. Já teria morrido de fome. Aqui tenho uns porquinhos e umas galinhas. Vou morrer aqui — prevê Ilmo, um dos agricultores que receberam lotes no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai, como parte do maior projeto de reforma agrária implantado no país.
Veja a notícia na íntegra no site de O Globo. No link abaixo, confira uma galeria de fotos que ilustram o abandono no Assentamento Itamarati:
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Fonte:
O Globo
15 comentários
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osvaldo duarte alegre ponta porã - MS
Sou do assentamento e tambem tenho essa mentalidade...E acredito que um dia isso tudo vai melhor muito ainda..
Lindalvo José Teixeira Marialva - PR
Caro colega Dalzir voce esta coberto de razão, o sumiço da pequena propriedade no Brasil vai dizimando as comunidades tradicionais de agricultores, com isso as tradições são perdidas, as pessoas vão para cidade e lá acabou o sonho, pois a vida boa na cidade faz com que o pessoa perca a vontade de trabalhar, definitavamente na área rual. Na Europa esse fato é uma realidade, mesmo com a União Européia subsidiando 50% de infra-estrutura, maqui9nas e implementos, ninguém quer mais ficar no campo, só tem pessoas com mais de 60 anos, os filho, netos foram embora para cidade, tendo como reflexo um elevado custo alimentar, alimento é carissímo e medo da segurança alimentar, depender de outro país para comer. No Brasil ainda tem jeito, basta o governo querer, esta na mão, mais o tempo esta acabando.
victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG
Sr.Virgílio,exatamente isto que o senhor descreveu...Poderíamos sugerir ao governo, já que ele vai destinar os ganhos do petróleo, agora distribuidos para todos estados, para educação, que se inclua no item educação, uma parcela para reativação das escolas rurais, obviamente incentivando a volta do homem para o campo.O dinheiro que se gasta duplicando anéis rodoviários,por causa dos engarrafamentos, com um mínimo promove-se o refluxo...As Prefeituras ficariam com o controle das famílias a serem recolocadas bem como o contròle das fazendas interessadas neste programa...
Virgilio Andrade Moreira La Paloma
Prezado Sr Vitor, o pessoal quer ir é para a cidade que tem Shopping, bolsa isto ,, bolsa aquilo,, barzinho cinema, etc etc, isto é irreversível pelos proximas décadas. Conheço o interior do Paraná e de Santa Catarina, sobraram poucas escolas rurais, visto as prefeituras buscam os alunos de Kombi ou Micro onibus. Os professorem também não querem mais ir para o interior. É muito difícil. Em Luzerna SC as escolas rurais acabaram, ( todos os alunos vão de Kombi), e os famosos clubes das comunidades ou linhas vivem vazios. Outras propriedades estão virando chacaras de final de semana. É tudo na cidade. Casas do interior estão fechadas e sem moradores, que também já foram para a cidade. Assim é.
Virgilio Andrade Moreira La Paloma
O Brasil vai chegar em 2020 com 90% de populaçao urbana e 10% de população Rural. Em 1880 era 90% rural e 10% urbana. Nunca tão poucos produziram alimentos, fibras e energia para tantos.Acho que vai ser tudo mecanizado.
Virgilio Andrade Moreira La Paloma
Quanto dinheiro jogado fora esta tal de reforma agrária,, coisa do século XIX E XX. Seria melhor investir em educação como fêz a Coreia do Sul. (Ponto). Ainda ontem tive que rir de ver O João Pedro Stedile na recepção do Maduro da Venezuela, bem que poderiam exportar os sem terra para a Venezuela para ver se eles produzem algum alimento por lá, já que o Chaves acabou com o setor produtivo agrícola daquele pobre país com petróleo.
Josino da Veiga Antunes cristalina - GO
Concorodo com todas as opinião aqui descritas, a nossa região em Cristalina-GO, e a mesma coisa estradas ruins falta de energias escola etc..., mas o que esta causando maior preocupação alem destes citados são os assaltos em Fazendas, esta muito dificil conseguir funcionários ninguem quer ficar mais nas propriedades pois esta muito perigoso, aqui na nossa região todos os dias ficamos sabendo de assalto nas propriedade e o medo tomando conta da Zona rural.
Lindalvo José Teixeira Marialva - PR
Trabalho no campo é para quem gosta não é para oportunistas, o dinheiro não vem do céu, tem que plantar, cuidar e colher, isso demora, não é troco de mercado ou toma la da cá, agrocultura é para poucos e serve para muitos. Voce ja tirou leite de uma vaca as 5:00 horas da manhã com temperatura de 0º graus, voce ja ficou o dia inteiro com a bunda em cima de um banco do trator (pulando, virando, parando, subindo, descendo o dia intgeiro), comendo poeira (hoje tem cabine, nem todos), enfim tem muita coisa para melhorar. Nossas estradas rurais são horriveis, cascalho acaba com carros, pneus, não tem internet, poeira, enfim, tem muito a fazer. As escolas se foram, o povo foi embora e vai muito mais ainda, criminalidade, e o pior NINGUÉM ESTA PREOCUPADO, O EXODO RURAL É EVIDENTE, NOSSAS ESTRAADAS RURAIS TEM QUE TER ASFALTO, CAMPO TEM QUE TER INTERNET, BOA ENERGIA ELÉTRICA, CONDIÇÕES PARA QUE POSSAMOS DAR CONDIÇÕES ÀS PESSOAS TE SENTIR VONTADE DE TRABALHAR NO CAMPO.
victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG
Izabel, também moro na fazenda que é próxima da cidade e mantenho um empregado...as construções das escolas rurais já existem, mas abandonadas, foram construidas na década de 60, sempre próximas das propriedades agrícolas e tinham suas vagas todas ocupadas . Os trabalhadores rurais faziam "tarefas" e eram em sua maioria meieiros nos plantios de arroz e feijão.Nossos filhos eram criados junto dos filhos deles... As "ordens" eram dadas aos sábados e eles tinham conta na venda do arraial próximo .Era aberta uma conta na farmácia e numa casa de tecidos. É muito facil fazer uma política de retorno do homem pro campo gastando um décimo do que se está desperdiçando com políticas eleitoreiras...Acho que sou um visionário porque a tecnologia, Iped, Ipod, Tablet, Ifone já tomou conta da sociedade, sem falar na mídia que com as novelas envenenadas incentiva a marginalidade e a violência...As vezes também, interêsses espúrios estão hoje em dia a serviço de forças alienígenas, que monitoram o que acontece no pais, quem sabe, até de nossos simples comentários...
Izabel Lima Mococa - SP
Não é fácil arrumar funcionário para morar aqui na fazenda...Apesar da casa ser boa, o salário acima da média não acho candidato...Os que procuram o emprego são figurinhas carimbadas com histórico de roubos, drogas e afastamentos constantes de 14 dias por conta da fazenda!!Também as escolas rurais foram fechadas. As crianças precisam levantar as 4 da matina, enfrentar um serviço precário de transporte até as escolas da cidade...Crianças de 4 anos estão sendo transportadas por mais de 20 km sem monitor...Se garoar na cidade a condução não vem...Todos os dias tenho que ir à cidade, 32km distante, para ter acesso às comunicações...Apesar de ter em minha casa amplificador de sinal de celular a comunicação é precária e caríssima...Internet não posso contar...Tenho um vivo web que conecta só quando ele quer e nem abre e-mail!!!Mas a conta é mensal e chega religiosamente!!!Tem que gostar muito para morar na roça!!Meu marido é veterinário, eu sou zootecnista, minha filha formou em agronomia e os meninos estão indo pelo mesmo caminho...Tem que ter sido criado no campo para aguentar o tranco e gostar!!!
victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG
Paulo, as fazendas estão desabitadas, até os fazendeiros moram nas cidades, é um vai e vem estúpido e sem lógica nenhuma.Um govêrno com um pouquinho de inteligência faria gestões para promover o refluxo das cidades para o campo...Reativar as escolas rurais seria uma consequência deste retorno, bem como outras coisas como o aumento da produção agrícola familiar, com a volta dos meieiros de arroz e feijão, ajudando obviamenta no combate a inflação...A engorda de porcos ^"caipira" traria fartura pro campo que hoje está a míngua...Aliás esta raça foi quase toda abatida com a desculpa de peste suina, na década de 60, para introdução da raça PIG francêsa, raça híbrida que não deixa descendentes...Mas tá tudo muito bem, tá tudo muito bom...
Paulo Rogerio Santos de Souza Ivinhema - MS
Governo incompetente! Concordo com você Victor, esse governo deveria investir em nos produtores rurais, que carregamos o PIB desse Pais nas costas.
victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG
O Governo ao invés de jogar dinheiro fora com assentamentos, deveria sim, fazer uma reforma agrária junto com o pequenos e médios produtores rurais para incentivar o retorno de trabalhadores ao campo.Não haveria quase gasto, pois a terra já está legalizada, somente precisando de um apoio, inclusive reativando as escolas rurais...O refluxo traria benefícios tanto para o campo, como pras cidades...