Zezé di Camargo desmente participação no carnaval da Imperatriz e defende o agro brasileiro

Publicado em 10/01/2017 12:14

O cantor Zezé di Camargo divulgou, nesta terça-feira (10), uma nota esclarecendo a ligação de seu nome e de seu irmão, Luciano, ao desfile de carnaval da escola Imperatriz Leopoldinense, que este ano conta com o samba-enredo "Xingu, o Clamor que vem da Floresta". O tema gerou grande mobilização entre as lideranças do agronegócio brasileiro, uma vez que traz críticas ao setor e coloca o produtor rural de 'destruidor' do meio ambiente. 

Por meio de sua assessoria, a dupla afirmou ser mentira sua participação na interpretação do samba, como apontava o site www.rio-carnival.net, e como mostra a imagem a seguir. Além disso, a assessoria informou ainda que Luciano, durante o carnaval, estará fora do país. 

Os cantores, conhecidos também pela sua proximidade com o campo, foram homenageados pela escola no ano passado. 

Imperatriz Leopoldinense Carnaval 2017 - Rio Carnival.net

A seguir, veja a íntegra da nota divulgada por Zezé di Camargo:

De todas as minhas composições, uma me dá um orgulho especial: "Meu país". Escrevi em 1995 para falar deste nosso Brasil abençoado. “Aqui não falta sol, aqui não falta chuva, da terra faz brotar qualquer semente...” Se hoje o Brasil, que enfrenta uma crise mundial, tem força e "saúde” para lutar, a resposta está no agronegócio, que é a nossa mola propulsora, a engrenagem que dá certo diante de um país em que tantos setores têm sido atingidos  com as intempéries da economia. Por fazer parte, com uma fatia até pequena diante dos grandes deste universo do agronegócio, fiquei surpreso ao ser citado, ironicamente e de forma equivocada, pelo presidente do Sindicato Rural de São Gabriel Vice Presidente do Farsul.

Caro Sr Tarso Teixeira, também é ignorância afirmar o que não se tem conhecimento. Nunca fui convidado para ser o puxador do samba enredo da Imperatriz Leopoldinense. Nem eu nem o meu irmão Luciano. Tenho muito carinho pela escola que homenageou a minha família no ano passado. Mas não temos ingerência sobre temas que a Imperatriz possa criar e abordar. Se tivéssemos, garanto com toda a convicção, que mostraria aos membros da escola que a maneira como estão colocando o agronegócio não condiz com a realidade. O Brasil do presente e do futuro se faz com trabalho de produtores rurais. Do alimento às roupas, da água ao vinho, no transporte, no esporte, do Sul ao Norte...Até nas fantasias e nas alegorias, lá estão as mãos dos que trabalham com a matéria prima que produz mais que o sustento, enfrentando de vento a vento, de dia a dia, até participar da beleza de quem vai desfilar na Apoteose do Samba.

E como quem faz alegria vive de magia, é fato que não existe maldade na homenagem, mas falta de informação. Cabe então, a nós, simples mortais, porém que conhecemos este outro lado da moeda, mostrarmos para os criadores do samba, em tom de paz (não de guerra) que a nossa Terra se faz com a força e garra daqueles que produzem o espetáculo que reluz diante de meu Brasil gerado pelo agronegócio.

O Notícias Agrícolas, inclusive, ouviu o vice-presidente da Farsul e presidente do Sindicato Rural de São Gabriel, Tarso Teixeira, sobre o assunto. No link abaixo, confira a íntegra da entrevista, de 5 de janeiro:

>> Sindicato do RS questiona participação de Zezé di Camargo e Luciano na gravação do samba enredo da Imperatriz Leopoldinense

Confira abaixo posicionamento das lideranças do agronegócio sobre o tema:

>> Lideranças do agro repudiam samba enredo da Imperatriz Leopoldinense

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Apareceram algumas pessoas aqui no área de comentários dizendo que os produtores não devem se importar tanto com o samba enredo da Imperatriz Leopoldinense... mas vou dizer porque devemos dar importancia a esse assunto. Alguém aqui acredita que os carnavalescos do Rio de Janeiro se importam com os indigenas? É óbvio que não..., eles vão usar uma festa para incutir no povo um "sentimento".... Vocês já tiveram a mesma percepção que eu quando veêm um pastor Valdemiro, ou o Lula chorando? Sabemos que é falso, que Valdemiro não faz milagres e Lula não se importa com pobre, mas o sentimentalismo exagerado, demonstrado publicamente, faz com que muita gente acredite.... A Imperatriz poderia fazer um carnaval inteligente, mostrando a realidade, a verdade, mas não, prefere a mistificação do indio sofredor, e como sofrem os caciques indo até a Europa fazer discursos vitimistas!!!. Compreendem como esses personagens são predadores da miséria? É festa, mas a Imperatriz vai contar a estória do homem mau -- o agricultor e seus agrotóxicos. Por que a falsificação da realidade? O sentimentalismo falso? É preciso manipular os sentimentos do público de forma que a sociedade, ou parte dela, se torne agressiva com os produtores rurais???. Ao mesmo tempo fortalece as instituições públicas e entidades públicas que em última instância são as mais interessadas na manutenção do "status quo" indigena... Se nos recusamos a aceitar a narrativa, automaticamente somos colocados no rol dos homens que não prestam, enquanto os detratores ficam na categoria dos homens virtuosos. O que pretendem essas pessoas? Mostrar ao mundo que uma usina hidrelétrica, que foi construida de maneira errada, está acabando com o estilo de vida milenar dos indigenas? Tenham a santa paciência!!!. Inventam todo tipo de mentira, mas o ápice da encenação só ocorre se houver morte, a prova definitiva da destruição dos indigenas do Xingú... O homem branco, o colonizador, o homem mau que chega para acabar com a paz e com o sossego de um estilo de vida edílico, bucólico, o paraiso na terra... Por que será então que vejo mulheres Guaranis com seus filhos pequenos, espalhadas pelas calçadas de Balneário Camboriú? Corta o coração, pois preferem ficar vivendo de esmolas nas ruas do que voltar para as aldeias. Por que será, hein? Somos nós os culpados? Morrem de fome os indigenas no Brasil, e os ideológicos, os falsos, acusam quem produz os alimentos que alimentam inclusive os indigenas. Somente os intelectuais e os juizes do STF acham lindo os pobres estarem sujeitos à toda sorte de perigos na selva, ao invés de poder comprar franguinho no supermercado. Os portugueses vieram e trouxeram o cristianismo para integrar o indio ao progresso, o cristianismo nos tornou irmãos, mas parece que vive melhor quem vive da mistificação.

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    • adegildo moreira lima presidente medici - SC

      Como sempre teu comentário é lúcido e realista, certa feita eu estava comentando com um indígena que morava em uma aldeia que a política indigenista estava ao meu ver, totalmente errada, eu acabaria com a Funai e todos estes órgãos cabides de emprego que fazem mais mal que bem para os índios e para os indígenas deixaria duas opções, ou viveriam nas reservas do jeito que melhor entendessem, sem qualquer interferência do branco ou poderiam se integrar na sociedade, sendo que neste caso a união pagaria um salário mínimo mensal por toda vida, para facilitar o processo de adaptação. O índio sorriu e disse: se eles fizessem isto não ficaria quase ninguém nas aldeias, todo mundo viria para as cidades, pois lá só os caciques tem vantagens!!!

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sim sr. Adegildo, as pessoas perderam a noção do certo e do errado. A verdade continuará sendo verdade mesmo que a maioria esmagadora diga que não. Esses filantropos da benevolência acreditam que a "estimativa" que fazem do sofrimento dos indios é a verdade e nada mais falso que isso, é uma máscara para a mais completa indiferença com o sofrimento alheio. Em caixa alta dizem, viva o indio, viva não sei o que, aos berros e depois ao som de batucada, para incutir na massa uma opinião, um sentimento, que depois se transformará em agressividade contra os que de alguma maneira não participem desse "sentimento", entre aspas por que falso. Muitos falaram bem aqui, quem não compartilhar da opinião dos sentidos será execrado, será submetido à uma manipulação pela ameaça. É assim que a esquerda faz politica e manipula o povo. Fazendo-o acreditar que quem não compartilha certas opiniões e "sentimentos" não presta. É a psicologia do oprimido, construida em cima de mentiras e falsos sentimentos para manipular a opinião pública.

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    • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

      Este desencontro porque vive o Brasil tem uma causa que na minha opinião se encontra entre as dezenas de ONGs que atuam livremente em nosso pais...Organizações Não Governamentais, mas que efetivamente então Governando para o desgoverno...De acordo com os interesses elas funcionam como uma espécie exércitos ocupantes em nosso território, sem dar um tiro vão desestabilizando o poder do governo, agindo em todas áreas inclusive quem sabe,na segurança, combalindo-a para que prepostos assumam definitivamente o poder...O PT foi um exemplo bem óbvio, deixaram roubar desde que os interesses externos fossem beneficiados, encheram tanto o rabo de dinheiro que deram um basta até começar tudo novamente...A dita revolução mesmo, seria de uma maneira mas os generais da dita Sorbonne deram o golpe...A coisa é antiga e o coroamento deste trabalho, digno dos mestres de Harvard está acontecendo agora...

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