Aprosoja é contra o projeto de lei que restringe exportação de commodities do Mato Grosso

Publicado em 05/05/2020 15:32 e atualizado em 05/05/2020 17:52

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) é contra o PL 349/2020, de autoria do deputado estadual, Wilson Santos, que estabelece um limite quantitativo global de 50% para realização de exportação de commodities, como a soja e o milho. Isto porque qualquer tipo de intervenção estatal no fluxo do comércio local ou internacional pode ser extremamente prejudicial e irreversível, ainda que somente durante a excepcionalidade da pandemia do COVID-19.

Falar que vai faltar alimentação básica no Estado, por causa do volume exportado das commodities não tem fundamento, até porque Mato Grosso sempre foi superavitário na produção para seu consumo interno. Na atual safra, por exemplo, o Estado vai produzir quase um terço da produção nacional, tanto de soja, quanto de milho.

Além do mais, Mato Grosso sequer teria capacidade industrial para processar 50% do milho e da soja dentro do próprio Estado, especialmente no caso da oleaginosa, onde a capacidade estadual de processamento é de 31% de toda produção.

Com isso sobraria mais produto internamente o que, consequentemente, derrubaria os preços dos produtos para os produtores rurais. Estes sim, arcariam com todo prejuízo.

A Aprosoja não é contra a industrialização estadual. Aliás, exportar produtos agregados traria mais divisas para o Estado. Todavia, para isso, haveria necessidade de um robusto plano de governo de incentivos para atração de indústrias, já que Mato Grosso está muito distante dos centros consumidores, com uma logística desfavorável.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Aprosoja MT

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

2 comentários

  • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

    O referido Projeto de Lei é absolutamente coerente com o "espírito de porco" reinante na Assembléia Legislativa do MT. Literalmente não surpreende em nada essa proposta. O que até hoje não se verificou nessa "Casa do Povo" do Mato Grosso é uma atitude honesta por parte dos seus digníssimos parlamentares no trato do dinheiro público e na proteção dos interesses dos contribuintes.

    Há anos que se verifica nessa Assembléia a impregnação de um núcleo de corrupção, má versação de recursos e, o que é pior, com vários mandatos renovados de políticos inúteis arrolados em delações premiadas, processos criminais e uma série de outras bandalheiras.

    Nada que um Deputado Estadual faça, absolutamente nada, consegue justificar, ainda que com muita generosidade, o seu CUSTO EFETIVO. Nenhum Deputado ou Vereador gera Benefício Real que justifique minimamente o seu Custo.

    Generalizo essa afirmação de forma a ofender de propósito e desafio a qualquer um, seja Político ou Cidadão, que demonstre tecnicamente que estou errado.

    Já passou da hora dos PRODUTORES RURAIS se unirem aos EMPRESÁRIOS e ao Povo decente do Mato Grosso, e do resto do Brasil, para criarem uma onda do tipo Tsunami, com o objetivo de revogar e proibir a remuneração de VEREADORES, DEPUTADOS ESTADUAIS e suas assessorias.

    Tratam-se de atividades que podem muito bem serem exercidas sem remuneração (probono), o que definitivamente não acarreta qualquer prejuízo para a "Democracia".

    A Assembléia Legislativa do MT e dos demais Estados da Federação, bem como todas as Câmaras de Vereadores do Brasil, são verdadeiros sumidouros de dinheiro público, arrecadado e desviado escandalosamente para pagar a sujeitos sem a menor serventia.

    O POVO precisa acordar de uma vez e tomar vergonha na cara. Os impostos precisam ser destinados a cobrir às necessidades reais e não a manter uma classe de inúteis, ladrões e idiotas que só sabem inventar impostos.

    Político não é Profissão, assim como o Mandato Parlamentar não é um Negócio, apesar da esmagadora maioria atuar como se fosse.

    A Assembleia Legislativa do Mato Grosso custa por ano quase R$ 1 bilhão., Esse valor poderia ser muito melhor aplicado na melhoria dos salários de Professores, Policiais e Enfermeiros (Educação, Segurança e Saúde), além de investimentos nas áreas destes servidores, pois são as atividades essenciais do Estado.

    Nenhum Deputado ou Vereador nesse País apresentou um Projeto de Lei ou conclamou o Povo pela redução dos seus salários a fim de gerar sobras de caixa para enfrentar a Crise.

    Considerando que o Dinheiro é um recurso escasso, quando destinado a um Vereador ou Deputado irá subtrair ou faltar diretamente para a aquisição de um leito hospitalar, máscara, respirador, medicamento ou salário de um médico/enfermeiro.

    Portanto, Senhores Políticos, da Esquerda, do Centro e da Direita, sob a ótica da correta alocação dos recursos, afirmo com a maior tranquilidade que os valores que lhes são pagos contribuem decisivamente para a ocorrência de MILHARES DE MORTES todos os anos, o que os transforma em AGENTES GENOCIDAS devido ao PARASITISMO exercido sobre o erário público.

    2
    • Merie Coradi Cuiaba - MT

      Não poderia ter lido nada melhor!!! Ficaria contente se isto começasse nos municípios de menos de 10.000 eleitores; vereadores sem salários, ... sem vice-prefeito... limitação de numeros de secretarias. Tudo isto é possível, basta a população querer. Bora gente!!!!

      1
    • Americo Cardoso Fernandes Jesuítas - PR

      Cortar o salario de Deputados não é difícil..., bastar cortar os benefícios, tipo auxilio paletó, aluguel de apartamento, engraxate, salários para assessores, gasolina, restaurante, e por ai vai...

      Os benefícios tem um valor de 5 a 6 vezes a mais que o salario que eles recebem...

      0
  • Elvio Zanini Sinop - MT

    O deputado deve ser mal informado sobre o potencial produtivo do Estado de Mato Grosso..., Lembrando, o Brasil tem 235 milhoes de habitantes ... enquanto o Mato Grosso não tem 4 mi de hab..., portanto é impossível faltar alimento para tão pouca população.. .pensem nisso companheiros...

    1