Reunião de validação apresenta proposta para Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) do milho no Amazonas
Foi realizada na quarta-feira (15/07) reunião para a validação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para o cultivo de milho no estado do Amazonas. A reunião, realizada virtualmente, foi uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Embrapa e Banco Central e teve como objetivo repassar os resultados das pesquisas e análises que vão nortear o Zarc no Amazonas. Participaram do encontro representantes da Secretaria de Produção Rural do Estado do Amazonas (Sepror), do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), de secretarias municipais ligadas à agricultura, além dos pesquisadores da Embrapa envolvidos no trabalho.
Segundo Balbino Antônio Evangelista, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, o Zarc é uma ferramenta desenvolvida para auxiliar o produtor rural no planejamento e execução de atividades agrícolas. Além disso, de acordo com o pesquisador, é fundamental para a aplicação de políticas públicas como o Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro), o Seguro Rural e para a concessão de crédito agrícola. Evangelista informou que a metodologia do Zarc apresenta os períodos mais indicados para o plantio do milho em cada município do estado, levando em consideração o clima, os tipos de solos e os ciclos das cultivares registradas no Mapa e recomendadas para o Amazonas. “Com isso, nosso objetivo é diminuir os riscos e contribuir para o aumento da renda do produtor com a cultura do milho”, ressaltou.
Na reunião, que foi mediada por Issac Cohen Antônio, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, foram apresentados mapas com as condições para o plantio durante todo o ano, para cultivares de milho de ciclo precoce, intermediário e tardio. Esses mapas, segundo o pesquisador Aryeverton Fortes de Oliveira, da Embrapa Informática Agropecuária, indicam os períodos mais indicados para o cultivo e também os períodos em que há mais riscos, levando em consideração a necessidade hídrica nas quatro fases de desenvolvimento do milho.
Segundo Inocêncio Junior de Oliveira, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, na maior parte do Amazonas o período de seca vai de julho a setembro, geralmente. Por isso, o Zarc levou em consideração que esses períodos de menor oferta hídrica não devem coincidir com os momentos de desenvolvimento da planta e de enchimento de grãos, por exemplo. “Aqui no Amazonas temos que levar em consideração também que a colheita não pode coincidir com os períodos de muitas chuvas, o que pode afetar a produtividade”.
Após essa reunião de validação, os pesquisadores envolvidos no Zarc vão se reunir para formatar o documento final que será entregue ao Mapa até o dia 30 de julho. Após análise, o Zarc é publicado no Diário Oficial e no site do Ministério da Agricultura contendo a relação de municípios indicados ao plantio e seus respectivos calendários de plantio ou semeadura. Atualmente, os estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático contemplam 40 culturas, sendo 15 de ciclo anual e 24 permanentes, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária, alcançando 24 unidades da Federação.
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