Setor de Agricultura e Alimentação na China ficam pressionados em agosto

Publicado em 10/08/2020 11:30

Junto com o ressurgimento regional dos casos de Covid-19, as recentes inundações na China e a escalada das relações EUA-China exerceram mais pressão sobre a indústria de Alimentação e Agricultura da China, segundo relatório divulgado pelo Rabobank. As enchentes impactaram tanto o consumo quanto a produção nas regiões afetadas. Nessa situação, os preços de alguns produtos, como soja, milho e carne suína, continuarão elevados. Casos recentes de Covid-19 levaram à reimposição de medidas de quarentena nas regiões afetadas. 

Segundo o banco, a recuperação dos serviços de alimentação e do consumo institucional será mais lenta do que o esperado, se o vírus continuar ressurgindo no restante de 2020 e 2021. Os consumidores continuarão a direcionar seus gastos para o varejo alimentar, pois esperam um período prolongado de incerteza financeira.

Os principais destaques de agosto são:

- Os mercados domésticos de fertilizantes e agroquímicos permanecem fracos na entressafra. O mau tempo no sul da China está afetando o consumo, e os preços devem permanecer fracos, devido ao excesso de oferta e fraca demanda.

- Apesar da recente escalada das tensões EUA-China, a China ainda está comprando grandes quantidades de produtos agrícolas dos EUA, especialmente soja e milho.

- Os preços dos suínos se recuperaram fortemente em julho, principalmente devido à escassez de oferta, e os preços dos suínos devem flutuar em níveis elevados em agosto. As inundações são um grande fator de oscilação para o repovoamento do rebanho nos próximos meses, pois trazem maiores riscos de doenças.

- Os preços das aves continuam fracos, e a demanda por aves provavelmente vai melhorar um pouco no 2S, devido à recuperação esperada no foodservice.

- As incertezas geopolíticas podem levar cada vez mais a China a se voltar para o crescimento da oferta de lácteos.

- A demanda de Foodservice precisa de mais tempo de recuperação e o crescimento da entrega de alimentos e a integração online para offline estão se acelerando.

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Fonte:
Rabobank

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