ABAG lança position paper sobre inovação e competitividade no agronegócio

Publicado em 14/03/2023 16:04
Ao completar 30 anos, a entidade reitera seu compromisso em contribuir para que o agro siga pujante, se fortalecendo ainda mais dentro e fora do país e promovendo inovação em favor da competitividade

A inovação tem sido cada vez mais importante para o agronegócio brasileiro manter sua posição de liderança no cenário internacional. Para oferecer uma visão global sobre como os princípios de inovação e competitividade estão sendo trabalhados pelo setor, a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), por meio de seu Comitê de Inovação, promoveu uma pesquisa junto ao mercado nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023, resultando na elaboração do Position Paper: Visão da Inovação e da Competitividade do Agronegócio.

O documento desenha a conjuntura, os desafios e as mudanças no cenário de inovação e competitividade do agronegócio, atualizando as informações obtidas em 2020. Desse modo, a ABAG pretende ampliar o debate sobre os impactos do agro nos diferentes setores da sociedade e nas cadeias globais de valor, em especial na correlação com a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável, as mudanças climáticas, a implementação de novas tecnologias e o equilíbrio do poder econômico.

Ao completar 30 anos de história e de atividades importantes para o desenvolvimento do agro nacional, a ABAG reitera seu compromisso em contribuir com o setor ao lançar o Position Paper: Visão da Inovação e da Competitividade do Agronegócio. A entidade seguirá trabalhando na defesa dos interesses de toda a cadeia de produção, do apoio às iniciativas públicas e privadas, da proposição de ideias, do estímulo à inovação, da criação de novas iniciativas e do fortalecimento de parcerias para que o agro siga com seu protagonismo global.

Para nortear a atuação da ABAG e do setor no sentido de estimular a inovação e ampliar a competitividade, foram desenvolvidos quatro drivers principais.

O driver Pesquisa ↔ Inovação conta com cinco norteadores: a inovação para maior produção e maior competitividade frente aos custos e regulações cada vez mais restritivas; o setor se tornar uma referência de agrotecnologia, exportando know-how e inovação; ampliação do fomento voltado para aquisição de ferramenta e equipamentos inovadores; maior conectividade no campo; e considerar as realidades distintas no país ao desenvolver tecnologias.

Para contribuir com essas sugestões, a ABAG atuará para que o escopo do incentivo à inovação englobe tecnologias produtivas e maquinários para agricultura de precisão, e a criação de novas ferramentas de gestão, governança, fomento financeiro, bancos de dados e compartilhamento de informações.

Em Gestão ↔ Educação, a sugestão é alinhar universidades, empresas de inovação e agroempresas para um trabalho conjunto de transformação da educação voltada para o agronegócio, levando os tópicos relevantes de inovação, competitividade e realidade do campo para as grades curriculares e centros de pesquisa acadêmica. Para a isso, a ABAG conta com o ABAGLab, a fim de buscar, apoiar, acelerar e ampliar iniciativas e eventos de inovação aberta, educação e empreendedorismo, sendo um verdadeiro hub de inovações nas cadeias produtivas do agro.

Dois norteadores foram elencados em Brasil ↔ Mundo: a integração entre a iniciativa pública e privada para desenvolver soluções para os principais gargalos do agro, e o fortalecimento da representatividade internacional, por meio de um trabalho das entidades de classe. A ABAG seguirá se posicionando sempre que for necessário e atuará como o interlocutor entre os diversos stakeholders, para embasar as decisões do poder público e de entidades internacionais.

Em relação ao Agro ↔ Meio Ambiente, é necessário enfatizar a sustentabilidade como um valor agregado e diferencial para o agro nacional. Para isso, o setor deve mostrar a redução dos impactos ambientais da atividade agropecuária e agroindustrial aos mercados interno e externo. Nesse sentido, a ABAG continuará a promover o trabalho de defender os interesses do setor dentro e fora do país, e a atuar em prol de políticas públicas coerentes com essa realidade, especialmente, em temáticas específicas como plantio direto, redução das emissões de gases de efeito estufa, rastreabilidade, iLPF, entre outros.

Position Paper: Visão da Inovação e da Competitividade do Agronegócio auxiliará para que o setor inove cada vez mais, gerando valor para o país e para a sociedade, ampliando a oferta de alimentos, fibras e bioenergia, elevando, desse modo sua competitividade, integrada à sustentabilidade.

Sobre a pesquisa

A pesquisa da ABAG mensurou a importância de diversos fatores que impactam o agronegócio e as agroempresas brasileiras, incluindo startups e scaleups, e contou com a participação de diversos setores da sociedade. Especificamente no agro, destaque para a área da pecuária (54%) e de grãos (21%). Do total de respondentes, 24% pertencem ao mercado, 16% estão na academia, 15% atuam em instituições governamentais, e 10% na indústria e 7% são produtores rurais.

O principal desafio para a competitivida­de do agronegócio, segundo 85% dos participantes, é a infraestrutura do país, seguido pelos efeitos das mudanças climáticas e das regulações e políticas públicas. No caso dos gargalos internos, destaque para a necessidade de melhorar a gestão e governança das empresas do setor. A pesquisa apontou ainda a necessidade de melhoria nas políticas e incentivos públicos, especialmente por meio da educação.

Em termos de avaliação global dos temas da pesquisa, o fator humano foi considerado o mais relevante para a inovação e competitividade. Mais da metade dos participantes apontaram que não é possível ter competitividade sem Pesquisa & Desenvolvimento e um perfil inovador na empresa. Contudo, a falta de recursos ainda é um gargalo para tornar a organização mais competitividade, junto com a gestão de custos e produtividade.

Para 60% dos respondentes, o fortalecimento, competitividade e a inserção em cadeias globais de valor dependem principalmente da pesquisa e da promoção comercial internacional. Além disso, o engajamento de startups e agroempresas pode ser produtivo em questões de competitividade, ganho de eficiência, produtividade, escala, empreendedorismo e novos modelos de negócio.  As organizações se mostraram mais abertas a parcerias para experimentação e desenvolvimento de projetos pilotos.

Quanto às tendências, a percepção é de que a inovação deverá permear toda a cadeia produtiva. Para 60% dos respondentes, as principais tendências são agricultura de precisão, inteligência artificial, equipamentos autônomos, aplicativos e softwares de gestão. Também foram citadas tecnologias ligadas à rastreabilidade como o blockchain e a agricultura verticalizada.

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Fonte:
ABAG

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