Até silos de grãos de segunda mão alimentam leilões

Publicado em 03/02/2009 14:53

As agroindústrias estão recorrendo mais aos leilões eletrônicos para se livrarem de seus ativos de segunda mão, sobretudo máquinas agrícolas. Na semana passada, o grupo Cosan, o maior produtor de açúcar e álcool do Brasil, colocou em leilão três tratores e dois carros de passeio que pertenciam à usina da Barra, instalada na cidade de Barra Bonita (SP). Nesta semana, será a vez da gigante americana ADM, que venderá desde máquinas agrícolas até silos de grãos.

Paulo Scaff , diretor-superintendente da Superbid , empresa que organiza leilões virtuais e presenciais, afirmou ao Valor que os volumes de leilões envolvendo as agroindústrias cresceram cerca de 40% nos últimos 12 meses. "Com a crise financeira, esse canal de venda ficou mais requisitado", afirmou ele.

Segundo Scaff, os preços dos ativos caíram 25% a partir de agosto do ano passado, quando a turbulência financeira se agravou no mercado internacional. "Os leilões são uma boa oportunidade para as indústrias que querem se desfazer de seus equipamentos usados." Outra vantagem é que os pagamentos dos produtos vendidos em leilões são à vista. "É uma oportunidade de levantar recursos em momento de escassez de crédito."

Pedro Mizutani, vice-presidente geral da Cosan, disse que os leilões virtuais são mais práticos que os presenciais. "No ano passado, colocamos em leilão equipamentos da usina Santa Luiza [unidade instalada na cidade paulista Motuca e que foi desativada], que tínhamos em sociedade com os grupos São Martinho e Santa Cruz. Como aquele leilão foi bem-sucedido, decidimos repetir a dose", afirmou o executivo. O grupo tem investido nos últimos meses na renovação de sua frota de máquinas agrícolas.

"Um dos tratores colocados à venda pela Cosan recebeu cinco ofertas", afirmou Scaff. De acordo com ele, os pequenos e médios agricultores são os principais participantes dos leilões envolvendo máquinas agrícolas usadas. "O grupo Votorantim colocou máquinas agrícolas florestais no leilão e teve uma grande procura por eles", disse

Na próxima semana, a Perdigão também venderá equipamentos de segunda mão. "Muitas indústrias optam por renovar seus equipamentos e máquinas. O custo de manutenção com os usados se torna caro", disse Scaff.


Fonte: Valor Econômico

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Valor Econômico

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