Até silos de grãos de segunda mão alimentam leilões
As agroindústrias estão recorrendo mais aos leilões eletrônicos para se livrarem de seus ativos de segunda mão, sobretudo máquinas agrícolas. Na semana passada, o grupo Cosan, o maior produtor de açúcar e álcool do Brasil, colocou em leilão três tratores e dois carros de passeio que pertenciam à usina da Barra, instalada na cidade de Barra Bonita (SP). Nesta semana, será a vez da gigante americana ADM, que venderá desde máquinas agrícolas até silos de grãos.
Paulo Scaff , diretor-superintendente da Superbid , empresa que organiza leilões virtuais e presenciais, afirmou ao Valor que os volumes de leilões envolvendo as agroindústrias cresceram cerca de 40% nos últimos 12 meses. "Com a crise financeira, esse canal de venda ficou mais requisitado", afirmou ele.
Segundo Scaff, os preços dos ativos caíram 25% a partir de agosto do ano passado, quando a turbulência financeira se agravou no mercado internacional. "Os leilões são uma boa oportunidade para as indústrias que querem se desfazer de seus equipamentos usados." Outra vantagem é que os pagamentos dos produtos vendidos em leilões são à vista. "É uma oportunidade de levantar recursos em momento de escassez de crédito."
Pedro Mizutani, vice-presidente geral da Cosan, disse que os leilões virtuais são mais práticos que os presenciais. "No ano passado, colocamos em leilão equipamentos da usina Santa Luiza [unidade instalada na cidade paulista Motuca e que foi desativada], que tínhamos em sociedade com os grupos São Martinho e Santa Cruz. Como aquele leilão foi bem-sucedido, decidimos repetir a dose", afirmou o executivo. O grupo tem investido nos últimos meses na renovação de sua frota de máquinas agrícolas.
"Um dos tratores colocados à venda pela Cosan recebeu cinco ofertas", afirmou Scaff. De acordo com ele, os pequenos e médios agricultores são os principais participantes dos leilões envolvendo máquinas agrícolas usadas. "O grupo Votorantim colocou máquinas agrícolas florestais no leilão e teve uma grande procura por eles", disse
Na próxima semana, a Perdigão
também venderá equipamentos de segunda mão. "Muitas indústrias optam por renovar
seus equipamentos e máquinas. O custo de manutenção com os usados se torna
caro", disse Scaff.
Fonte: Valor Econômico
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