Aprosoja RS e Sindicato Rural de Júlio de Castilhos emitem notas de repúdio sobre aula "Defender a Vida, Combater o Agronegócio" na UFPel liderada pelo MST
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A Aprosoja RS (Associação dos Produtores de Soja e Milho dos Rio Grande do Sul) e o Sindicato Rural de Júlio de Castilhos emitiram notas de repúdio depois que o deputado estadual Adão Pretto (PT-RS) esteve na UFPel (Universidade Federal de Pelotas) para uma aula inaugural para a Turma Especial de Medicina Veterinária cujo tema era "Defender a Vida, Combater o Agronegócio".
"É inadmissível que uma instituição pública de ensino superior, custeada com recursos de toda a sociedade brasileira, promova desinformação e ataque frontal a um dos setores mais pujantes e estratégicos da economia nacional, o agronegócio", afirmou o sindicato.
A Aprosoja complementou dizendo que percebe "que o MST e demais entidades estão tentando, com esse discurso, deslegitimar ou criminalizar o agronegócio. Isso deve ser visto como um ataque ao desenvolvimento nacional e ao futuro do país. O agro é parte da solução, nunca do problema".
a UFPel também se manifestou e, em sua nota, fala de pluralidade e compromisso com a formação cidadã e crítica de seus estudantes. "Nesse mesmo espírito de compromisso, a UFPel ressalta que atividades recentes, como a Aula Inaugural da VI Turma Especial de Medicina Veterinária do PRONERA, refletem o espírito de debate e pluralidade que caracteriza a vida universitária, em sintonia com sua longa trajetória de formação de profissionais críticos e comprometidos com diferentes setores da sociedade".
Em junho, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) já havia promovido na UEM (Univbseridade Estadual de Maringá) a 4ªJornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA) com a mesma temática: "Defender a Vida, Combater o Agronegócio".
Abaixo, confira as notas na íntegra da Aprosoja RS, do sindicato de Júlio de Castilhos e da UFPel.
Aprosoja RS
"A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Rio Grande do Sul repudia, veementemente, toda ação ou discurso que incentiva o combate ao agronegócio no Braisl.
O agronegócio brasileiro é uma das bases da economia nacional, responsável por gerar emprego, renda e desenvolvimento em todas as regiões do país, além de garantir segurança alimentar para milhões de brasileiros e contribuir de forma significativa para as exportações.
Reforçamos que ataques infundados ao setor não apenas desrepeitam o trabalho de todas as famílias que vivem da atividade agropecuária, como também enfraquecem a imagem do Brasil no cenário internacional.
Percebemos que o MST e demais entidades estão tentando, com esse discurso, deslegimitar ou criminalizar o agronegócio. Isso deve ser visto como um ataque ao desenvolvimento nacional e ao futuro do país.
O agro é parte da solução, nunca do problema".
Sindicato Rural de Júlio de Castilhos
"O Sindicato Rural de Júlio de Castilhos/RS vem a público manifestar seu mais veemente repúdio à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pela realização de chamada XII Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, cujo lema divulgado é "Defender a vida, Combater o agronegócio".
É inadmissível que uma instituição pública de ensino superior, custeada com recursos de toda a sociedade brasileira, promova desinformação e ataque frontal a um dos setores mais pujantes e estratégicos da economia nacional, o agronegócio.
O setor agropecuário é responsável por mais de 25% do PIB brasileiro, pela geração de milhões de empregos diretos e indiretos, pela balança comercial positiva do país e, sobretudo, pela segurança alimentar da população. Atacar o agronegócio é atacar a produção de alimento, a renda de milhares de famílias do campo e o desenvolvimento econômico do Brasil.
O produtor rural não se mede pela extensão de sua terra, mas pela grandeza de sua contribuição. Seja cultivado em pequenas áreas ou administrando vastas propriedades, todos possuem a mesma relevância: produzir com responsabilidade, garantir o alimento que chega à mesa das famílias, gerar emprego e sustentar a economia nacional. O valor do produtor está na sua dedicação diária e no compromisso inabalável com o desenvolvimento do país.
O Sindicato Rural de Júlio de Castilhos reafirma seu compromisso com a verdade, com o diálogo e com a produção responsável e sustentável, repudiando toda e qualquer tentativa de manipulação ideológica que busque criar uma falsa dicotomia entre agricultura familiar, reforma agrária e agronegócio. Todos têm espaço e importância na construção de um país mais justo e próspero.
Por isso, exigimos da Universidade Federal de Pelotas respeito ao princípio da imparcialidade acadêmica, transparência no uso dos recursos públicos e responsabilidade institucional na condução de debates que envolvem o futuro do agronegócio brasileiro".
Nota da UFPel sobre a aula inaugural da Turma Especial de Medicina Veterinária
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) é uma instituição pública, plural e comprometida com uma formação crítica de seus estudantes e atenta aos desafios da atualidade. Conquistamos mais de R$ 11 milhões para o projeto “Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis para a Cadeia Produtiva do Arroz: do campo à mesa”. A iniciativa, realizada em parceria com mais de 30 empresas e entidades, busca soluções para a produção de um alimento essencial ao país e reforça o compromisso da instituição com a ciência, a inovação e o desenvolvimento.
Nesse mesmo espírito de compromisso, a UFPel ressalta que atividades recentes, como a Aula Inaugural da VI Turma Especial de Medicina Veterinária do PRONERA, refletem o espírito de debate e pluralidade que caracteriza a vida universitária, em sintonia com sua longa trajetória de formação de profissionais críticos e comprometidos com diferentes setores da sociedade. É na universidade em que os projetos de sociedade são debatidos a partir das mais diferentes tendências conceituais e assim se buscam perspectivas para fomentar o desenvolvimento em seus diferentes contextos.
Há mais de vinte anos, a UFPel mantém uma parceria com o PRONERA, programa executado pelo INCRA e MDA, em parceria com o MEC, voltado a oferecer educação formal a trabalhadores e trabalhadoras rurais assentados da reforma agrária, contribuindo para a democratização do acesso ao ensino superior e formando profissionais de excelência que hoje atuam em diferentes regiões do país, assim como ocorre com os egressos de todos os demais cursos da instituição.
Com mais de 100 cursos de graduação e 48 programas de pós-graduação, a Universidade é um espaço plural que atua em diversas áreas do conhecimento, entre elas as Ciências Agrárias. Cursos como Agronomia, Zootecnia, Engenharia Agrícola e Medicina Veterinária desenvolvem pesquisas e parcerias que contribuem tanto com a agricultura familiar quanto com o agronegócio, reconhecendo a importância de todos os segmentos para o desenvolvimento do Brasil.
A UFPel reafirma seu compromisso com a pluralidade de ideias e a formação cidadã de seus estudantes. Cumprimos, assim, nossa função social: formar profissionais críticos, capazes de analisar e debater temas relevantes e complexos para a sociedade brasileira, entre eles os modelos de produção no campo, sempre orientados pelo interesse público e pelo respeito à diversidade de perspectivas.
1 comentário
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Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC
Se isso for real, a que papel asqueroso se prestam nossas universidades!
A luta e' contra as pessoas eficientes que tem sucesso e crescem no tamanho da area e consequentemente de agronegocio---Os produtores de sucesso precisam se esconder cada vez mais---A propriedade ao invez de uma matricula precisa ter quatro o cinco----Propriedades grandes estimulam a inveja,,,,, e' preciso se esconder ficar bem perto da agricultura familiar-----O MST e' constituido de bandidos, protegidos pelo governo e pela giustiça,, o unico jeito e' se esconder e nao chamar atençao