Assembléia é desocupada, mas greve continua na BA; oito outros estados em alerta. Eis o custo da demagogia de Lula...

Publicado em 09/02/2012 08:29 e atualizado em 19/08/2013 12:31
por Reinaldo Azevedo, de veja.com.br

Assembléia é desocupada, mas greve continua na BA; oito outros estados em alerta. Eis o custo da demagogia de Lula e da campanha eleitoral de Dilma

Os policiais militares desocuparam a Assembléia Legislativa na Bahia, mas, por enquanto, a greve continua. Em nove dias, já são 146 homicídios na Grande Salvador. Como afirmo aqui desde o primeiro dia, o número evidencia que algo de muito errado se passa com a política de segurança do governador Jaques Wagner (PT), com ou sem greve. O problema está longe de ser resolvido. Além da Bahia, há forte mobilização em outros oito estados: Rio, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Alagoas. Um bobão aí afirmou que fico criticando Jaques Wagner, mas ignoro a razão real da mobilização: a PEC 300. Ignorante é ele! Fui o primeiro a tratar deste assunto agora e antes. Escrevi a respeito anteontem e, mais importante, tratei do assunto no dia 10 de novembro de 2010.

Relatei em detalhes quem armou esse gatilho. O principal responsável é o senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Ao assinar a MP 426 reajustando os vencimentos da PM do Distrito Federal — a conta cai nas costas da União —, armou um evento público, com milhares de pessoas e, na prática, incitou os policiais do Brasil inteiro a pedir equiparação com o DF. Republico o vídeo.

Prestem atenção a cada palavra do demagogo. Reconheceu que a reivindicação se espalharia Brasil afora, alertou que alguns estados não teriam condições de arcar com o custo, mas também deixou claro que ele próprio seria um militante da causa. O deputado Arnaldo Faria de Sá achou uma boa idéia a equiparação e mandou ver na PEC 300 sem levar em consideração o que isso significaria no caixa dos estados. Alertado, introduziu um mecanismo que joga na conta da União o que os estados gastarem a mais com a equiparação. Aí foi a vez de o governo federal refugar e passar a trabalhar contra a PEC 300.

Mas atenção! Na campanha eleitoral, já demonstrei naqueles dois textos, a turma ligada a Dilma Rousseff, a exemplo de Jaques Wagner, passou a fazer proselitismo na porta de quartel e espalhou Brasil afora que Serra era contra a PEC 300 — sugerindo-se, pois, que Dilma era a favor.

Jaques Wagner não foi o único petista a dar piscadelas para gente armada, não! O elemento principal da agitação tem nome:  Lula. Dilma tem culpa subsidiária, uma vez que sua campanha deu a entender que, com o PT, a PEC 300 teria futuro. Ora, tão logo chegou ao poder, a Soberana passou a mobilizar a sua base no Congresso para boicotá-la.

É assim que se arma uma grande confusão. E é assim que o povo paga o pato pelas bobagens feitas por políticos. A greve na Bahia, com seus quase 150 mortos só na Grande Salvador em nove dias, é o chamado “custo demagogia”. Lula, Dilma e os petistas no geral decidiram se comportar como vivandeiras. Deu nisso aí.

Por Reinaldo Azevedo

 

Há menos de dois anos, Lula descia o sarrafo nas privatizações. Em quais? Em todas!!!

Ok, todo mundo sabe como é essa gente e conhece as falácias de seu discurso. Mas não custa, à luz das privatizações dos aeroportos, com 80% de financiamento do BNDES para empresas estrangeiras — não estou criticando, não; os petistas é que deveriam fazê-lo se tivessem um pouquinho de vergonha na cara —, ouvir trecho do discurso do Apedeuta em março de 2010, ano eleitoral, em Cubatão. Volto depois.

Voltei
Voltei só para chamar a atenção para uma mentira factual dentro da mentira política: JAMAIS HOUVE QUALQUER TENTATIVA DE PRIVATIZAR O BANCO DO BRASIL. Quanto às outras mentiras… Bem, que verdade restou no discurso petista?

Por Reinaldo Azevedo

 

Eduardo Suplicy, o falso abestado, recita versos de Wando no Senado, faz digressão sobre calcinhas e se solidariza com Rita Lee, que atacou a PM em Sergipe

 Por que falar do senador  Eduardo Suplicy (PT-SP)? Porque, por incrível que pareça, há quem dê bola a este senhor. Ele participa em São Paulo de um enredo sórdido, que tenta colar na Polícia Militar a pecha de uma corporação que abriga estupradores, num enredo prá lá de surrealista. Não obstante, a acusação, fragilíssima, foi parar nos jornais e nas TVs.

Suplicy, já escrevi, tem o ar apalermado, mas palerma não é. Busca os holofotes. Sempre! Conseguiu, assim, eleger-se três vezes senador por São Paulo. Não tentem buscar uma única proposta sua em defesa do Estado. Não há! Ao contrário: neste momento, ele se empenha em satanizar umas das Polícias Militares mais competentes do país.

Ele aprontou mais uma. Resolveu homenagear o cantor Wando, que morreu nesta quarta. Até aí, vá lá — quando Villa-Lobos se foi, por comparação, o Brasil deveria ter praticado suicídio coletivo. Declamou trechos de músicas e fez uma digressão sobre calcinhas, tentando explicar o que o próprio Wando nunca tentou. Vocês podem imaginar o resultado. Suplicy já desfilou com um cueca vermelha no Senado por cima do terno — ao menos isso. Hoje foi a vez das calcinhas.

Poderia ter parado por aí. Mas ele não tem limites. Resolveu também homenagear Rita Lee. É aquela senhora que desferiu há dias, no palco, alguns xingamentos contra policiais militares presentes a seu show em Sergipe. Os PMs estariam importunando alguns maconheiros. Rita pediu que se retirassem, chamou-os de “filhos da puta” e recomendou que fumassem um baseado. Acabou detida e solta logo depois.

A propósito: Rita Lee deveria ter marcado um show em Salvador nos últimos 9 dias. Parte dos PMs está em greve. Mais de 130 pessoas morreram assassinadas. Mas os maconheiros não devem estar sendo importunados por ninguém. Ela poderia subir no palco sem PMs para importuná-la.

Considerem o momento por que passa a Bahia, com o risco de a crise da PM se alastrar por outros estados. Suplicy achou que era um bom momento para exaltar Rita Lee, a que chamou os policias de “filhos da puta”.

Eis um senador da República. É tão responsável quando homenageia as pessoas como é quando as ataca, a exemplo da operação indigna em que está metido contra a polícia de São Paulo. Poderia ser apenas um homem ridículo. Mas já vimos que ele também pode ser perigoso.

Leiam reportagem de Iara Lemos, no Portal G1:
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O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) declamou no plenário do Senado na tarde desta quarta-feira (8) versos de uma canção do cantor e compositor Wando. O músico morreu na manhã desta quarta, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, no Biocor Instituto, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde estava internado desde 27 de janeiro.

Na homenagem que prestou ao músico, Suplicy lembrou a vida de Wando, desde o apelido que ganhou da avó até o começo na vida musical, em meados dos anos 70. “Então, tantas pessoas cantaram: ‘Eu quero me embolar nos seus cabelos, abraçar seu corpo inteiro e morrer de amor, de amor me perder’”, declamou o senador da tribuna. Suplicy recordou como o cantor começou a ter a fama de “o cara das calcinhas”.

“Ao longo da década de 80, Wando consolidaria a reputação, como ele mesmo dizia, de ‘obsceno, o cara da maçã, o cara das calcinhas’. Por que cara das calcinhas? Porque eram tantas as moças que jogavam calcinhas em direção a ele, durante seus shows, que ele simplesmente resolveu passar a colecionar calcinhas”, afirmou o senador. Na análise do senador, com a morte do cantor, a música romântica fica enfraquecida. “Nosso povo gosta das histórias da vida amorosa de pessoas comuns, em situações reais [...] Com a morte de Wando, a música romântica perde um de seus ícones”, lamentou.

Rita Lee
Suplicy também aproveitou a sessão para prestar homenagem à cantora Rita Lee, que na semana passada se envolveu em um conflito com policiais durante seu show de despedida dos palcos, em Sergipe. O senador recuperou a trajetória musical da cantora, e lembrou a prisão de Rita Lee em 1976, quando estava grávida.

“Em agosto de 1976, aos três meses de gravidez, Rita é presa em sua própria casa, sob a acusação de porte de drogas, num dos fatos de truculência explícita mais revoltantes da ditadura que vinha dominando o Brasil desde 1964″, disse. “Você vai deixar um vazio até que outra mulher, ou eventualmente algum homem, possa criar uma arte para os jovens que no mundo todo estão dando seu sangue por um mundo mais humano”, disse o senador.

Por Reinaldo Azevedo 

 

Agora são os oficiais da PM da Bahia que ameaçam entrar em greve “contra a humilhação”

Por Fabio Guibu e Fraciliano Rocha, na Folha:
Oficiais da PM da Bahia se reunirão hoje em Salvador para decidir se entram em greve em solidariedade ao movimento iniciado por seus subordinados em 31 de janeiro. A Associação dos Oficiais avalia que a categoria está sendo “humilhada” e “impelida” a aderir à paralisação. Os oficiais reclamam do tratamento dado pelo governo Jaques Wagner (PT) aos soldados e sargentos grevistas.

“Estamos sendo impelidos a aderir”, disse o diretor da associação, major Copérnico Mota da Silva, que critica o cerco imposto há quatro dias pelas forças federais aos grevistas que invadiram a Assembleia Legislativa do Estado. Ainda segundo o oficial, há na categoria um “sentimento doloroso e de indignação” por ver “colegas serem humilhados”. “Não temos mais paciência de ver isso de braços cruzados”, afirmou o major. Um grupo de tenentes se reuniu ontem no auditório do IML (Instituto Médico Legal) para discutir a adesão. Sob condição de não terem os nomes revelados, quatro deles confirmaram à Folha a intenção de entrar em greve.
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Por Reinaldo Azevedo

 

PM do Rio decide hoje se entra em greve, e líder é preso, acusado de incitar crime militar

No Estadão:
 
O cabo do Corpo de Bombeiros do Rio Benevenuto Daciolo foi preso administrativamente ontem à noite, pelo prazo de 72 horas, ao desembarcar na capital fluminense. Ele voltava da Bahia e escutas telefônicas revelaram sua participação em movimento para estender a greve para outros Estados. A detenção foi informada pela mulher do bombeiro, Cristiane Daciolo.

 

Gravação divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, mostra o cabo articulando um levante para pressionar o Congresso Nacional pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300 de unificação dos salários dos militares em todo o País.

O secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros fluminense, coronel Sérgio Simões, pediu à Justiça Militar a prisão do cabo pelo crime de incitamento, previsto no artigo 155 do Código Penal Militar. Ele responderá por “incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar”. A pena prevista é de 2 a 4 anos de prisão.

Cristiane disse que o marido foi levado para o Quartel Central dos Bombeiros, no centro do Rio. Na noite de ontem, o governador Sérgio Cabral (PMDB) encaminhou carta ao governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), solicitando cópias das gravações para “tomar as providências cabíveis para manutenção da ordem pública no Estado do Rio”.

Daciolo foi um dos líderes do movimento grevista no Rio, no ano passado. “Qual a possibilidade de nós conseguirmos passar no segundo turno na semana que vem?”, pergunta Daciolo, sobre a votação da PEC. Em outro diálogo, com uma mulher, o cabo recebe orientações para estimular a greve na Bahia e impedir acordo. A greve ganharia novos contornos aos chegar ao Rio e afetar o carnaval. “Daciolo, Daciolo, presta atenção: está errado fechar negociação agora, antes da greve do Rio”, alerta a mulher, que sugere a ele voltar à cidade. “Vou voltar”, rebate ele.

Efeito cascata
O movimento grevista de policiais e bombeiros do Rio tem um dia decisivo hoje, com a realização de uma assembleia unificada das categorias na Cinelândia, no centro da cidade. Associações de militares e familiares também ameaçam greve em outros sete Estados. “Elas são ensaios para uma paralisação nacional pela aprovação da PEC 300″, diz o coronel PM da reserva Adalberto Rabelo.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Planalto aborta visita de Dilma a obra da Transnordestina ao constatar abandono

Por Tânia Monteiro, noEstadão:
Grades de proteção para afastar a multidão, toldos e um palanque foram desmontados às pressas na manhã de quarta-feira, 8, depois que a presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem a Missão Velha, no sertão do Cariri, divisa do Ceará com Pernambuco, porque o palco da festa fora montado num trecho de obra paralisada da ferrovia Transnordestina. O Planalto abortou a escala da presidente no local para evitar constrangimentos, diante da constatação de abandono da obra.

O Estado percorreu alguns trechos da obra em Missão Velha, que seria visitada nesta quinta-feira, 9, por Dilma. As cenas relembram o abandono já constatado pela reportagem do jornal em dezembro, quando percorridos trechos da transposição do Rio São Francisco. Na quarta-feira, ao inspecionar obras do projeto no Nordeste, Dilma afirmou que quer “obras controladas”.

Na ponte 01 de Missão Velha, que está sendo construída, apenas quatro empregados foram encontrados trabalhando no local, pouco antes das 10 horas da manhã, 24 horas antes da visita da presidente. O trecho é de responsabilidade da Odebrecht.

No meio do caminho da estrada de terra que liga Juazeiro do Norte a Missão Velha, a reportagem cruzou na quarta-feira com um caminhão que transportava as grades que seriam usadas na montagem do palanque da cerimônia com a presidente Dilma.

Segundo o representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Ceará (Sintepav) no Cariri, Evandro Pinheiro, dos 813 funcionários que estavam empregados no início de dezembro, nos três trechos de obras da Transnordestina, restam hoje apenas 190. Nas obras da transposição, no Ceará, a situação é ainda pior: dos 1.525 trabalhadores registrados em novembro restaram só 299 em Mauriti, município visitado por Dilma ontem.
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Por Reinaldo Azevedo

 

A imprensa brasileira virou o “Crodoaldo Valério” da Dilma, a “Venturosa do São Francisco”

A imprensa, com as exceções de praxe, beija a mão da

É realmente espantoso! Vive-se um momento único de imbecilidade e imbecilização da política. Dilma Rousseff, a presidente da República, foi transformada em ombudsman do próprio governo. A peça de humor da hora diz respeito às obras de transposição do São Francisco, que estão atrasadas — em muitos trechos,  paradas mesmo.

No governo Lula, essa área estava sob o supergerenciamento da supergerente superpoderosa Dilma Rousseff, a “Venturosa do São Francisco”, assim como estavam  os aeroportos. Era a “Pitonisa de Cumbica” que cuidava de tudo. Com os resultados conhecidos. Pois bem.

Conforme vocês podem ler em trecho de uma reportagem do Portal G1, no post anterior, a “Fabulosa de Brasília” foi visitar as obras. E mandou brasa:
“Agora, nós queremos resultado. Nós negociamos, nós resolvemos os problemas técnicos que haviam, e agora queremos resultado e isso será cobrado. Eu cobro do ministro, o ministro cobra dos funcionários do Ministério da Integração, e nós todos vamos cobrar daqueles que estão executando as obras em parceria conosco, que são as empresas privadas e o Exército”.

Ela deve ter dito “haviam” mesmo… Não tenho motivo nenhum para duvidar. Notem que ela transforma o governo num simples cliente que contratou o marceneiro ou o pedreiro, e estes, para não variar, atrasaram a obra. Ela mesma não tem nada com isso. Como também não tem com os sete ministros demitidos sob suspeita de corrupção. Dilma, a “Suprema do Planalto”, é só aquela que demite — nem parece que foi ela quem nomeou…

Compra-se tranqüilamente a versão de que Dilma é uma chefe durona, que põe a máquina pra funcionar. Põe? Só em creches, ela ficou devendo, no ano passado, quase 1.700 das 6 mil prometidas até 2014. Não entregou nenhuma até agora! Mas isso também não é com ela… Sabem como é a máquina, né?

Eu poderia sugerir que alguma reminiscência da escravidão transformou Lula no nosso nhonhô e Dilma na nossa Iaiá, mas acho que seria pura sociologice tomando o lugar da política. Estamos mesmo diante de uma versão carnavalizada, tropical e despotencializada do velho culto à personalidade, típico dos fascismos e do comunismo. Afinal, eles são os “companheiros” que zelam por nós. Se governantes de outros partidos não cumprem o que prometem, são incompetentes ou falastrões, e um monte de ONGs e movimentos sociais petistas vão ficar pegando no seu pé e pautando a imprensa — não é Oded Grajew? Quando isso se dá no governo de um companheiro, a culpa só pode ser de terceiros:  das empresas privadas, do Exército, do FHC, dos “503 anos de colonização” (como sabem, o Brasil só se tornou independente no dia 1º de janeiro de 2003).

Que coisa! O maior ativo político de Dilma são os sete demitidos sob suspeita de corrupção e a máquina emperrada, na qual ela dá pitos. Nada, em suma, prova mais as virtudes da “Magnífica do Jornalismo Adesista” do que a soma,  no governo, da incompetência com a corrupção.

Não é, Crodoaldo Valério?

PS - Há uma diferença entre o Crodoaldo, criado pelo competente Aguinaldo Silva, e esses setores da imprensa a que me refiro. A personagem soma à sua subserviência uma certa inocência infantil. Neste grupo de que falo, inocência não há.

Por Reinaldo Azevedo

 

Dilma diz que cobrará empresas por atrasos na transposição do São Francisco

Ai, ai. Agora é pra valer. Dilma virou ombudsman no próprio governo. Leiam o que informa Luna Markman e Tai Nalon, no Portal G1 . Volto no próximo post.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (8) que os atrasos nas obras de transposição das águas do Rio São Francisco já foram solucionados por parte do governo e que agora cobrará resultado da iniciativa privada.

“Agora, nós queremos resultado. Nós negociamos, nós resolvemos os problemas técnicos que haviam, e agora queremos resultado e isso será cobrado. Eu cobro do ministro, o ministro cobra dos funcionários do Ministério da Integração, e nós todos vamos cobrar daqueles que estão executando as obras em parceria conosco, que são as empresas privadas e o Exército”, disse Dilma durante visita às obras do Projeto de Integração da Bacia do São Francisco em Pernambuco.

Dilma visitou em Floresta o lote 13 das obras de transposição do rio, que é parte do Eixo Leste do projeto, que vai do município até Monteiro (PB). Esse canal tem 287 km e a obra, iniciada em agosto de 2007 e com prazo original de término para o final deste ano, está 71% concluída. Com o atraso, a nova previsão é que só fique pronto em dezembo de 2014.

Já o Eixo Norte, também visitado por Dilma nesta quarta, percorrerá 426 km de Cabrobó (PE) ao Ceará e está 46% concluída. A previsão de conclusão é para dezembro de 2015. “Nós não atrasamos os pagamentos, nós sempre pagamos em dia e escutamos os pleitos. E aqueles que nós consideramos tecnicamente justificáveis o ministro aceitou. Ele fez um processo de renegociação que é praticamente uma reengenharia e, a partir de agora, nós queremos, nós vamos cobrar metas, resultados concretos. Eu pretendo sistematicamernte a partir de agora observar os prazos”, disse após citar que fará o acompanhamento das obras online.

“O cronograma está mantido, que foi negociado com a presidente Dilma em agosto do ano passado, e nós vamos, a partir da contratação dos saldos remanescentes que vamos licitar de feveiro a junho, no valor de R$ 1,9 bi, ver se é possível antecipar alguns dos prazos que já foram acertados”, reiterou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que também acompanhou a visita. Mais tarde, em Juazeiro (CE), questionada sobre atrasos devido a revisões contratuais, Dilma disse que que “é óbvio” que houve “uma desmobilização” por conta disso. Segundo ela, o governo vai reunir-se com as partes envolvidas na execução das obras para acompanhar seu andamento.

“É óbvio que teve uma desmobilização em alguns momentos porque era necessário recompor as resoluções contratuais. Isso foi acompanhado pela CGU, pelo TCU, o ministro colocou todo seu empenho e agora estaos dando a partida”, disse. “Vou fazer uma reunião com os empresários que estão tocando [as obras e dizer] ‘Nós fizemos a nossa parte e vocês vão fazer a de vocês’. Isso significa prazo, isso significa ritmo adequado de obras”, completou.

A presidente visitou as obras de transposição  do Rio São Francisco nesta quarta acompanhada pelos governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, e do Ceará, Cid Gomes, além do ministro da Integração Nacional. A obra de transposição do Rio São Francisco tem investimento previsto de R$ 6,8 bilhões. A previsão é de levará água a doze milhões de pessoas que vivem em regiões de seca em Pernambuco, na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Ceará.

O projeto foi dividido em 14 lotes e a maior parte ficou com os consórcios das construtoras. Os trechos que ficaram sob a responsabilidade do Exército estão quase prontos. Neles, no ano passado, o avanço foi três vezes maior que o das empreiteiras no Eixo Norte e cinco vezes maior no Eixo Leste. Em Cabrobó (PE), os soldados finalizam a barragem de Tucutu. Quando tudo estiver pronto, os militares vão terminar de retirar as plantas de uma área que tem o tamanho equivalente ao de 480 campos de futebol e será transformada em um imenso reservatório com capacidade para acumular quinze bilhões de litros de água.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Ação contra repórter acusado de tentar invadir quarto de Dirceu é arquivada

Na Folha:
O 3° Juizado Especial Criminal de Brasília arquivou o processo no qual um repórter da revista “Veja” respondia por suposta tentativa de invasão ao quarto de hotel do ex-ministro José Dirceu. O caso ocorreu dias antes de a revista publicar reportagem, em agosto de 2011, sobre encontros de Dirceu com ministros do governo Dilma. Segundo a reportagem, o ex-ministro mantinha gabinete informal em hotel de Brasília, onde despachava com congressistas e membros do governo.

Na sentença, o juiz disse que, como a camareira impediu a entrada do repórter Gustavo Ribeiro no quarto de hotel, não houve a invasão. “Ante a atuação diligente da funcionária do hotel, a violação do bem jurídico em questão tornou-se impraticável”, diz a decisão de arquivamento. O juiz decidiu ainda que todas as provas sejam devolvidas ao hotel ou destruídas caso não sejam recolhidas.

O Ministério Público qualificou o caso como “crime impossível, por absoluta ineficácia do meio empregado”. A defesa de Dirceu discordou da decisão. “Houve a tentativa, e a lei prevê expressamente que é uma conduta punível. Mas somos vítimas, o titular da ação infelizmente é o Ministério Público, que deveria recorrer”, disse o advogado Hélio Madalena. Procurada, a “Veja” disse que não iria se manifestar.

Por Reinaldo Azevedo

 

09/02/2012 às 5:29

CNJ pode fixar regras para julgar juízes, decide STF

Por Felipe Seligman e Lucas Ferraz, na Folha:
Ao concluir ontem o julgamento sobre os poderes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter regras criadas pelo órgão a serem cumpridas pelos tribunais locais nos julgamentos administrativos contra seus magistrados. Entre elas, estão mantidas, por exemplo, a criação de um limite de 140 dias para a duração de todo o processo disciplinar contra um juiz ou de um prazo 15 dias para que o investigado apresente sua defesa prévia.

O fim do julgamento representa uma vitória para a corregedora do órgão, Eliana Calmon, cujo trabalho vem sendo criticado por supostos abusos, principalmente pelas associações representativas da magistratura. Durante três sessões, o Supremo analisou uma ação da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que pediu a suspensão de diversos pontos da resolução 135 do CNJ, que estabelece regras para o seu funcionamento. O relator da ação, ministro Marco Aurélio Mello, proferiu uma liminar no último dia útil do Supremo de 2011, suspendendo diversos pontos da resolução do conselho.

Por Reinaldo Azevedo

 

Papel contradiz ex-chefe da Casa da Moeda

Por José Ernesto Credendio, Andreza Matais e Natuza Nery, na Folha:
O ex-presidente da Casa da Moeda cobrou, por meio de um procurador, pagamentos para uma empresa no exterior que é acusada de ser ligada a esquema de corrupção na estatal.  A cobrança, à qual a Folha teve acesso, contraria versão de Luiz Felipe Denucci de que nunca movimentou dinheiro por meio dessa empresa, embora admita a sua existência. Denucci foi exonerado da Casa da Moeda após avisar ao Ministério da Fazenda que a Folha publicaria reportagem sobre supostas irregularidades na estatal.

O caso jogou no centro de uma crise o ministro Guido Mantega (Fazenda). Ele admitiu que manteve Denucci no cargo mesmo informado das denúncias. O papel obtido pela Folha mostra que Denucci cobra por um dinheiro que ele diz ser devido a uma empresa no nome de sua filha. A cobrança é feita à administradora de recursos WIT, de Londres, e data de setembro do ano passado.

O texto leva a assinatura de Jorge Gavíria, procurador de Denucci em Miami. Pede o “reembolso de fundos devidos” à Rhodes International Ventures e à filha de Denucci, administradora da “offshore”, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.”Confio que o senhor irá fazer contato comigo o mais breve possível para acertar os pagamentos”, diz o texto. A reportagem enviou cópia do documento a Gaviria para que ele o comentasse, mas ele não quis se manifestar. A WIT respondeu a ele, em novembro, com um documento no qual detalha todos os valores que diz ter movimentado para Denucci entre 2009 e 2011 e que somariam US$ 25 milhões.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Ordem na Bahia tem de ser restaurada; vandalismo de PMs é inaceitável; vandalismo ideológico de autoridades também

Vamos ao primeiro item da pauta nessa história da Bahia: a ordem tem de ser restaurada Ponto final! A greve, em si, como já escrevi umas quinhentas vezes, é inaceitável. Imaginem, então, com atos planejados de vandalismo. Mas não! Eu não vou abrir mão de apontar a escalada de vandalismo ideológico que resultou nesse desastre.

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, como informou Lauro Jardim no “Radar”, procurou as emissoras de televisão para pedir uma cobertura, sei lá como dizer, “serena”. Pelo visto, seus objetivos foram alcançados. Em nenhum momento se informou que Wagner era um notório pregador de porta de quartel.

Já demonstrei aqui, não é?
- Discursou em favor da greve em 1991. Mostrei o discurso. Publiquei a banda sonora.
- Discursou em favor da greve em 2001 e, junto com a bancada do PT, deu suporte à paralisação.

E eu tenho novas notícias sobre a facilidade com que Wagner atuava na porta de quartel. Vejam este filme da campanha de Geddel Vieira Lima, que disputou o governo da Bahia com Wagner em 2006. Ele faz referência à campanha anterior, de 2006. O grande aliado do atual governador na Polícia era justamente Marco Prisco. Vejam. Volto depois:

Voltei
Olhem aqui: eu não vou dizer, nem acho, que Wagner está provando do próprio veneno. Quem está sofrendo as conseqüências da greve, com mais de 130 mortos em nove dias, é o povo baiano. O que quero evidenciar — e a imprensa está sendo, para dizer pouco, benevolente com o governador — é que ele era um notório pregador de porta de quartel.

De resto, como se vê na matéria do G1 sobre as articulações da PM, a origem do imbróglio está na Emenda 300. E quem está na origem da Emenda 300 é Lula.

Um idiota escreveu num comentário:
“Você viu, os seus soldados estavam combinando crimes por telefone”.

MEU SOLDADOS?

NÃO, ERAM OS SOLDADOS DE JAQUES WAGNER,  QUE SE SENTIRAM TRAÍDOS PELO “LÍDER”.

Por Reinaldo Azevedo

 

Gravação revela que PMs grevistas da BA teriam planejado vandalismo

Do Portal G1. Comento no próximo post.
Conversas gravadas entre os chefes dos PMs grevistas na Bahia mostram acertos para realização de ações de vandalismo na cidade. As gravações mostram também articulações para que a paralisação se estenda ao Rio de Janeiro, a São Paulo e outros estados. Os PMs envolvidos negam participação em ações violentas.

O Jornal Nacional teve acesso a gravações feitas com autorização da Justiça de conversas de líderes dos movimentos grevistas da Bahia e do Rio de Janeiro.

No primeiro trecho, o presidente de uma associação que reúne bombeiros e policiais baianos, Marco Prisco, combina uma ação de vandalismo com um de seus liderados. Prisco nega ter participado de atos de violência.

Leia abaixo um dos trechos de conversa:
Prisco: Alô, oi. Desce toda a tropa pra cá meu amigo. Caesg e você. Desce todo mundo para Salvador, meu irmão… Tou lhe pedindo pelo Amor de Deus, desce todo mundo para cá…
- David Salomão: Agora?
Prisco: Agora, agora. Embarque…
David Salomão: Eu vou queimar viatura… Eu vou queimar duas carretas agora na Rio/Bahia que não vai dar tempo…
Prisco: fecha a BR aí meu irmão. Fecha a BR.

Em outra gravação, quem aparece falando é o cabo bombeiro do Rio de Janeiro, Benevuto Daciolo. Ele já foi candidato a deputado estadual no Rio e foi um dos líderes do movimento grevista da corporação no ano passado.

Daciolo conversa com um homem a quem ele classifica de “importantíssimo” a respeito de uma possível votação da PEC 300, a emenda constitucional que garantiria um piso salarial único para bombeiros e policiais de todo o Brasil. Nesta conversa fica claro que o objetivo é estender a greve de policiais e bombeiros a Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados com o objetivo de prejudicar o carnaval.

Dacilolo: Pergunta ao senhor que é pessoa importantantissima a respeito da nossa PEC…pergunto: qual é a verdadeira possibilidade de nós conseguirmos passarmos em segundo turno na semana que vem? Não sei se o senhor sabe. Eu estou com uma assembleia Geral amanhã no Rio de Janeiro, com a abertura de uma greve geral no Rio também, com probabilidade de não ter carnaval nem na Bahia nem no Rio esse ano. E São Paulo acho que está para dar uma resposta agora e os outros estados também. Nós acreditamos que, se tivesse uma resposta do governo, assinalando numa possibilidade de votação no segundo turno da PEC, acalmaria muito, muito o que está acontecendo na Federação.

Em outro trecho, o cabo Daciolo, que estava em Salvador, ouve de uma mulher uma recomendação para que tente influenciar o movimento dos grevistas baianos a não fechar um acordo com o governo. Segundo esta mulher, isto enfraqueceria uma possível greve no Rio.

Mulher: Daciolo, Daciolo, presta atenção. Está errado fechar a negociação antes da greve do Rio…
Daciolo: Tudo bem, tudo bem… sabe o que vou fazer agora??? Ligue para ele que eu vou embora daqui, não vou ficar mais aqui.
Mulher: Eles não querendo que você avalize um acordo antes da greve do Rio. Depois da greve do Rio, muda tudo. Sabe como você vai ajudar eles? Voltando para o Rio, garantindo aqui. O governo vai fazer uma propostinha rebaixada para vocês, vai melhorar um pouquinho esse negócio que eles colocaram. E acho…se vocês garantirem a greve aqui, a mobilização aqui, vocês vão ajudar eles a liberar o Prisco, a ter uma negociação…

Outro lado
Ouvido pela equipe do Jornal Nacional por telefone, o cabo Daciolo disse não se recordar da conversa gravada e alegou estar participando de um movimento pacífico na Bahia.

Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que as gravações comprovam que o movimento tem como objetivo gerar insegurança na população e provocar distúrbios que ameaçam a lei e a ordem. Para o governador, essas pessoas não representam o sentimento da maioria dos profissionais de segurança do estado.

Por Reinaldo Azevedo

 

Greve da Bahia - Petistas usam, ora vejam, avião da FAB para fazer política. Alguém aí está surpreso?

Por Eduardo Bresciani, na Agência Estado:
O líder do DEM na Câmara e pré-candidato à prefeitura de Salvador, ACM Neto (BA), reclamou da liberação de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o deputado Nelson Pellegrino (PT), também pré-candidato, e outros parlamentares aliados participarem de reunião com o governador petista Jaques Wagner. Pellegrino é coordenador da bancada baiana na Câmara e justificou o pedido do avião ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) dizendo que a reunião era para tratar da greve dos policiais militares. A oposição, porém, reclamou de não ter sido convidada.

“O deputado Nelson Pellegrino faz política com o uso do dinheiro público, já que utilizou um avião da FAB para prestar apoio ao governador. Espero que fatos como esse não se repitam porque o interesse coletivo deve ser colocado em primeiro lugar”, reclamou no plenário da Câmara o deputado ACM Neto. Ele destacou que Jutahy Magalhães (PSDB) e Antonio Imbassahy (PSDB) também não teriam sido chamados.

 

A assessoria do presidente da Câmara afirmou que a liberação do pedido é uma praxe em caso de “atividade parlamentar”. Ressaltou que a missão não tinha caráter oficial e que caberia a Pellegrino chamar os colegas. O deputado petista Amauri Teixeira (PT-BA) disse que deputados de diversos partidos foram chamados e criticou a oposição pela polêmica. “Não foi uma missão do PT, foi uma comissão representativa, constituída, às pressas, na emergência que merece o fato”. Pellegrino está retornando da reunião na Bahia e sua assessoria disse que não poderia comentar o caso.

Por Reinaldo Azevedo

 

Grupo fura bloqueio do Exército e se junta a grevistas na Bahia

Por Fábio Guibu e Graciliano Rocha, na Folha Online:
O reforço no bloqueio feito nesta quarta-feira pelas forças de segurança federais em torno da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, não surtiu resultado. Por volta das 20h, um grupo de 50 manifestantes, entre grevistas e apoiadores da paralisação da PM baiana, avançou em direção a uma barreira formada por soldados do Exército, numa tentativa de ficar na parte externa do prédio onde estão outros grevistas.

Usando o corpo, os soldados tentaram impedir que os manifestantes ultrapassassem o cordão de isolamento, mas uma parte do grupo conseguiu passar. Não houve agressões nem tiros de balas de borracha. Mas foram lançados jatos de gás de pimenta nos manifestantes. Quando os grevistas que estão acampados na porta da Assembleia viram o tumulto, correram em direção ao grupo que tentava ultrapassar a barreira, aos gritos de “Vem, vem”, contra os soldados, que, em seguida, pediram reforço da Polícia do Exército. O tumulto durou cerca de 20 minutos.

Antes do evento, o tenente-coronel Márcio Cunha, assessor de comunicação do Exército, negou os rumores de que o general Gonçalves Dias estivesse sendo retirado do comando da operação militar.  Os rumores aconteceram em razão de o general não ter aparecido durante o dia no local das operações, após ter autorizado, no dia anterior, a entrada de suprimentos e medicamentos aos grevistas que invadiram a Assembleia. Outro motivo foi a comemoração que o militar fez ontem, de seu aniversário, quando recebeu um bolo de manifestantes.

TUMULTO
O clima ficou tenso na manhã desta quarta na área do entorno da Assembleia Legislativa. O Exército mudou a estratégia de atuação e está bloqueando a entrada de mantimentos para os manifestantes que estão acampados no prédio desde a semana passada. O fornecimento de energia também foi cortado. A comida havia sido liberada ontem devido ao avanço nas negociações. Desde a manhã de hoje, porém, as forças federais tentam impedir a entrada de alimentos também para as cerca de 300 pessoas que acampam, em apoio aos grevistas, do lado de fora da assembleia.

As tropas que cercam o terreno estão se movimentando, o que incomoda os manifestantes. O comando da operação também está guinchando carros dos acampados que estão no entorno da Assembleia e reforçou os bloqueios.

Por Reinaldo Azevedo

 

Senador chama Gilberto Carvalho de “safado” porque ministro anunciou disposição do PT de disputar influência com evangélicos

Por Márcio Falcão, na Folha Online:
Bastante exaltado, o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), usou a tribuna da Casa nesta quarta-feira para atacar o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Ele chamou o petista de “safado”, “camaleão” e “mentiroso” e ainda recomendou que ele “lave a boca com álcool”. Malta disse que o estopim foi uma declaração do ministro durante o Fórum Social de a próxima batalha ideológica seria com evangélicos que são conservadores, que têm uma visão de mundo controlada por pastores de televisão.

“Lave a sua boca com álcool seu Gilberto Carvalho. Você precisa aprender a respeitar as pessoas. Vá procurar sua turma. Está brincando com quem?”, questionou o senador, que é evangélico. Segundo ele, a fala foi um agrado de Gilberto aos participantes do fórum que são mais liberais e defendem o aborto. “Temos que reagir a fala irresponsável desse ministro meia-boca. Barriga não dói só uma vez seu cara de pau.”

Malta lembrou que apoiou a eleição da presidente Dilma Rousseff e que foi procurado por Carvalho para ajudar na campanha, especialmente no segundo turno, quando o debate eleitoral foi principalmente em torno da posição dos candidatos sobre o aborto. O senador disse que também ajudou a “dessatanizar” o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, quando foi eleito. O ministro foi chefe de gabinete de Lula e é um dos interlocutores do governo com a Igreja Católica, com segmentos religiosos e movimentos sociais.

Sugeriu ainda que a presidente pedisse que a bancada do PT tirasse o senador Walter Pinheiro (BA) da liderança do partido, uma vez que ele é envangélico. Ele disse que todos os evangélicos foram desrespeitados e que o ministro deveria ter consciência da importância desses religiosos para o país e para avanços em políticas públicas. “Quem mais tira drogado da rua nesse país são os evangélicos.”

O senador disse que vai sugerir a líderes religiosos que entrem na Justiça contra o ministro. “É um sujeito que nos bajula, mas não da para ouvir esse cara de pau falar e ficar calado. Mexeu no lugar errado.” A Folha não localizou o ministro para comentar o discurso do senador. A assessoria informou que ele estava em reunião.

Por Reinaldo Azevedo

 

Joguem nas costas do general; melhor do que nas de Dilma ou Wagner! Ou: No samba-enredo de Carnaval, os PMs em greve são os bandidos, e Wagner, o mocinho

Leiam o que informa o jornal “A Tarde”, da Bahia. Volto em seguida:
“Três fontes ligadas ao governo estadual dão como certa a saída do comandante da 6ª Região Militar, general Gonçalves Dias, que se confraternizou com PMs grevistas no dia de seu aniversário, após receber um bolo de presente. Um congressista baiano disse que a atitude causou constrangimento às Forças Armadas e tirou a autoridade do comandante das tropas que policiam Salvador. Outras duas pessoas ligadas ao governo admitem que ele deixará o posto, mas que ainda não recebeu comunicação oficial. O general perdeu a confiança de seus superiores. O Comando Militar do Nordeste, sediado em Recife, já estaria escolhendo o novo comandante.”

Comento
Escrevi um post sobre aquele episódio nesta manhã. Vale a pena ver.

Gonçalves Dias, mesmo comandando o cerco aos grevistas, tinha sido a nota de descontração e alívio de tensão num enredo absurdo, potencialmente explosivo. Deram-lhe o bolo. Era de bom tom que recebesse. Abraçou o manifestante e chegou a enxugar uma furtiva lágrima. Aí já passou da conta. Planta-se por aí que o Exército não gostou. Huuummm… Conhecendo a índole dos militares, que certamente não se sentem confortáveis ao reprimir outros homens de farda, quase colegas — as PMs são forças auxiliares das Forças Armadas, como reza a Constituição —, o mais provável é que Dilma e Jaques Wagner não tenham gostado. Por quê?

Gente que dá bolo de presente ao general e um abraço emocionado não pode ser assim tão má, né? No jogo dos protagonistas e antagonistas, a Wagner não ficou reservado o do mocinho. O que eu achei? O discurso que o militar fez afirmando que não haveria confronto é parte da guerra, como é a porrada, quando não resta alternativa. O choro e o abraço terno eram dispensáveis.

De todo modo, esses eventos foram irrelevantes para o andamento da coisa. Nada têm a ver com o impasse. A substituição do general, se confirmada, é só uma forma de achar um bode expiatório. A GREVE DA POLÍCIA MILITAR É INACEITÁVEL. Omitir a cadeia de responsabilidades que resultou no imbróglio é igualmente irresponsável. E dela fazem parte Lula, Dilma Rouseff e Jaques Wagner.

Gonçalves Dias era muito apreciado pelos petistas porque comandou, durante oito anos, o esquema pessoal de segurança de Lula em seus deslocamentos Brasil afora. No vídeo abaixo, vocês vão ver a solenidade de posse do general no Comando da 6ª Região Militar. Prestem atenção ao que diz Jaques Wagner.

Eis a grande virtude do general, segundo Wagner: “Quem cuidou do presidente Lula durante tanto tempo vai cuidar da Bahia e de Sergipe”.

Certo!

Por Reinaldo Azevedo

 

Os poucos policiais baianos que estão nas ruas estão em “greve branca” e não atendem a ocorrências

Por Diego Zanchetta, no Estadão Online:
Policiais militares que voltaram ao trabalho nas ruas de Salvador relataram ao Estadoameaças de colegas grevistas. Os poucos soldados que não estão mais parados foram colocados nesta quarta-feira, 7, pelo governo estadual perto de pontos turísticos como o Pelourinho e o Mercado Modelo. Eles dizem estar “orientados” pelo comando da paralisação a manter o que chamavam de “greve branca”.

Os PMs ficam o tempo todo parados dentro das viaturas, sem fazer qualquer ronda ou atendimento à população, como no caso das batidas entre automóveis ou tumultos provocados pelos constantes boatos que voltaram a fechar parte do comércio no centro de Salvador, como observou a reportagem. Por volta das 12h20, houve boato entre lojistas de que manifestantes haviam parado a Avenida Luís Viana Filho, a principal da cidade. Logo portas de lojas ficaram meia abertas na Avenida Sete de Setembro. Os quatro PMs que estavam em uma Parati no meio da praça observaram o princípio de tumulto sem sair de dentro do carro.

“Não podemos atender chamado de roubo de carro nem de batida entre automóveis. Quando nós voltamos ficou acertado que nós só ficaríamos dentro das viaturas. Ninguém pode descumprir essa ordem. Quem não cumprir vai ser depois perseguido dentro da corporação. Tem muita gente do comando dentro dessa greve meu amigo”, contou um soldado ao Estado, ao ser questionado pelo motivo de não ter saído do carro após a correria no centro. “Se a gente não ganhar a gratificação agora antes do carnaval depois o governador vai esquecer a gente”, contou outro soldado, que defende a paralisação, mas voltou a trabalhar “a pedido da chefia”.

Acidente
Ao lado do Farol da Barra, dois soldados observaram também sem sair da viatura uma colisão entre uma Meriva e um Corsa na altura do número 200 da Avenida Almirante Marques Leão, por volta das 15h30. Os soldados sequer foram checar se as duas mulheres do Corsa, que permaneceram dentro do veículo, estavam feridas. “Por sorte ninguém se machucou, foi só o prejuízo do carro mesmo”, disse logo após a colisão à reportagem a vendedora Cristiane Rose da Silva, de 27 anos, que dirigia o Corsa. O motorista da Meriva, o bancário Rosinaldo Gallo, de 44 anos, também não teve ferimentos.

Na Praia da Armação, a reportagem também foi conversar com dois cabos que estavam dentro de uma viatura em um posto de gasolina. Eles também argumentaram que receberam aviso do comando da greve “para não sair de dentro da viatura”. “Tenho dois filhos, não quero ser o herói de tentar proteger sozinho a população no meio da greve”, justificou de forma ríspida à reportagem um dos cabos.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

“Haddad é o candidato do kit gay”

Por Maria Clara Cabral, na Folha Online:
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) colocou, na porta de seu gabinete, em Brasília, um cartaz contra o ex-ministro da Educação e pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.

O cartaz está em uma parede chamada pelo deputado de “mural da vergonha” e diz que Haddad é o candidato do “kit gay”. O cartaz pergunta ainda: “As crianças de seis anos terão aula de homoafetividade nas escolas?”.

Questionado sobre o assunto, Bolsonaro disse que colocou “aquilo para quem tem vergonha na cara não votar no Haddad”.

“O pessoal de São Paulo tem que conhecer melhor o candidato, não só essa palhaçada do Enem”, diz o deputado referindo-se aos problemas na realização das provas do Enem quando Haddad comandava o Ministério da Educação.

Bolsonaro já fez diversos protestos contra o que chama de “kit gay”, material que seria distribuído em escolas para combater o preconceito contra homossexuais.

Por Reinaldo Azevedo

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

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