Ainda o caso Demóstenes, a vingança dos imorais e a turma do bobó de camarão com caipirinha

Publicado em 03/04/2012 11:20 e atualizado em 25/06/2013 16:34
por Reinaldo Azevedo e Lauro Jardim, de veja.com.br

Esta terça pode ser um dia decisivo para Demóstenes Torres (GO). É o prazo anunciado pelo DEM para que ele apresente as suas “explicações”. Tudo indica que o senador manterá seu silêncio, seguindo a estratégia do advogado que o defende. Se não pedir a desfiliação ou renunciar, é praticamente certo que o DEM o expulse. Há posts abaixo que tratam do assunto. Quero aqui me ater a outro aspecto, que chamo de vingança dos imorais, agora desreprimidos…

Por que o senador Demóstenes está prestes a ser expulso do DEM e pode perder o mandato? A resposta é simplíssima: porque o que veio a público de suas relações com Carlinhos Cachoeira sugere que ele não vivia conforme o credo que anunciava. Professava em público valores que, segundo indicam as conversas, não eram seguidos à risca pelo próprio arauto. Já escrevi aqui quão ruim isso é para a política e, obviamente, para a oposição.

Atenção! Não retiro uma linha dos vários elogios que fiz à atuação de Demóstenes no Senado. Ele tinha um desempenho correto e atento. Ou, então, digam por que não! Foi, aliás, o relator da Lei da Ficha Limpa na Casa — com a qual não concordo, mas que goza de grande prestígio. Até parlamentares da base do governo o reconheciam como sério e aplicado, ainda que discordassem dele.

Mas por que os blogueiros que jantam com José Dirceu na casa de Paulo Henrique Amorim estão em festa? Seria só porque um senador da oposição quebrou a cara? É claro que não! A oposição já é raquítica hoje, com Demóstenes e tudo. O governo Dilma sabe que não tem nada a temer a não ser, eventualmente, os grilhões do PMDB e um ou outro partido menor da base aliada. A turma que divide com o Zé bobó de camarão com caipirinha na casa daquele gigante do progressismo está celebrando outra coisa: “Ora, se até o senador Demóstenes caiu, e de maneira tão avassaladora, está provado que moral política não existe mesmo! Fica evidenciado que todos pecam. Mais ainda: os que mais falam em moral e retidão são os piores”.

É a vingança da imoralidade, vivendo seu momento de desrepressão. Eles não querem apenas ver Demóstenes morto politicamente. Isso, convenham, já aconteceu. Querem liquidar com a própria moralidade, como se todos os maus passos dados pelo senador na relação com Carlinhos Cachoeira fossem um desdobramento, uma consequência ou um apanágio da sua pregação e de sua atuação. E A VERDADE ESTÁ JUSTAMENTE NO OPOSTO: tudo o que ficamos sabendo dia após dia só nos diz que havia incongruência entre intenção anunciada e gesto. E é isso o que choca.

Não para a turma do bobó de camarão com caipirinha — aquele gigante não iria servir vinho caro pra “blogueiro progressista”, né? A cada um segundo a sua classe…

Que o senador Demóstenes arque com as consequências de suas relações com Carlinhos Cachoeira, mas atenção:
— isso não torna errada a pregação que o notabilizou; ao contrário: porque ela estava certa, ele está pagando um preço muito alto;
— isso não desculpa ou explica os mensaleiros; ao contrário: isso só nos diz da necessidade de dar andamento rápido àquele processo.

Pensem bem: que boa razão existe para que políticos da oposição flagrados em delito sejam calcinados com tamanha rapidez, e o processo dos 37 do mensalão se arraste JÁ POR SETE ANOS? Se o ministro Ricardo Lewandowski não agir rapidamente, talvez tenhamos outros sete pela frente…

Alguém dirá: “Ah, Reinaldo, são coisas diferentes, com ritos processuais distintos…” Oh, sim, eu sei. Sou razoavelmente aplicado na leitura de coisas da área. O problema é que mensaleiros e aloprados, para a sua sorte e infelicidade do país, nunca contaram com uma Polícia Federal diligente para fazer gravações, não é? Até agora, esse é um método que só foi testado com políticos de oposição.

Contra os fatos
O mais espantoso é ver que o Jornalismo da Esgotosfera Governista (JEG) vende para os trouxas que caem na sua conversa a falácia de que a imprensa estaria pegando leve com Demóstenes ou sendo menos exigente com o senador do que é com petistas, por exemplo. Mentira! Ao contrário: dado o que já vazou, o senador já não tem mais saída política. O país tem a lamentar, sim! A lamentar o quê? A perda do que se conhecia de sua atuação, não do que se ignorava!

As pessoas decentes que querem que Demóstenes pague por sua intimidade com Cachoeira o querem porque consideram que sua ação era incompatível com o seu discurso. Os que celebram com Dirceu o bobó de camarão e proclamam a sua inocência o fazem porque acreditam que suas práticas são compatíveis com seu discurso.

Não vejo ninguém a defender a atuação de Demóstenes — não essa que era desconhecida; uns poucos têm o bom senso de reconhecer que a sua atuação visível era correta, destemida até. Mas se vê a rede organizada que tem a cara de pau — e o bolso de ouro — de defender mensaleiros.

É a velha moral dessa gente: os adversários serão sempre criminosos, até quando são inocentes; já os da turma serão sempre inocentes, mesmo quando são criminosos. Demóstenes não conta com a sorte de ter admiradores assim. Os valores que ele pregava no Senado, que eram os corretos, não justificam o crime, o desvio ético e a promiscuidade política; os que o admiravam são os primeiros a puni-lo. Já os valores da esquerda, que dão ânimo aos mensaleiros, compõem a essência do próprio crime.

O caso Demóstenes, pois, não pode ajudar a livrar a cara dos mensaleiros, não! Tem é de colaborar para a punição exemplar.

Por Reinaldo Azevedo

 

Lula e Falcão debatem eleições com ex-deputado, cassado por corrupção e acusado pela PGR de ser “chefe de quadrilha”. Como diria Ideli, faz sentido, “meu amor”!

O senador Demóstenes Torres (GO) já está fora do DEM e é grande a chance de que perca o mandato. Mesmo que não aconteça, é evidente que sua reputação desmoronou. Já escrevi algumas vezes o quanto isso é ruim para a oposição e também para o país. Os valores que ele encarnava e a parte visível de sua atuação eram impecáveis. Detestável é o que foi revelado pelos grampos da Polícia Federal. Grampos que — sempre é preciso dizer tudo — são empregados com diligência contra políticos da oposição, mas nunca do petismo. Nesse caso, mesmo quando flagrados carregando uma mala de dinheiro, como aconteceu com Hamilton Lacerda, o aloprado que era assessor de Aloizio Mercadante, nada acontece. O inquérito, se bem se lembram, não chegou a lugar nenhum. Mas vamos seguir.

Tenho apontado aqui a frenética movimentação das franjas daquele troço que pretende se confundir com jornalismo — os blogueiros financiados por administrações petistas (das três esferas) e pelas estatais — para tentar provar que o mensalão nunca existiu. Como a compras da consciência inclui a vergonha na cara, a tese do momento é a de que o mensalão, vejam só!, foi uma invenção de Carlinhos Cachoeira e até de Demóstenes!!! E como isso teria acontecido? Como uma coisa implicaria outra? Bem, para isso, a canalha ainda não tem uma explicação verossímil. Mas nem é necessário. Quem cai nessa conversa não precisa de evidências, só da crença. É como esses malucos que acreditam que ETs visitam a terra e implantam chips no cérebro dos terráqueos: a prova de que é verdade é a ausência de provas, entenderam? Sigamos.

Demóstenes está fora do DEM e, tudo indica, da política — por muito tempo, se não for para sempre. As pessoas que ele conquistou com o seu discurso e com a sua prática conhecida não aceitam o que ouviram; não sabem explicar aquilo; não admitem aquelas atitudes. Já aquelas que José Dirceu conquistou admiram no seu líder justamente seus métodos! Ele foi cassado pela Câmara, sim, num primeiro momento de indignação da sociedade, mas continuou no PT. Mesmo formalmente fora da direção, é um chefão do partido. Na semana passada, dividiu bobó de camarão e caipirinha (existe Engov para enjoos morais?) com “blogueiros progressistas”. Ontem, informa o Globo, o Zé manteve um encontro mais maiúsculo. Segue informação do Globo. Volto em seguida:

Lula discute eleições de SP com ex-ministro José Dirceu e Rui Falcão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta segunda-feira com o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu e com o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão. Discreto, o encontro ocorreu na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, no início da tarde. Na pauta, os petistas discutiram o rumo das eleições municipais deste ano. Lula, que ainda faz tratamento de fonoterapia para melhorar a voz e a deglutição depois de um câncer na laringe, deve começar uma agenda de viagens por todo o país nas próximas semanas, depois de tirar alguns dias de férias com a família.
Apesar de não ter nenhum cargo na executiva petista desde que se envolveu no escândalo do mensalão, em 2005, Dirceu não deixou de ser um dos principais articuladores políticos do PT, tanto interna quanto externamente. O encontro com o ex-presidente reforça essa imagem, uma vez que Lula tem procurado os dirigentes petistas para se inteirar sobre o quadro eleitoral. Na semana passada, conversou por telefone com o presidente estadual da legenda, o deputado Edinho Silva, para conhecer a situação dos principais municípios paulistas.
Lula deverá agir para acertar as alianças nos principais mun
icípios do país, mas deve também buscar a pacificação em cidades onde o PT está dividido, como em Recife e Belo Horizonte.

Voltei
Parabéns aos eleitores e ex-admiradores do senador Demóstenes Torres (GO), que não engolem as conversas que ele manteve com Carlinhos Cachoeira. Já os que debatem eleições com aquele que a Procuradoria Geral da Repúbica chama “chefe de quadrilha” se autodefinem, não é mesmo?

Uma coisa é certa: Demóstenes não terá uma rede de “blogueiros progressistas” para defendê-lo. Nem de “blogueiros reacionários”. Nem de “blogueiros”, como é mesmo?, “livres como um táxi”. Tampouco haverá estatais para pagar o salário de uma súcia encarregada de fazer a sua defesa. “Ah, então impunidade para todo mundo, Reinaldo?” Uma ova! Punição para todo mundo! Inaceitável é que o dinheiro público patrocine páginas que fazem a defesa aberta de alguém acusado pela PGR de ser “chefe de quadrilha”. Indefensável é que um ex-presidente da República se dê a tal desfrute.

Mas, como diria Ideli Salvatti (ver posts abaixo), faz sentido, “meu amor”!!!

Por Reinaldo Azevedo

 

Notícias do fim do mundo - Trabalhadores da usina de Jirau incendeiam alojamentos

No Globo:
Um dia após anunciarem o fim da greve, trabalhadores da construção da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, atearam fogo a 30 dos 57 alojamentos do canteiro de obras na madrugada desta terça-feira. Ninguém foi ferido pelo fogo, mas um operário morreu de infarto durante o incêndio. Onze pessoas foram presas. Por causa do tumulto, o Ministério da Justiça autorizou o envio de mais homens da Força Nacional de Segurança para a usina, segundo informou a secretaria de Segurança Pública daquele estado.

O fogo começou por volta de 1h, mas as circunstâncias e os motivos da depredação ainda não foram esclarecidos. Acredita-se que os operários tenham incendiado primeiro os colchões dos alojamentos, que foram completamente destruídos. De acordo com a empreiteira Camargo Corrêa, a obra foi paralisada e 3 mil dos 7 mil trabalhadores estão sendo levados para a capital Porto Velho, a cerca de 130km da usina, por causa da falta dos alojamentos. A construtora - que classificou o incidente de “novos atos de vandalismo” - ainda não avaliou os prejuízos materiais do incêndio.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil do estado, Altair Donizete, acredita que o incêndio foi iniciativa de uma minoria de trabalhadores insatisfeitos com o acordo que encerrou a greve na segunda-feira ou até de intrusos:

- A proposta foi aceita por 95% dos trabalhadores, mas, de repente, os 5% que não concordaram chega a fazer uma coisa dessas. Mas também não sabemos se o fogo foi mesmo causado pelos trabalhadores. As alojamentos ficam perto de uma estrada, qualquer pessoa tem acesso a eles.

Havia 113 homens da Força Nacional de Segurança no canteiro de obras durante o incidente. A secretaria de segurança de Rondônia informou que o secretário da pasta, Marcelo Bessa, pediu na manhã desta terça ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o envio de mais tropas da Força Nacional para a usina.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Governo diz que pacote de estímulo à economia pode chegar a R$ 60,4 bilhões com as renúncias fiscais e novo aporte ao BNDES

Por Catarina Alencastro, Daniel Haidar e Eliane Oliveira, no Globo:

A equipe econômica refez as contas e concluiu que o megapacote de medidas para estimular a economia é ainda maior do que os R$ 57 bilhões calculados mais cedo. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o valor total das medidas chega a R$ 60,4 bilhões. Esse valor inclui não apenas desonerações anunciadas, como a redução dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas, mas também um aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional para o BNDES. As medidas do pacote foram anunciadas em cerimônia do Palácio do Planalto, com a presença da presidente Dilma Rousseff, empresários e ministros de governo.

Parte das desonerações serão compensadas por aumentos pontuais de tributos: “Desonerações com impacto no orçamento têm que ter compensação”, explicou o secretário do Tesouro. O secretário evitou dar detalhes sobre como serão os aumentos de carga tributária, mas adiantou que o governo vai aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bebidas frias. “O Brasil terá os estímulos necessários para continuar na trajetória de crescimento que temos tido nos últimos anos. O país pode crescer 4,5% esse ano e continuar nesse patamar nos próximos”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a solenidade.

O principal alívio ocorre na folha de pagamentos, com uma mudança na cobrança de encargos previdenciários em 15 setores econômicos (têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, autopeças, ônibus, setor naval, setor aéreo, bens mecânicos de capital, hotéis, tecnologia da informação, call centers e design house). Deixa de ser cobrada a contribuição patronal previdenciária de 20% sobre a folha salarial e um novo encargo previdenciário custará de 1% a 2% do faturamento de empresas desses setores. Receitas de exportações ficarão isentas e não serão contabilizadas na cobrança desse novo encargo previdenciário.

Quatro desses setores (confecções, couro e calçados, tecnologia da informação e call center) já pagavam contribuição sobre faturamento em vez de encargo na folha salarial desde o início do ano. A desoneração na folha de pagamento das empresas desses setores vai resultar em uma renúncia fiscal de R$ 7,72 bilhões por ano, sendo R$ 4,9 bilhões somente em 2012, já que as medidas só entram em vigor em julho. Esses setores terão ainda que recolher PIS/Cofins sobre as importações que fizerem.

No quadro acima, o Ministério da Fazenda informou a atual taxa de encargo previdenciário cobrada e a nova taxa fixada, que será efetivamente cobrada das empresas e reduzirá a arrecadação do INSS. Mas, segundo o governo, a diferença será coberta pelo Tesouro para garantir que as medidas não aumentem o rombo da Previdência. “Os trabalhadores serão beneficiados, porque com a redução, as empresas poderão contratar mais”, afirmou Mantega. O governo também deu um alívio para os setores que estão sendo mais prejudicados pela competição dos importados. Os fabricantes de autopeças, têxteis, confecções, calçados, móveis terão mais tempo para recolher o PIS/Cofins que deveriam pagar em abril e maio deste ano. O valor poderá ser recolhido em novembro e dezembro.

Nova dedução no Imposto de Renda
Outra novidade é que pessoas físicas e jurídicas poderão deduzir do Imposto de Renda as doações e patrocínios em favor de entidades associativas ou fundações dedicadas à pesquisa de tratamento do câncer. O impacto fiscal estimado é de R$ 305,8 milhões em 2013 e de R$ 337 milhões, em 2014. No novo plano, o governo também aproveitou para tirar do papel uma série de desonerações que estavam sendo prometidas há tempo e que vinham sendo adiadas pela equipe econômica. Foi lançado, por exemplo, o Plano Nacional de Banda Larga e também prorrogado o programa Um Computador por Aluno.

Ao anunciar o pacote, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ainda que o governo está agindo no câmbio e na área de defesa comercial, mas não anunciou nada novo. Ele fez questão de citar operações de controle aduaneiro que já vinham sendo implementadas pela Receita Federal. E fez o mesmo na área cambial. Mais uma vez, o ministro tentou segurar a queda do dólar no discurso: “O importante não são as medidas já tomadas, mas as que vamos tomar.”

Ele criticou o que chamou de “subsídio disfarçado”: a desvalorização de suas moedas praticada por outro países. “Todo mundo quer desvalorizar sua moeda para que seus produtos sejam mais baratos no mercado intencional. O subsídio cambial nada mais é que um subsidio disfarçado. O plano também prevê a manutenção da preferência para os produtos nacionais nas compras governamentais de medicamentos, fármacos, biofármacos, retroescavadeiras e motoniveladoras. Esses produtos terão prioridade e poderão custar até 25% mais caro em licitações.

BNDES recebe aporte de R$ 45 bilhões
O plano inclui um aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional ao BNDES. Com esses recursos, o banco vai aumentar linhas de financiamento para setores como o de inovação e também baratear suas taxas de juros. Pelas novas condições do programa, no caso do financiamento à produção local de ônibus e caminhões, por exemplo, a taxa de juro fixa cairá de 10% para 7,7%, e o prazo total estendido de até 96 meses para 120 meses. Além disso, a participação máxima do BNDES no investimento foi elevada, podendo chegar a 100% em alguns casos. Para bens de capital, a taxa de juro fixa para grandes companhias passou de 8,7% para 7,3% ao ano, e de 6,5% para 5,5% no caso da micro, pequena e média empresa. O prazo do financiamento continua em 120 meses.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Eis Ideli Salvatti, “meu amor”!

Quando a presidente Dilma Rousseff escolheu Ideli Salvatti para o Ministério das Relações Institucionais, escolhia também um método de argumentação, uma, digamos assim, inteligência. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto depois:

Ideli nega responsabilidade por compra de lanchas pelo Ministério da Pesca

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta terça-feira, 3, que não pode dizer “se foi um equívoco ou não” a compra de 28 lanchas-patrulha pelo Ministério da Pesca, que é alvo de suspeitas levantadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Parte do pagamento do contrato de R$ 31 milhões à empresa Intech Boating foi feito sob a gestão de Ideli no ministério.

Como o Estado revelou na semana passada, a Intech Boating doou R$ 150 mil ao comitê eleitoral do PT em Santa Catarina, que financiou 81% dos custos da campanha de Ideli ao governo estadual. Questionada hoje por jornalistas se a compra das lanchas não teria sido um equívoco, Ideli respondeu: “Meu amor, eu não posso dizer se foi um equívoco ou não. Quando cheguei ao ministério, tomei todas as providências no sentido de agilizar que as lanchas fossem utilizadas, entregues, fossem repassadas. Não posso me responsabilizar”. O comentário foi feito depois do lançamento do pacote com medidas de estímulo à economia, no Palácio do Planalto. Em entrevista ao Estadão, o ex-titular da Pesca Luiz Sérgio disse que a aquisição foi um “malfeito”.

Ideli voltou a afirmar nesta terça que a doação da empresa ao Partido dos Trabalhadores “foi legal”. “A contribuição (doação) foi legal, feita ao comitê estadual do PT, a minha conta de campanha foi aprovada por unanimidade, o comitê estadual repassou recursos para todos os candidatos do PT de Santa Catarina. Eu tô muito tranquila, a hora que eu for acionada vou prestar os esclarecimentos”, disse a ministra. “No relatório do TCU não há uma única citação à minha pessoa. Não tenho nada a ver com aquilo”, afirmou Ideli.

Voltei
Pois é… Sempre que leio as palavras dessas almas delicadas do petismo para explicar as suas lambanças - como eles são rigorosos, Deus meu! -, sinto, assim, o frêmito de quem se vê diante da moral e em estado bruto… Não! Eu quis dizer da “moral em estado puro”, é evidente.

Veja bem, “meu amor”: as lanchas foram, na hipótese benigna, havendo uma, um “erro” em si. Por quê? Não poderiam ser utilizadas com o fim a que se destinariam, a vigilância, porque o Ministério da Piaba não tinha competência para tanto. O outro “erro” foi escolher a empresa de um petista para o fornecimento dos equipamentos - sem licitação, naturalmente. E o terceiro “erro” consistiu em receber a doação dessa mesma empresa para a campanha eleitoral de… Ideli. A mesma Ideli que, ainda senadora e já pré-candidata do partido ao governo, participou de solenidades de assinatura de contrato. Titular, depois, do Ministério da Piaba, encarregou-se de pagar a dívida, que era, então, do Ministério, com a empresa que fizera a doação  para a própria Ideli - quer dizer, para o partido, “meu amor”.

Mas Ideli, “meu amor”, não vê problema nenhum em nada disso. Não vendo, supõe-se que aplique esses seus critérios de rígida moral na relação do governo com os partidos da base aliada. Ela já está pronta para editar uma cartilha de Educação Moral e Cívica. Lembro que o primeiro titular do Turismo do governo Dilma, Pedro Novais, caiu porque a pasta não conseguiu explicar lambanças que somavam… R$ 2 milhões. As lanchas custaram R$ 23 milhões. Petistas podem pecar até 10 vezes mais, que ainda estão no terreno da inocência.

E só porque a memória é uma das defesas que temos contra a empulhação, cumpre lembrar que, antes mesmo de assumir o Ministério da Piaba, Ideli não conseguiu explicar por que, então senadora, havia gastado verba de representação com hospedagem em hotéis em Brasília, mesmo tendo o auxílio-moradia.

Mas essas coisas, “meu amor”, não precisam de explicação. Ser petista, afinal de contas, é nunca ter de pedir perdão.

Meu amor!

Por Reinaldo Azevedo

 

Em carta ao DEM, Demóstenes anuncia saída do DEM

O Democratas nem precisou abrir o processo de expulsão do senador Demóstenes Torres. Ele entregou a sua carta de desfiliação, afirmando que foi prejulgado pelo partido. Caso não tivesse se antecipado, ele certamente seria expulso. Leia íntegra.

A Sua Excelência o Senhor
Senador José Agripino Maia
Presidente Nacional do Democratas

Senhor Presidente,

Sirvo-me do presente para a cusar o recebimento do expediente a mim enviado por Vossa Excelência na noite de ontem (02/04/2012), dando-me conta de ter o Democratas decidido em relação a minha conduta que:

“Houve desvio reiterado do Programa Partidário, principalmente no que diz respeito à ética, na medida em que exsurge, do que veiculado, estreita relação de Vossa Excelência com o citado contraventor… É inevitável a instauração do pertinente processo ético disciplinar para o fim de promover a aplicação da sanção prevista no Estatuto, qual seja a expulsão do Partido.”

Assim, embora discordando frontalmente da afirmação de que eu tenha me desviado reiteradamente do Programa Partidário, mas diante do pré-julgamento público que o Partido fez, comunico a minha desfiliação do Democratas, nos termos traçados pelo artigo 1º, § 1º, inciso III, última figura da Resolução nº 22.610, de 25 de outubro de 2007.

Atenciosamente,

Senador Demóstenes Torres

Por Reinaldo Azevedo

 

A agenda positiva ainda não veio; mas a negativa — dos outros — já está de bom tamanho

Há tempos o governo vem tentando emplacar uma agenda positiva. Até agora, nada! Vamos combinar: o grande mérito de Dilma, até agora, foi demitir ministros flagrados pela imprensa em lambança — ministros que ela nomeou. No mais, o governismo vive certo desalento, que resultou na desagregação da base aliada. Agenda positiva propriamente não há.

Mas, agora, há, ao menos, a negativa… para os outros! O tsunami Demóstenes Torres toma o noticiário e praticamente monopoliza as atenções. Da forma como a coisa tem vindo a público, tem-se munição para mais alguns meses. Não foi o governo Dilma que obrigou o senador a manter laços tão estreitos com Cachoeira, claro! Ele fez o que fez porque quis. Mas é inegável que partiu de uma instância do governo a, vamos dizer, hora certa para destruir o senador.

“Quem mandou o cara fazer aquelas coisas?” Sim, é verdade! Só devemos ficar atentos para o risco de a gravação de conversas se se tornar um método empregado exclusivamente contra oposicionistas. E tudo para ser vazado em ano eleitoral.

Podem contar: o episódio rendeu mais uns cinco pontinhos na popularidade de Dilma e deu ao PT uma munição eleitoral e tanto… Os seus aliados do PMDB já tinham sido queimados…

Por Reinaldo Azevedo

 

DEM decide abrir processo de expulsão de Demóstenes; senador resiste à renúncia

Por Catia Seabra e Gabriela Guerreiro:
O DEM decidiu ontem abrir processo para expulsar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) por “reiterado desvio de conduta partidária”. Para evitar o desgaste em ano eleitoral, o rito será sumário: Demóstenes, investigado pela Procuradoria-Geral da República por sua relação com o empresário Carlos Cachoeira, tem prazo de uma semana para a defesa, mas a expulsão é dada como certa por membros da sigla.

É o que a defesa de Demóstenes queria: dentro da estratégia de forçar a expulsão, ele desafiou a cúpula do DEM e não atendeu ao ultimato para explicar seu envolvimento com Cachoeira, suspeito de explorar jogos ilegais. Demóstenes disse a interlocutores que, para o sucesso de sua defesa jurídica, prefere ser expulso a sair do partido. Ele avisou o DEM que não apresentaria o pedido de desfiliação alegando que precisa de tempo para analisar o inquérito da Polícia Federal, mas sua intenção é evitar a perda dos direitos políticos.

Segundo sua defesa, a saída voluntária levaria à sua inelegibilidade. Um pedido de desfiliação pode ser encarado como manobra para a perda de mandato, já que o DEM pode exigir sua vaga ao Tribunal Superior Eleitoral. Segundo essa interpretação, a Lei da Ficha Limpa determina que o parlamentar, ao abrir mão do mandato para escapar de um processo de cassação, fica inelegível. O senador trabalha com a hipótese de licença temporária. Ele disse ontem ao colega de partido Ronaldo Caiado, deputado por Goiás, que acredita ter força para enfrentar o processo sem renunciar.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Cachoeira pagou propina em troca de favor do Incra, diz PF

Por Fernando Mello, Leandro Colon e Felipe Coutinho, na Folha
Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal revelam que o grupo do empresário Carlos Cachoeira, denunciado por suspeita de comandar um esquema de exploração de jogos ilegais, negociou propina no Incra com o objetivo de regularizar uma fazenda. Segundo relatório da PF da Operação Monte Carlo, datado de novembro passado, “são veementes os indícios da corrupção de servidores públicos em troca das liberações e assinaturas necessárias para regularização da área”.

O relatório menciona valores e diz haver envolvimento do superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Distrito Federal, Marco Aurélio Bezerra da Rocha, com o grupo de Cachoeira. Segundo a polícia, foram pagos R$ 200 mil de propina para liberação do registro da fazenda, chamada Gama, nos arredores de Brasília, em abril do ano passado.

As gravações indicam que Cachoeira e o empresário Cláudio Abreu, um ex-diretor da Delta Construção e suspeito de integrar a quadrilha, compraram em dezembro de 2010 35% da fazenda -cerca de 4.000 hectares- por R$ 2 milhões. O preço, considerado pela PF como abaixo do cobrado no mercado, é explicado pelo terreno estar em situação irregular, diz a polícia. O objetivo da compra seria obter lucro com a revenda após a regularização -o que, na investigação, não fica claro se de fato ocorreu.

A PF afirma que o dinheiro veio de uma empresa usada pelo grupo de Cachoeira para lavagem de dinheiro.”O valor pago pelo grupo é irrisório acaso a área venha ser registrada e regularizada”, diz a PF, ao relatar o potencial de lucro do negócio. “O motivo de negociar parte da área por valor tão baixo assenta-se no fato de ‘quem’ são as pessoas dos compradores e o que elas podem fazer para viabilizar a regularização da referida fazenda”, completa a PF.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Mantega recorre ao STF e MP suspende investigação

Da Agência Estado:
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reclamou para o Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu suspender uma investigação por suspeita de improbidade administrativa. Na tarde desta segunda, o Ministério Público Federal chegou a anunciar a abertura de uma investigação para apurar se Mantega foi omisso em relação a um suposto esquema de corrupção na Casa da Moeda. Em meio às suspeitas, o então presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, foi demitido em janeiro.

No entanto, no início da noite, a Procuradoria Geral da República divulgou uma nota informando que a pedido da Advocacia Geral da União (AGU) o ministro Luiz Fux, do STF, concedeu uma liminar determinando que a investigação fique a cargo do procurador-geral, Roberto Gurgel. Atos de improbidade administrativa são investigados em procedimentos civis. A legislação brasileira garante a autoridades como ministros de Estado o direito de investigação criminal perante o STF. No entanto, as matérias civis, como as investigações por improbidade administrativa, ficam normalmente a cargo da 1a. Instância.

O Supremo deverá analisar em breve pedidos para que o foro privilegiado previsto para os inquéritos e as ações criminais também seja estendido aos processos civis. Enquanto não for tomada a decisão, a situação de Mantega fica em suspenso, informou a Procuradoria. No último dia 16, Roberto Gurgel tinha seguido a orientação tradicional no Judiciário e no Ministério Público e encaminhado aos procuradores da República que atuam na 1a. Instância uma representação na qual senadores pediam uma investigação contra Mantega.

Por Reinaldo Azevedo

 

As lanchas de Ideli - Doação ao PT “nunca deveria ter ocorrido”, diz ministro da Pesca

Por Rodrigo Vizeu, na Folha:
O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, criticou ontem o pedido de doação eleitoral que um empresário que tem contrato milionário com a pasta disse ter recebido de um funcionário do ministério nas eleições de 2010. “Minha opinião é a opinião de todo o Brasil. Isso não deveria nunca ter ocorrido”, disse Crivella, depois de uma reunião com o setor pesqueiro, em Florianópolis. Ele disse que vai “tentar saber quem fez isso” e que distribuirá memorando interno “deplorando tal prática”. Dono da empresa Intech Boating, José Antonio Galízio afirmou ter doado R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT-SC em 2010.

À época, a candidata a governadora pelo partido era Ideli Salvatti. Derrotada, ela virou ministra da Pesca e hoje chefia as Relações Institucionais. O PT catarinense comandou a Pesca desde a criação da pasta, em 2003, até a saída de Ideli, ano passado. Depois dela, assumiu Luiz Sérgio (PT-RJ), que classificou o pedido de doação como “malfeito”. Desde o início de março, Crivella, senador pelo PRB-RJ, é o primeiro não petista ministro da Pesca. Apesar de ter criticado o pedido de dinheiro, Crivella afirmou ter encontrado na pasta “muitas coisas boas” feitas pelo petista Altemir Gregolin, que era ministro quando teria sido pedido o dinheiro à Intech Boating. O Tribunal de Contas da União apontou superfaturamento e direcionamento da licitação para fornecer 28 lanchas no valor de R$ 31 milhões ao Ministério da Pesca. A empresa e Gregolin negam.

À Folha, Gregolin afirmou que nunca pediu doação quando ministro. “Também nunca autorizei nem tomei conhecimento de pedido dentro do ministério”, afirmou. Crivella disse que o petista tem “todo o direito de defesa” no caso. E acrescentou que a compra de barcos “nada tem a ver” com a arrecadação de fundos. “Acredito que seus argumentos [de Gregolin] vão esclarecer tudo”, afirmou o novo ministro ontem. Primeiro ministro da Pesca, o presidente do PT-SC, José Fritsch, também negou saber de pedidos de doações. No sábado, o empresário Galízio disse que foi procurado por um funcionário do ministério, cujo nome diz não lembrar, que teria afirmado: “Você, como parceiro, como fornecedor, poderia fazer doação”. Só depois alguém do PT-SC teria insistido.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Marcelo Araújo é o novo secretário de Cultura de SP

Por Matheus Magenta e Fábio Cypriano, na Folha:
 O governo de São Paulo anunciou ontem que o diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Marcelo Mattos Araújo, será o novo secretário de Estado da Cultura. Ele substituirá o tucano Andrea Matarazzo, que deixa o cargo para atuar na pré-candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo. Matarazzo tenta se viabilizar como vice na chapa. Ainda não há data para a posse do novo secretário. Advogado e museólogo, Araújo é diretor da Pinacoteca desde 2002. Antes, dirigiu o Museu Lasar Segall, em SP.

A escolha foi elogiada por gestores, artistas, curadores, galeristas e produtores culturais, embora a unanimidade seja algo raro no circuito das artes plásticas. Marcelo Araújo é uma exceção. “Ele tem uma visão estratégica sobre o papel das artes. E o mundo da cultura precisa disso”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. Para Frederico Barbosa, diretor da Casa das Rosas, Araújo entende de gestão. “Ele é um profundo conhecer de como funciona o modelo de organizações sociais.” Araújo consolidou a Pinacoteca como o museu mais importante da cidade e, possivelmente, do país, com um programa diversificado -que valorizou tanto o acervo da instituição, recentemente remodelado, como a produção contemporânea.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

Reação anuncia disposição de se manter unida e disputar eleição em 2013. Que assim seja!

O post anterior é o segundo — o primeiro foi na manhã de sábado — sobre o resultado da eleição para o DCE na USP. A chapa Reação, que ficou em segundo lugar, divulgou uma mensagem aos estudantes, que está em sua página na Internet. Seguem trechos. Volto em seguida.
*
Agradecemos aos 2.660 estudantes que acreditaram em nosso projeto e confiaram seu voto à Reação, fazendo história como o melhor desempenho de uma chapa apartidária concorrente ao DCE da USP até hoje. Principalmente manifestamos nossa admiração e gratidão às dezenas de estudantes de diversos cursos e unidades que, mesmo não estando inscritos na chapa, colaboraram passionalmente no esforço eleitoral em prol da Reação.
(…)
Obtivemos uma vitória moral em novembro de 2011.
Desde o ano passado a Reação denunciou o golpe do adiamento das eleições originalmente marcadas para o final de novembro. Essa manobra perpetrada por nossos opositores foi claramente uma atitude de desespero para impedir que a grande massa indignada de uspianos manifestasse sua oposição à então greve. Para vencer a Reação nas urnas, foi necessário adiar em 4 meses o pleito e trabalhar ferozmente para que a greve e os absurdos de 2011 caíssem no esquecimento.

Tem início hoje a campanha pelo DCE-USP 2013.
Todos que colaboraram para a Reação nesta eleição estão convidados para integrar, em novembro próximo, a chapa de continuidade do projeto da Reação para o DCE-USP 2013 (…) Esta eleição não é um fim, mas sim um começo de uma jornada da qual sairemos todos vencedores; é apenas uma questão de tempo.

VIVA REAÇÃO!

Voltei
Que assim seja. Lembrando o que escrevi no post anterior, é difícil manter a mobilização porque os membros da Reação não são estudantes profissionais — quadros partidários infiltrados na universidade. Espero que consigam. A maioria silenciosa da USP ainda tem de se manifestar. Ou continuará refém da minoria barulhenta.

Por Reinaldo Azevedo

 

REAÇÃO - Há duas novidades no meio discente da USP: uma é chapa de não-esquerdistas; a outra é o fato de ela já ter mais votos do que a dos petistas

Caras e caros,

Há mais de 250 comentários ainda na fila, como sabem os missivistas. E sei que prometi mais um texto sobre Agnelo Queiroz (PT), o governador do Distrito Federal, que escreverei.  Tinha me destinado a cuidar deste outro assunto na madrugada, mas vai agora. Expressei, sim simpatia — eu, e não a VEJA — pela chapa “Reação”, única não-esquerdista que disputava o DCE da USP. Defendi que a “maioria silenciosa” da universidade fosse às urnas. Dada a história, sempre soube que era difícil. Afinal, qual é a tradição na USP?

A Reação ficou em segundo lugar. Venceu a “Não vou me Adapatar”, uma união entre PSOL e PSTU, que se odeiam, diga-se. E eles se odeiam por quê? Ah, divergências sobre a leitura correta da… herança trotskista!!! Como vocês imaginam, tem tudo a ver com as necessidades dos estudantes da USP, né? Pior: a maioria não deve ter lido nem o “Programa de Transição”, de Trotsky. A propósito: qualquer um com miolos e que entenda do riscado sabe que a existência do trotskismo sem o stalinismo — ou, vá lá, o modelo soviético — é, assim, como naquela música, o Piu-piu sem o Frajola… Publiquei o resultado da disputa já na manhã de sábado. A Não Vou Me Adaptar obteve 6.964 votos, bem à frente da Reação: 2.660.

Aquela turma que janta com o Zé Dirceu — e que o Zé Dirceu janta — anuncia: “A VEJA perdeu a eleição do DCE…” Pfui… Tontos! A VEJA não apoiou ninguém. Eu emprestei meu apoio — que é nada além de moral. Afinal, à diferença dos esquerdistas, não tenho dinheiro para financiar essas aventuras. Quem realmente perdeu a eleição na USP foi o PT, cuja chapa obteve menos votos do que a Reação, que não tinha o apoio de partido nenhum.

Refresco a memória: o pleito estava marcado para novembro. Os esquerdistas de todas as tendências se juntaram para dar um golpe. E deram! Adiaram o confronto para março. Conforme deixaram registrado em e-mails, tinham receio de que a Reação — “a direita”, como eles dizem — vencesse. Era um receio fundado. Em 2009, a chapa Reconquista, com ideário semelhante, ganhou, mas não levou. Também daquela vez os golpistas se juntaram para impugnar votos e fraudar o pleito.

Atenção! Neste 2012, houve um comparecimento considerado recorde: 13.134 alunos — 2.660 deles para votar na Reação! As esquerdas empreenderam, com os recursos de seus respectivos partidos, uma impressionante campanha de demonização da chapa “de direita”. Os lances de baixaria estão na Internet. Que recorressem ao primitivismo de suas convicções ideológicas, vá lá… Mas não! Optaram pelo crime pura e simplesmente. O PCO chegou a divulgar um falso e-mail que teria sido enviado pelo comando do PSDB pedindo votos à Reação.

Muito bem! Não tenho aqui detalhes dos números — não sei se esse total comporta brancos e nulos, por exemplo. Não imposta. Dou de barato que 2.660 pessoas votaram na não-esquerda, e 10.474 nas esquerdas. A USP tem mais de 80 mil alunos. Eu estou absolutamente convicto de que há mais esquerdistas lá do que esses 13%. Assim como estou certo de que existem mais não-esquerdistas do que aqueles 3,3%. A verdade insofismável é que o tal “recorde” de comparecimento representa apenas 16% dos alunos! Nada menos de 84% nem sequer compareceram para votar porque não reconhecem o DCE como uma instância que os represente.

Foi o que a esquerda contemporânea conseguiu fazer com o movimento estudantil. A sua “democracia” é a da minoria “mobilizada”. O resto que se dane! Infelizmente, só uma pequena parcela da maioria silenciosa compareceu. Se querem saber, a Reação acabou dando alguma vida à disputa, que era apenas um jogo travado entre os mortos, entre correntes que não têm a menor importância ou expressão na sociedade. Ou então vejam: em que outro lugar do país PSOL e PSTU, unidos, são “poder”? Só em alguins DCEs. Ainda assim, no ano passado, levaram um olé da extrema esquerda heavy metal — PCO e LER-QI — e tiveram de apoiar a invasão doidivanas da Reitoria.

As novidades na USP
Não sei se o núcleo que forma a chapa Ração se manterá unido. Para pessoas que não são estudantes profissionais, que não são quadros de partidos infiltrados na universidade, é sempre mais difícil. À diferença daquela turma, os estudantes da Reação são… estudantes mesmo! Muitos deles trabalham; não são sustentados pelo pai “burguês”, pela máquina partidária ou pela grana de sindicatos. As esquerdas profissionalizaram os seus quadros. Os que as enfrentam, como vocês sabem, não.

Um comunicado da Reação anuncia que, como é mesmo?, “a luta continua”! Tomara que assim seja. Expressei, sim, o meu apoio moral à chapa Reação e apoiarei qualquer movimento que, ABRAÇANDO OS VALORES LIBERAIS E DEMOCRÁTICOS, tente expulsar, por meio do voto, aquele cancro de velharias lá instalado.

Há duas novidades na USP se querem saber: 1) uma é a existência de uma chapa de alunos não-esquerdistas, o que deixa aquela gente furiosa; 2) a outra é o fato de essa chapa ter hoje, na Universidade, mais votos do que a chapa do PT. E sem máquina partidária!

Não deu em 2012? Que se tente de novo em 2013, em 2014, até o fim dos tempos. A luta contra esse esquerdismo vagabundo, mixuruca, ignorante e financiado não tem data de vencimento, não tem prazo de validade. É uma questão civilizacional, onde quer que se dê: na rua, na chuva, na fazenda, na USP ou numa casinha de sapé…

Por Reinaldo Azevedo

 

Este é o homem que diz ter entregado a Agnelo a mochila com R$ 256 mil

No post anterior, vocês leem que saques reforçam a denúncia do motorista Geraldo Nascimento de Andrade. Ele afirma ter entregado, em 2007, uma mochila com R$ 256 mil em dinheiro vivo para o então ministro do Esporte, Agnelo Qeiroz, hoje governador do Distrito Federal, do PT. Vale a pena ver ou rever o vídeo com a denúncia de Andrade, que foi, sim, usado contra Agnelo na campanha eleitoral. Vejam. Volto em seguida.

Voltei
Caso você tenha alguma dúvida sobre o que viu acima ou não se lembre direito do episódio, publico um texto do Estadão, de 20 de novembro do ano passado, de autoria de Felipe Recordo. No próximo post, ainda volto ao assunto.
*
Um relato detalhado da entrega de uma mochila com R$ 256 mil de propina a Agnelo Queiroz, em agosto de 2007, e um bilhete encontrado na casa do policial militar João Dias Ferreira, dono da Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak), ligam o esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, ao atual governador do Distrito Federal e ex-ministro do Esporte.

Por conta desses indícios, Agnelo será investigado pelo Ministério Público Federal e poderá ter o sigilo bancário e telefônico quebrado. Na terça-feira, a Justiça Federal enviou ao Superior Tribunal de Justiça o inquérito aberto para a apuração das denúncias.

Nos sete volumes do inquérito, está o depoimento de Geraldo Nascimento de Andrade, motorista de uma das empresas fornecedoras de notas falsas para encobrir o desvio de recursos do Segundo Tempo que está sob proteção policial. Ao delegado Giancarlos Zuliani, da Polícia Civil do DF, Nascimento contou ter sacado, nos dias 7 e 8 de agosto de 2007, aproximadamente R$ 330 mil em uma agência do Banco de Brasília (BRB).

Disse que pôs R$ 256 mil numa mochila e participou pessoalmente da operação de entrega do dinheiro, na cidade-satélite de Sobradinho, a Agnelo. Relatou ter seguido de carro com Eduardo Pereira Tomaz, assessor de João Dias nos projetos do Segundo Tempo, para o estacionamento de uma concessionária de motos.

Nascimento contou ter chegado ao local marcado às 20h30 do dia 8 de agosto de 2007. Pouco depois, um Honda Civic preto estacionou ao lado do carro em que estava. Eduardo, então, desceu do veículo. O passageiro do Honda perguntou-lhe: “Quanto ele mandou para mim?” Eduardo respondeu: “Vê com ele depois”. Eduardo pediu então a Nascimento que passasse a mochila, que logo foi entregue para o passageiro do Honda Civic.

Ao voltar para o carro, Eduardo perguntou a Nascimento: “Você sabe quem é esse cara aí?”, para em seguida ele mesmo responder: “É o Agnelo”. Nesse momento, contou Nascimento, olhou para o lado e confirmou que era Agnelo. Disse que isso foi possível porque o local “possuía boa iluminação”.

Gorjeta
Ainda de acordo com o depoimento, prestado à Polícia Civil em 3 de abril de 2010, o ex-ministro teria despejado o dinheiro no chão do carro, conferido e separado R$ 1 mil que foram dados a Eduardo como gorjeta.

Seis volumes do inquérito serão mantidos sob sigilo durante toda a investigação por conterem informações obtidas com quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. Em um deles, há ligações de Ana Paula Oliveira, mulher de João Dias, para Agnelo. Segundo os investigadores, ela buscava ajuda para garantir a defesa do marido nos processos que respondia por desvio de recursos públicos.

Em nota, a Secretaria de Comunicação do governo do DF afirmou que a existência da investigação não é suficiente para “firmar premissa” de que Agnelo “praticou ato reprovável legal e eticamente”. “Há manifesta impropriedade na tentativa de formar juízo de valor aligeirado sobre a idoneidade pessoal ou legal de Agnelo Queiroz, com base em informações incompletas e descontextualizadas, principalmente porque a Justiça, único Poder constitucional para exercer a dicção de culpar ou inculpar os cidadãos, em momento algum o fez.”

Por Reinaldo Azevedo

 

Saques bancários reforçam denúncia contra o petista Agnelo Queiroz, governador do DF

Confirmação de saques bancários relatados por testemunha: recursos teriam bancado propina para Agnelo

Por Hugo Marques e Gabriel Castro, na VEJA Online. Volto no próximo post:
A comprovação de dois saques bancários reforça a denúncia de que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, recebeu um pagamento de 256 mil reais de propina em agosto de 2007. Os recursos seriam oriundos de desvios no Ministério do Esporte, que foi comandado pelo petista entre 2003 e 2006.

A história não é nova: Geraldo Nascimento de Andrade, funcionário da Infinita Comércio e Serviços de Móveis, diz ter entregue 256 mil reais como propina a Agnelo. Os recursos viriam de convênios fraudados. Segundo o depoimento de Andrade anexado à denúncia do Ministério Público Federal, o esquema funcionava assim: o Esporte firmava parcerias com ONGs do policial militar João Dias e essas entidades contratavam a empresa Infinita Comércios e Serviços. A companhia emitia notas fiscais falsas e, dos recursos transferidos, boa parte se transformava em propina.

Suspeita-se que Andrade tenha realizado o pagamento em 8 de agosto de 2007. Ele contou, em depoimento ao Ministério Público, ter feito duas retiradas, nos dias 7 e 8, no valor total de 335 mil reais. Teriam saído daí os recursos pagos ao atual governador. Os dados financeiros da Infinita comprovam a existência dos dois saques. As datas e os valores batem com o depoimento de Andrade: houve um saque de 150 mil e outro de 185 mil reais. A confirmação foi obtida pela Procuradoria-Geral da República, que investiga o caso.

Em seu depoimento, Andrade dá detalhes de como teria sido a entrega do dinheiro: conduzido pelo motorista de Agnelo, o carro do ministro estacionou em frente a uma concessionária na cidade-satélite de Sobradinho. Lá, o corruptor teria entregue uma mochila com os 256 mil reais. Agnelo teria espalhado as notas pelo chão do carro, para contá-las. O funcionário da Infinita diz que fez as retiradas a pedido de Miguel Santos Souza, que é dono da empresa e trabalhou na campanha de Agnelo ao governo.

O governador deve ser chamado em breve para depor. A assessoria de Agnelo nega as acusações e diz que o depoimento de Andrade não tem credibilidade.

Por Reinaldo Azevedo

 

Os vermelhos já estão nas ruas. Ou: Os ditos sem-teto são também sem-emprego ou devo entender que são funcionários do “partido”?

Os vermelhos: os ditos sem-teto unigormizados: eles também são

Os vermelhos: os ditos sem-teto unigormizados: eles também são "sem-emprego" ou são funcionários do partido?

 

Vejam a foto que vai acima, com essa gente toda de roupa vermelha. Já explico.

No dia 25 de fevereiro, o Estadão informava que os movimentos de sem-teto, que são ligados ao PT (ou ou outro estão ainda mais à esquerda), preparavam-se para botar o bloco na rua. Inclusive se mostravam felizes com o fato de que o PT não fechara acordo com o prefeito Gilberto Kassab (PSD), conforme queria Fernando Haddad…  Sem a aliança, o negócio era partir para a luta. Agora leiam o que informa a Folha Online. Volto em seguida.

Sem-teto se concentram em praça após passeata em SP; via é liberada

Os manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) se concentravam por volta das 13h30 desta segunda-feira na praça Gomes Pedrosa, próxima ao Palácio dos Bandeirantes (sede do governo do Estado), na zona oeste de São Paulo. Eles protestam desde a manhã contra a ordem de despejo do movimento de dois terrenos ocupados na Grande São Paulo. Segundo assessoria do governo do Estado, o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, e o presidente do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) estão reunidos com seis representantes do MTST para conversar sobre as solicitações do movimento. Mais cedo, eles interditaram a avenida Jorge João Saad, o que complicou o trânsito na região. Segundo a PM, cerca de 2.000 pessoas participam do protesto.

O grupo começou a caminhada em Taboão da Serra (região metropolitana) e chegou a São Paulo pela avenida Professor Francisco Morato, interditando duas faixas da via. A lentidão na avenida congestionamento por volta das 10h30. O sem-teto exigem a suspensão do despejo deles de dois terrenos ocupados em março deste ano, em Santo André e em Embu das Artes. “Vamos exigir do governo solução habitacional para essas pessoas”, disse Guilherme Boulos, um dos coordenadores MTST. De acordo com a PM, a passeata segue pacífica.
(…)

Voltei
Só uma pergunta, que os muito delicados não fazem: todos esses aí, especialmente os vermelhos, além de supostamente “sem-teto”, são também “sem-emprego”, é isso? Ninguém tinha de trabalhar, como pessoas normais, para ganhar o próprio sustento e, assim, poder comer, educar os filhos, morar — essas coisas que faz a esmagadora maioria dos brasileiros adultos? Ainda está faltando mão de obra em vários setores da economia. Descobri por quê… Estão todos brincando de “sem-teto”…

É claro que o povo pode “reivindicar”, né? Mas há uma diferença entre ser um sem-teto e ser um sem-teto profissional, um funcionário da causa, e estar paradão, em plena segunda-feira, “reivindicando”…

Entendi! Existem os aquinhoados pela sorte, aqueles que podem viver dos benefícios que os outros recolhem aos cofres públicos com o seu trabalho. Cada vez mais, a verdadeira luta de classes brasileira se dá entre o que eles chamam “direita” — a turma que trabalha — e essa “burguesia” de esquerda, que se apropria do que os outros produzem.

Pergunto de novo: os ditos sem-teto são também sem-emprego, ou devo entender que são funcionários uniformizados do partido?

Por Reinaldo Azevedo

 

“Oi, tudo beeeinnnn, beeeeinnn, beinnnn?” Ou: Um jantar com Dirceu

Vocês devem imaginar como é dura a vida de blogueiros progressistas. Ajoelhou, tem de… Bem, eles sabem como é duro.

Na segunda-feira passada, Paulo Henrique Amorim — “Oi, tudo beeeinnnn? Beinnnn, beinnnn, beinnn???” — recebeu cinco dos autodenominados “blogueiros progressistas” para jantar em seu apartamento em Higienópolis, em São Paulo. Ele adora demonizar a cidade e o bairro, que já tratou como um reduto de reacionários. Segundo se entende, o Rio é que vive seu momento de glória. Mas gosta de brindar os paulistanos com sua altitude — sobretudo a moral.

Amorim é chique no úrtimo!!!. O jantar era servido por garçons. Um grupo de rapazes, num espaço privado, servido por garçons. O socialismo à moda da casa não pode prescindir da elegância.

Havia um convidado de honra: José Dirceu — sim, o “colunista”, o “chefe de quadrilha”, segundo a Procuradoria Geral da República. É evidente que todos eles tratavam só do interesse público e discutiam maneiras de melhorar o Brasil, que é o que sempre faz o Zé quando janta a rapaziada.

Alguns vão ficar enciumados. Têm a mesma profissão de Paulo Henrique Amorim, mas sem direito a certas regalias. O prato na noite foi o mensalão e a certeza do Zé de que será absolvido. Ele já está quase totalmente convencido da própria inocência. Os outros já se convenceram plenamente.

Por Reinaldo Azevedo

 

Da coluna Brasil, de Lauro Jardim (veja.com.br):

Novos atos de vandalismo em Jirau desmoralizam Força Nacional de Segurança

Jirau: destruição

Nesta madrugada, novos atos de vandalismo no canteiro de obras de Jirau destruíram trinta alojamentos de trabalhadores – uns 30% do total das instalações. A Força Nacional de Segurança, que foi deslocada para o local dias atrás, não conseguir conter a baderna.

Em resumo, J os baderneiros de irau estão desmoralizando a Força Nacional de Segurança. Há quase um mês a construção da usina hidrelétrica parou.

Por Lauro Jardim

 

Brasil

Canetada suspeita

Na mira do TCU

Investigada no TCU por fraudes em contratos de organização de eventos na Anvisa, a FJ Produções teve ajuda direta de Agnelo Queiroz para obter repasses no órgão. Memorando interno da agência mostra que a FJ recebeu 107 000 reais, em agosto de 2009, para organizar um curso sobre “boas práticas na fabricação de medicamentos” na Diretoria de Inspeção, então chefiada por Agnelo.

À ocasião, o cerimonial da Anvisa estranhou o fato de os serviços de “filmagem” e de “edição de filmagem” custarem 74% do valor total do contrato (80 000 reais) e recomendou à diretoria que não pagasse por eles.

O que fez Agnelo? Ignorou a orientação técnica e assinou a liberação dos recursos. Os valores pagos nesse contrato são apenas uma parte da investigação no TCU. O tribunal apura prática de “jogo de planilha” (combinação de preços) em outros contratos da FJ. Ela faturou em 2009 cerca de 4,1 milhões de reais na Anvisa.

Por Lauro Jardim

 

Futebol

Garantia da Globo

Globo vai ajudar os clubes mais uma vez

Três clubes começaram a resolver os seus problemas com o Clube dos 13 no fim da semana passada.

Globo vai ser a garantidora de empréstimos bancários de Goiás, Coritiba e Sport. Os três devem 310 milhões de reais juntos.

Por Lauro Jardim

 

Congresso

As lições da bezerra de ouro

Exemplo para Demóstenes no Senado

Flagrado em um grampo acertando com o então presidente do BRB, Tarcísio Franklim Moura, o desconto de um cheque de 2,2 milhões de reais (supostamente para a compra do embrião de uma bezerra), Joaquim Roriz não teve outra saída a não ser renunciar ao mandato de senador.

O caso se deu em 2007 e virou um exemplo óbvio do que pode acontecer com Demóstenes Torres nesse turbilhão de conversas comprometedoras com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Como Demóstenes, Roriz era senador e não era investigado. O final de Roriz é mais do que conhecido. Alguém arrisca um desfecho para Demóstenes?

Por Lauro Jardim

 

Economia

O troco do Abílio

Abílio: o que vem por aí?

Depois de tirar Abílio Diniz do conselho do Casino, os franceses estão inquietos. Aguardam o troco de Abílio a qualquer momento.

Por Lauro Jardim

 

Cultura

Um fenômeno no Ibirapuera

André Rieu: fenômeno de vendas

Já chegam a dezoito o número de shows marcados e com todos os ingressos vendidos do violinista holandês André Rieu no Ibirapuera.

Rieu cantará entre os dias 29 de maio e 10 de junho e, depois, entre 3 e 8 de julho. Foram vendidas 180 000 entradas.

Rieu também já revelou ao seu staff que deseja fazer um show no Maracanãzinho.

Por Lauro Jardim

 

Televisão

A final nos cinemas

Kaká e Cristiano Ronaldo em ação pela Champions League

A ESPN acaba de adquirir junto à Uefa os direitos da exibição em 3D nos cinemas da final da Champions League no dia 19 de maio.

No ano passado, a emissora transmitiu a partida final em dez cinemas de Brasília, Maringá, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Santos, São José dos Campos e São Paulo.

Por Lauro Jardim

 

Brasil

Fora do presídio

Cachoeira: longe de Goiás

A defesa de Carlinhos Cachoeira vai questionar na Justiça o envio do bicheiro para o presídio federal de Mossoró (RN). Como o primeiro pedido de liberdade foi negado, querem pelo menos que Cachoeira volte para a prisão em Goiás.

De acordo com a banca, Cachoeira tem o direito de ficar mais perto da família e de seus advogados – um sofredor, como se vê.

Por Lauro Jardim

 

Brasil

Mais advogados contratados

Carlinhos Cachoeira ampliou sua banca de advogados. Além de Márcio Thomaz Bastos passa a contar com os serviços de Dora Cavalcanti e seu escritório.

Dora, que já foi sócia de Bastos, pôs sete advogados trabalhando em tempo integral na análise das gravações que incriminam seu cliente e o senador Demóstenes Torres.

O trabalho é árduo. As interceptações telefônicas foram feitas entre novembro de 2010 a agosto de 2011. Também há material desse ano em meio anexado ao inquérito.

Dos 80 volumes que a defesa de Cachoeira teve acesso, 40 são relativos às interceptações.

Por Lauro Jardim

 

Judiciário

Posse animada

Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o desembargador Newton de Lucca foi aplaudidíssimo na posse da nova diretoria do TRF-SP, agora há pouco, ao exaltar a atitude “corajosa” de Ivan Sartori (presente no evento) de processar veículos de comunicação.

Lucca qualificou a imprensa de “a grande caixa-preta” e “cárcere das elites”. A cerimônia ocorreu no Teatro Municipal de SP.

Por Lauro Jardim

 

Partidos

O funeral

Praticamente fora do DEM

Durou cerca de uma hora a conversa da cúpula do DEM com Demóstenes Torres. Em clima de total constrangimento, Ronaldo Caiado e o vice-governador do enrolado governo de Goiás, José Eliton Júnior, confrontaram-se com um Demóstenes monossilábico, pálido e desprovido das explicações que garantia ter.

Demóstenes ouviu em silêncio o sermão da dupla, que falou em “traição, decepção e vergonha” diante das evidências do animado relacionamento do senador com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ao receber a confirmação da abertura de processo disciplinar, Demóstenes limitou-se a dizer:

- Tudo bem. Respeito a decisão partidária.

Quem participou da conversa saiu com a impressão de que o encontro foi o último suspiro de Demóstenes no DEM. Ele prometeu pensar até a manhã desta terça-feira sobre a possiblidade de pedir a desfiliação do partido.

Por Lauro Jardim

 

Governo

Capital do crime

Índice de homicídios assusta

Veja como não é só a bandalheira na máquina pública que anda assombrando os moradores do Distrito Federal.

No mês de março, praticamente três pessoas foram assassinadas por dia no DF.

Ao todo, foram 88 mortos, um aumento de 46,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados, que acabam de ser fechados pela Secretaria de Segurança Pública, apontam o tráfico de drogas como principal motivo da alta taxa de homicídios.

Por Lauro Jardim

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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